Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

São Rafael, São Gabriel e São Miguel, socorrei-nos.

 "Santo Anjo, transmiti-me, por causa de MARIA, vossa Rainha, a vossa luz, para que aprenda conhecer claramente e discernir nitidamente. Amem."



"Celebramos a festa dos três Arcanjos que a sagrada Escritura menciona pelo seu nome próprio: Miguel, Gabriel e Rafael. Mas, o que é um anjo? A sagrada Escritura e a tradição da Igreja fazem-nos descobrir dois aspectos.
Por um lado, o Anjo é uma criatura que está diante de Deus, orientada, com todo o seu ser para Deus. Os três nomes dos Arcanjos terminam com a palavra "El", que significa "Deus". Deus está inscrito nos seus nomes, na sua natureza. A sua verdadeira natureza é a existência em vista d'Ele e para Ele.

Explica-se precisamente assim também o segundo aspecto que caracteriza os Anjos: eles são mensageiros de Deus. Trazem Deus aos homens, abrem o céu e assim abrem a terra. Exactamente porque estão junto de Deus, podem estar também muito próximos do homem. De facto, Deus é mais íntimo a cada um de nós de quanto o somos nós próprios.

São Miguel: dar lugar a Deus no mundo


Tudo isto se torna ainda mais claro se olharmos agora para as figuras dos três Arcanjos cuja festa a Igreja celebra hoje. Antes de tudo está Miguel. Encontramo-lo na Sagrada Escritura sobretudo no Livro de Daniel, na Carta do Apóstolo São Judas Tadeu e no Apocalipse. Deste Arcanjo tornam-se evidentes nestes textos duas funções. Ele defende a causa da unicidade de Deus contra a soberba do dragão, da "serpente antiga", como diz João. É a perene tentativa da serpente de fazer crer aos homens que Deus deve desaparecer, para que eles se possam tornar grandes; que Deus é um obstáculo para a nossa liberdade e que por isso devemos desfazer-nos dele.

Mas o dragão não acusa só Deus. O Apocalipse chama-o também "o acusador dos nossos irmãos, que os acusava de dia e de noite diante de Deus" (12, 10). Quem põe Deus de lado, não enobrece o homem, mas priva-o da sua dignidade. Então o homem torna-se um produto defeituoso da evolução. Quem acusa Deus, acusa também o homem. A fé em Deus defende o homem em todas as suas debilidades e insuficiências: o esplendor de Deus resplandece sobre cada indivíduo.

São Gabriel: Deus que chama



São Gabriel, encontramos o Arcanjo Gabriel sobretudo na preciosa narração do anúncio a Maria da encarnação de Deus, como nos refere São Lucas (1, 26-38). Gabriel é o mensageiro da encarnação de Deus. Ele bate à porta de Maria e, através dela, o próprio Deus pede a Maria o seu "sim" para a proposta de se tornar a Mãe do Redentor: dar a sua carne humana ao Verbo eterno de Deus, ao Filho de Deus.

Repetidas vezes o Senhor bate às portas do coração humano. No Apocalipse diz ao "anjo" da Igreja de Laodiceia e, através dele, aos homens de todos os tempos: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele" (3, 20). O Senhor está à porta, à porta do mundo e à porta de cada um dos corações. Ele bate para que o deixemos entrar: a encarnação de Deus, o seu fazer-se carne deve continuar até ao fim dos tempos.
Todos devem estar reunidos em Cristo num só corpo: dizem-nos isto os grandes hinos sobre Cristo na Carta aos Efésios e na Carta aos Colossenses. Cristo bate.
Também hoje Ele tem necessidade de pessoas que, por assim dizer, lhe põem à disposição a própria carne, que lhe doam a matéria do mundo e da sua vida, servindo assim para a unificação entre Deus e o mundo, para a reconciliação do universo.


São Rafael: recobrar a vista

São Rafael é apresentado sobretudo no Livro de Tobias como o Anjo ao qual é confiada a tarefa de curar. Quando Jesus envia os seus discípulos em missão, com a tarefa do anúncio do Evangelho está sempre ligada a de curar. O bom Samaritano, acolhendo e curando a pessoa ferida que jaz à beira da estrada, torna-se silenciosamente uma testemunha do amor de Deus. Este homem ferido, com necessidade de curas, somos todos nós. Anunciar o Evangelho, já em si é curar, porque o homem precisa sobretudo da verdade e do amor.

Do Arcanjo Rafael são referidas no Livro de Tobias duas tarefas emblemáticas de cura. Ele cura a comunhão importunada entre homem e mulher. Cura o seu amor. Afasta os demônios que, sempre de novo, rasgam e destroem o seu amor. Purifica a atmosfera entre os dois e confere-lhes a capacidade de se receberem reciprocamente para sempre. 


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Oração de São Padre PIO - Depois da Comunhão





Fica, Senhor, comigo, porque é necessária a Tua presença para não Te ofender.
Tu sabes quão facilmente Te abandono.
Fica, Senhor, comigo, pois sou fraco e preciso da Tua força para não cair tantas vezes.
Fica, Senhor, comigo, porque Tu és a minha vida e sem Ti esmoreço no fervor.
Fica, Senhor, comigo, porque Tu és a minha luz e sem Ti permaneço nas trevas.
Fica, Senhor, comigo, para me dares a conhecer a Tua vontade.
Fica, Senhor, comigo, para que ouça a Tua voz e Te siga.
Fica, Senhor, comigo, pois desejo amar-Te muito e estar sempre na Tua companhia.
Fica, Senhor, comigo, se queres que Te seja fiel.
Fica, Senhor, comigo, pois embora a minha alma seja muito pobrezinha, deseja ser para Ti um lugar de consolação, um sacrário de amor.
Fica, Senhor, comigo, pois é tarde e o dia está a declinar, isto é: passa a vida, aproxima-se a morte, o juízo e a eternidade, e é necessário redobrar as minhas forças, para que não desfaleça no caminho, e, para tanto, preciso de Ti.
Faz-se tarde e avizinha-se a morte!...
Afligem-me as trevas, as tentações, as securas, as penas e as cruzes!
Tenho necessidade de Ti nesta noite de exílio.
Fica, Senhor, comigo, porque, nesta noite da vida e dos perigos, preciso de Ti.
Que eu Te conheça, Senhor, como os Teus discípulos ao partir do pão, isto é: que a união eucarística seja a luz que dissipe as minhas trevas, a força que me sustenta e a única felicidade do meu coração.
Fica, Senhor, comigo, pois, quando chegar a morte, quero estar unido a Ti; se não puder ser de modo sacramental pela sagrada comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica, Senhor, comigo.
Não Te peço a Tua divina consolação, pois não a mereço, mas o Dom da Tua presença santíssima.
Oh!, Sim, isso Te peço.
Fica, Senhor, comigo.
Só Te procuro a Ti, o Teu amor, a Tua graça, a Tua vontade, o Teu coração, o Teu espírito, porque Te amo, e não Te peço outra recompensa além do aumento deste amor.
Amor sólido e prático.
Amar-Te de todo o coração na terra, para continuar a amar-Te perfeitamente por toda a eternidade.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Santo Anjo da Guarda

Cada um de nós tem o seu Anjo da Guarda pessoal com o qual pode conversar, assim como com os Anjos da Guarda dos outros.

É necessário que sempre seja recordada e incentivada a oração diária, ou mesmo em qualquer circunstância do dia, ao seu Anjo da Guarda, de modo que cada um possa não somente ser protegido contra os perigos da alma, mas também ser defendido contra os acidentes que, infelizmente, se sucedem frequentemente sobre as estradas, no mar e no ar.

Eis o 2 de Outubro: Festa dos Santos Anjos da Guarda. [...] Seguindo o que nos ensina o Catecismo Romano, vamos recordar quanto é a admirável disposição da Divina Providência que confiou aos Anjos o serviço de velar para que o gênero humano e cada ser humano não sejam vítimas de graves perigos. Do mesmo modo que, nesta existência terrena, os pais, quando as suas crianças empreendem uma viagem cheia de obstáculos e dificuldades, preocupam-se de chamar junto deles alguém que possa tomar cuidado deles e ajudá-los nas adversidades, assim o Pai dos Céus, para cada um de nós, durante a nossa viagem para a pátria celestial, encarregou os Santos Anjos para ajudar-nos e proteger-nos com solicitude, para que possamos evitar os obstáculos, superar as paixões, e, sob a sua condução, nunca abandonar a via certa e segura que conduz ao Paraíso.

[...] Que a devoção aos Santos Anjos nos acompanhe para sempre! Quantos riscos temos de enfrentar durante a nossa peregrinação terrestre, quer por parte da revolta dos elementos da natureza, quer a cólera dos homens mergulhados no mal! Pois bem, o nosso Anjo da Guarda continua sempre presente. Não o esqueçamos nunca, (devemos) invocá-lo sempre (2 de outubro de 1960, Discursos, T. 2, 762).

O nosso desejo é para que cresça a devoção para com o Anjo da Guarda. Cada um tem o seu e cada um pode conversar com os Anjos e o seu séquito.



10 de Setembro de 1961, Osservatore Romano,
 edição francesa semanal, n° 38.

domingo, 7 de setembro de 2014

A NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA


“Hoje é o teu dia: Nasceste; Vieste sem mancha à luz: com teu natal tu nos deste o do teu filho Jesus.”

O teu nascimento ó Virgem Maria, nos trouxe a certeza da salvação.

Durante o ano, quando celebramos as festas marianas, e cada dia em várias ocasiões, nós, os cristãos, pensamos muitas vezes na Ssma. Virgem. Ela é a criatura, por excelência, privilegiada na história da salvação, porque foi em Maria que o verbo se fez carne e habitou em nós.
Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o rei descesse para habitá-la. Uma linda casa, porque, se a sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio, que é Maria, está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo.

Na Igreja, somente em três casos comemoramos o dia do nascimento: o de Jesus Cristo, o de Nossa Senhora e o de João Batista.

Diz-se que a festa da natividade, teve início no ocidente no ano de 430 por iniciativa de São Maurílio. A tradição nos diz que um respeitado senhor de Angers na França, encontrava-se na pradaria de Marillais, na noite de 08 de setembro daquele ano, quando ouviu os anjos cantando no céu, perguntou-lhes qual o motivo do cântico, responderam-lhe que cantavam em razão do aniversário de Nossa Senhora.

A comemoração espalhou-se rapidamente por toda a Igreja, porém somente no ano de 1245, durante o Concílio de Lyon que o Papa Inocêncio IV estendeu oficialmente a festividade a toda igreja.
A pequena princesa era acalentada em seu sono por seus orgulhosos pais; afinal era a tão esperada por eles. Dizem que os anjos de Deus montavam guarda junto ao seu berço, e que para ela entoavam as mais belas melodias para embalar seus sonhos.

Com o nascimento da Virgem Maria Cumpria-se a profecia de Isaias que diz:
 “Da cepa dez vezes secular de Jessé, da raiz de Davi, brotará um novo ramo...” e desse ramo, mais tarde brotará o verdo de Deus encarnado, o Cristo Jesus.

A bela menina de olhos vivos, e encantadores, a todos cativava, e conforme os versos do beato José de Anchieta lemos; “ Contempla! Ei-la que nasce essa menina de beleza encantadora cujo olhar clareia o mundo em trevas mergulhado”. Deram-lhe o nome de Maria!



Curiosidade:
No antigo testamento somente uma mulher tinha o nome de Maria. A irmã de Moisés. Essa Maria (Mirjam ou Mirian) era venerada pelo povo Hebreu. Já no novo testamento encontramos, além da mãe de Jesus, muitas outras.
Na língua egípcia, Maria (Mery ou Meryt), significava: muito amada, já no Hebraico Miriam=Maria – soberana.

Os nossos deveres para com os Santos Anjos



São Bernardo, o devoto de Maria, o amigo do Coração de Jesus, é também, pode-se dizer, o cantor, o arauto dos Anjos da Guarda. O santo doutor afirma que para cada criança, cada ser humano existe um Anjo, e nunca devemos nos esquecer deste parceiro de vida, (devemos) ter “respeito pela sua presença, devoção à sua bondade e confiança na guarda que nos faz. O anjo de Deus nos acompanha com sua presença, ele nos honra e nos ama por sua bondade, e ele nos defende por sua guarda”. Vejam então as disposições com as quais São Bernardo muito apropriadamente sugere para que correspondamos a tanta bondade .

"Respeito à presença." Nunca devemos esquecer a presença do Anjo da Guarda, o príncipe celeste que nunca se envergonha de nós. [...]

"Devoção à bondade." O Anjo da Guarda não se faz só presente, mas está cheio de ternura e caridade, que ainda exige de nós amor, por causa do carinho, isto é, a devoção. [...] Devoção concretizada na prática da oração diária, invocando seu Anjo no início e no final de cada dia, mas também durante todo o dia. [...]

"A confiança na sua guarda." Saber-se guardado por um príncipe da corte celeste, por um desses espíritos eleitos a quem o Senhor – se referindo às crianças - disse que eles veem constantemente a majestade de Deus no esplendor do Paraíso, que não só inspira respeito e devoção, mas suscita a mais total confiança. A confiança, que é muito mais do que a audácia terrena, é necessária e deve apoiar, principalmente, quando a tarefa é difícil e estamos pondo em dúvida nossos bons propósitos. Nesse momento, então, de uma forma mais acentuada, devemos esperar a proteção e a guarda dos Santos Anjos. E realmente, neste sentido de confiança, vemos mais e mais evidente a necessidade da oração, que é precisamente a expressão autêntica e espontânea da confiança.

Discurso às crianças, 10 de setembro de 1934 - Discursos, volume 3.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Rezemos por todos Cristão

 É o povo de Deus vivendo mais um êxodo.
 Rezemos pelos nossos irmãos, não nos esqueçamos deles, sobretudo, no santo sacrifício da Missa.


UMA CARTA AO SANTO PADRE


“Quero lhe agradecer muito, muitíssimo mesmo, por nos manter sempre no seu coração. Coloque-nos no altar em que celebra a Missa para que Deus cancele os nossos pecados e tenha misericórdia de nós, e, talvez, afaste de nós este cálice... 

Escrevo com as minhas lágrimas, porque estamos em um vale escuro no meio de uma grande alcateia de lobos ferozes. Santidade, tenho medo de perder os seus pequenos, em especial os recém-nascidos que, a cada dia, se cansam e se debilitam mais; temo que a morte leve embora alguns deles. Mande-nos a sua bênção para termos a força de seguir em frente e, quem sabe, resistir ainda mais.

Com profundo amor, Pe. Behnam Benoka” (Sacerdote no Iraque). 

A oração do "Santo, Santo, Santo..." é própria dos Anjos. Aparece nas passagens bíblicas, cantada por eles. Assim também podemos unir-nos a eles nesse grande louvor ao DEUS Uno e Trino, não apenas na Santa Missa, mas também toda vez que estivermos diante do santíssimo, também ao iniciarmos nossas orações diárias, quando formos para o trabalho, enfim, em cada circunstância é possível essa união com nossos amigos celestes!
Rezemos em adoração a DEUS:
"Santo, Santo, Santo,
É o Senhor, Deus do universo!
O céu e a terra proclamam, a vossa glória!
Hosana nas alturas! Hosana!
Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Hosana nas alturas! Hosana!"

Opus Sanctorum Angelorum.