Os Santos Anjos se alegram com a conversão do pecador e o conduzem no caminho da abnegação e do seguimento de Cristo.
Desde a sua juventude, Santa Gema Galgani († 1903), foi educada pelo seu Anjo da Guarda, que lhe chamava a atenção quando era vaidosa ou estava sem vontade de rezar. Ele a lembrava de rezar pelas almas do purgatório.
O Anjo deseja levar a alma conduzida por ele à aceitação da cruz e da reparação pelos pecados dos outros. Comparados aos Anjos, os homens têm um dom que os espíritos não possuem: são capazes de provar seu amor a Deus pelo sofrimento e colaboram na salvação das almas suportando-o com paciência. A Beata Dina Bélanger escreveu no dia 23 de janeiro de 1926 na sua autobiografia:
“Ó santa humilhação! Sob as tuas asas, que parecem cobertas de espinhos, abrigas tesouros atraentes e doçuras... Eu te amo!... Ó Santos Anjos do Céu, invejai-me por minha felicidade! Não conheceis a alegria do sofrimento” (cap. 27).
Os Santos Anjos não experimentam a amargura e o peso do sofrimento. Eles veem unicamente a recompensa prometida aos que sofrem com paciência. Os espíritos bem-aventurados já contemplam a glória da Cruz. Por isso querem nos conduzir à aceitação da cruz no dia-a-dia. Não só os demônios, mas também os Santos Anjos podem causar sofrimentos nos seguidores de Cristo, porém não para prejudicá-los, e sim, transmitindo a cruz como uma graça.
Cristo em forma de Serafim apareceu a São Francisco de Assis e lhe imprimiu as Santas Chagas para assim oferecer-lhe parte nos sofrimentos do Senhor.
Santa Tereza d’Avila relata-nos:
“Vi que (o Anjo) trazia nas mãos um comprido dardo de ouro, em cuja ponta de ferro julguei que havia um pouco de fogo. Eu tinha a impressão de que ele me perfurava o coração com o dardo algumas vezes, atingindo-me as entranhas. Quando o tirava, parecia-me que as entranhas eram retiradas, e eu ficava toda abrasada num imenso amor de Deus. A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus. Não se trata de dor corporal; é espiritual, se bem que o corpo também participa, às vezes muito” (V. 40,12).
Também na vida da Beata Rosa Gattorno os Santos Anjos eram mensageiros do seu destino doloroso em Deus: “Depois da Santa Comunhão, um dia, vi aproximarem-se dois Anjos com uma coroa de espinhos nas mãos que se assemelhava àquela do meu Dileto” (M. 1. 1, pág.7: op. cit., p. 173s). Um dia, como resposta do Eterno Pai à sua súplica, pedindo-lhe que lhe concedesse o dom de carregar a cruz, recebeu um sinal: “Vi uma (cruz) bem pesada que era conduzida por dois Anjos e estes a colocavam sobre mim; tinha os três cravos fixos; quanta satisfação isto me causou!” (M. 1. 1, pág.15: op. cit., p. 174s).
Fonte: Obra dos Santos Anjos.
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