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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

SÃO FRANCISCO E O SERAFIM






Chegado o dia da santíssima Cruz, São Francisco, antes do nascer do dia, pôs-se em oração na frente da porta da sua cela, virando o rosto para o oriente, e orava desta forma: “Ó Senhor meu Jesus Cristo, duas graças te peço antes de morrer: a primeira, que em vida eu sinta na minha alma e no meu corpo, quanto for possível, a dor que tu, doce Jesus, suportaste na hora da tua acerbíssima Paixão. A segunda é que eu sinta no meu coração, quanto for possível, aquele amor sem medidas de que tu, Filho de Deus, estavas incendiado para suportar, por querer, tamanha paixão por nós pecadores”.


E, estando longamente nessa oração, entendeu que Deus o escutaria e que, quanto fosse possível para uma criatura, tanto lhe seria concedido sentir aquilo que pedia. Em breve, tendo São Francisco essa promessa, começou a contemplar com toda devoção a paixão de Cristo e a sua infinita caridade. E crescia tanto nele o fervor da devoção, que ele se transformava todo em Jesus, pelo amor e pela compaixão. E quando assim estava, inflamando-se nessa contemplação, naquela mesma manhã viu descer do céu um Serafim com seis asas resplandecentes e em fogo.

Esse Serafim, voando rapidamente aproximou-se de São Francisco de forma que ele podia discerni-lo, e conheceu claramente que tinha em si a imagem de um Homem Crucificado. E suas asas eram dispostas de maneira que duas asas estendiam-se sobre a cabeça, duas se abriam para voar e as outras duas cobriam todo o seu corpo. Vendo isso, São Francisco ficou fortemente espantado e ao mesmo tempo ficou cheio de alegria pelo gracioso aspecto de Cristo, que lhe aparecia tão familiarmente e o olhava tão graciosamente. Mas, por outro lado, vendo-o crucificado na cruz, tinha uma desmesurada dor de compaixão. Também se admirava muito de uma visão tão estupenda e incomum, sabendo bem que a enfermidade da paixão não combina com a imortalidade do espírito seráfico.

E, estando nessa admiração, foi-lhe revelado por aquele que lhe aparecia que, por divina providência, aquela visão lhe era demonstrada dessa forma para que ele entendesse que, não por martírio corporal mas pelo fogo da contemplação, ele devia ser todo transformado na expressa semelhança de Cristo crucificado.

Nessa aparição admirável todo o monte do Alverne parecia estar incendiado numa chama esplendisíssima, que resplandecia e iluminava todos os montes e vales ao redor, como se fosse o sol sobre a terra. Por isso os pastores que vigiavam naquela região, vendo o monte inflamado e tanta luz ao redor, ficaram com um medo enorme, como contaram depois aos frades, afirmando que aquela chama tinha durado sobre o monte Alverne por uma hora ou mais. 

Nessa aparição seráfica, Cristo, que aparecia, disse a São Francisco: “Eu te dei os Estigmas que são os sinais da minha paixão, para que tu sejas o meu estandarte. E, assim como no dia de minha morte desci ao limbo, e carreguei todas as almas que lá encontrei em virtude de meus Estigmas, assim te concedo que, cada ano, no dia da tua morte, possas ir ao purgatório e trazer todas as almas das tuas três Ordens, isto é, Menores, Irmãs e Continentes, e também dos outros que a ti forem muito devotos e que lá encontrares, em virtude dos teus Estigmas, e as leves para a glória do paraíso, para que sejas conforme a mim na morte, como és na vida”.

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