Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mensagem do Anjo de Portugal


As aparições da Mãe de Deus em Fátima foram precedidas pelas do Anjo: as silenciosas de março a outubro de 1915; e as três dialogadas em 1916.
Não foi um Anjo qualquer, mas um especial, como ele próprio se chamou. Na primeira aparição, na primavera de 1916, cognominou-se pela sua tarefa específica: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo”. Mas na segunda foi mais claro ao revelar-se: “De tudo o que puderdes oferecei um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim sobre a vossa Pátria a Paz. Eu sou o Anjo da sua Guarda, o Anjo de Portugal”.

As aparições silenciosas do Anjo, dão-nos uma visão de conjunto de toda a revelação de Fátima. Está ali, de facto, uma tríplice mensagem:
a) pureza de vida, ou vida em graça, que é “o que Nossa Senhora quer”. As aparições começaram no primeiro dia em que Lúcia vai guardar o rebanho com as companheiras que a Sra. Maria Rosa propositadamente escolhera para acautelar a saúde moral da filha. Na véspera fora para a serra com os restantes pastores e veio de lá desanimada com o ambiente pagão que encontrou. Por isso, a mãe procurou companheiras de toda a confiança. Foi exatamente nesse dia (provavelmente 24 março) que o Anjo apareceu pela primeira vez.
b) terço: o Anjo aparece quando rezam o terço, mantém-se visível enquanto o terço perdura, e desaparece logo que este termina.
c) ato de Fé: os videntes compreendem que o personagem da aparição não é deste mundo. Não sobe da terra, não desce para ela e mantém-se, suspenso no ar, contra as leis físicas. Há, portanto, um outro mundo (ato de Fé, em miniatura). Ora, a mensagem de Fátima, começa por um ato de Fé. O primeiro pedido que o Céu faz à Terra, na Loca do Cabeço, é esta oração: “Meu Deus, eu creio...”

Oração
O Anjo ensina duas fórmulas novas de oração. A primeira – “Meu Deus, eu creio...” – contém todos os atos reduzidos à expressão mais simples, por vezes, a uma só palavra. Oração perfeitamente adaptada ao século XX (é cada vez menor o tempo reservado à oração) e oportuna para qualquer momento do dia. Oração universal: nela pedimos por nós e por todos. A segunda – “Santíssima Trindade...” – constitui uma bela preparação e uma excelente ação de graças da Missa e da Comunhão. Contém, além disso, de maneira muito clara e ordenada, os quatro elementos teológicos da oração perfeita: adoração, oferta, reparação e petição.
O Anjo pede oração contínua: “Oferecei constantemente ao Altíssimo, orações...”. Isto é viver em união com Deus, elevando continuamente a alma até Ele.
O Anjo convida-nos a rezar com Ele: “Orai comigo”. A união com o Anjo, que vive permanentemente na visão beatífica, torna mais intensa e perfeita a nossa oração.

Penitência
Significa aceitação do sofrimento que Deus envia. “Sobretudo aceitai e suportai, com submissão, o sofrimento que o Senhor vos enviar”. Significa também, cumprimento dos deveres de estado (implícito no pedido anterior, uma vez que os deveres próprios são a expressão mais direta e clara da vontade de Deus); e conversão de toda a vida em sacrifício, isto é, em oferta constante ao Senhor: “Oferecei constantemente ao Altíssimo... sacrifícios”. Tudo o que é de acordo com a vontade divina pode ser objeto de oferta a Deus, quer agrade quer desagrade a nossa sensibilidade.

Eucaristia
O Anjo adora a Eucaristia e leva os videntes a adorá-la consigo (prostração e oração eucarística). Recomenda a recepção da Eucaristia: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo”. Pede a Eucaristia como meio de reparação: “Reparai os seus crimes (dos homens) e consolai o vosso Deus”.

Ecumenismo
Não podemos deixar de considerar relevante a dimensão ecumênica da aparição do Anjo no recurso simultâneo à liturgia romana (comunhão de Lúcia só com o Pão) e bizantina-eslava (comunhão de Jacinta e Francisco com o Vinho, prostração, etc...) (cfr. Diálogos de Fátima, M. Dias Coelho, 1977, Sameice, pg. 6 e 7).


Fonte: Comunidade Aliança Eterna.

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