Jesus Cristo não é só o centro dos homens, mas também dos Anjos: «Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os Anjos... São seus porque foram criados por e para Ele... São seus, mais ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação» (CIC 331). «Eles aí estão, desde a criação e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização» (CIC 332). Por isso, este serviço se refere ao próprio Verbo encarnado e ao Seu Corpo na terra, a Igreja. «Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é rodeada da adoração e do serviço dos Anjos... Protegem a infância de Jesus, servem a Jesus no deserto, confortam-no na agonia, embora tivesse podido ser salvo por eles da mão dos inimigos, como outrora fora Israel. São ainda os anjos que “evangelizam”, anunciando a Boa Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam, a serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará» (CIC 333).
«Do mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos Anjos» (CIC 334). «Em sua Liturgia, a Igreja se associa aos Anjos para adorar o Deus três vezes Santo; ela invoca a sua assistência... Além disso; festeja mais particularmente a memória de certos Anjos (S. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael, os Anjos da guarda)» (CIC 335).
Deste modo, «desde o início até a morte, a vida humana é cercada sua proteção e por sua intercessão. “Cada fiel é ladeado por um Anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida”. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos Anjos e dos homens, unidos em Deus” (CIC 336). Com razão, portanto, a «Igreja venera os Anjos que a ajudam em sua peregrinação terrestre» (CIC 352).A ajuda dos Santos Anjos e a união dos homens com eles permitem a estes viver melhor a fé e também testemunhá-la com mais força e convicção.
Os Santos Anjos, com efeito, contemplam continuamente a face de Deus (cf. Mt 18,10) e vivem em constante adoração. De modo particularmente eficaz podem, por conseguinte, iluminar os fiéis que se abrem conscientemente à sua ação, sendo estes fiéis ajudados por eles a contemplar na fé os mistérios divinos: Deus mesmo e as suas obras (theologia e oikonomia) (cf. CIC 236), a crescer no conhecimento e no amor de Deus, a permanecer na Sua presença e a realizar uma adoração particularmente reverente e amorosa, dedicando-se à maior glorificação de Deus.
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