(Um missionário alemão contou esta história que aconteceu no tempo quando Mao Tse Tung e os comunistas conseguiram, com violência, tomar posse do poder da China, nos anos cinqüenta)
No início da revolução, os comunistas chineses evitaram cuidadosamente danificar ou matar estrangeiros, para não provocar a opinião pública internacional contra si. Nesta situação, cheia de tensões mas de uma coexistência pacífica com a Igreja, o Pe. Carlos pôde continuar seu trabalho missionário, que consistia na pastoral em vários povoados, que eram bem distantes um do outro. Ele se julgava feliz, porque possuía uma moto, com a qual visitava cada Domingo seus rebanhos dispersos, junto com seu sacristão.
Num destes Domingos, quando juntava, depois da Missa, os paramentos litúrgicos, uma voz lhe disse, em sua língua materna: "Não tenhas medo. Tudo irá bem!". Ao ouvir a sua língua materna, ficou admirado e perguntou ao grupo de fazendeiros chineses, que se encontravam ao redor dele, quem deles falava tão perfeitamente alemão. "Alemão?" perguntaram, "Mas o senhor sabe que nós todos somos simples fazendeiros e nunca tivemos a possibilidade de estudar uma língua estrangeira. Porque o senhor está perguntando isso?" Foi óbvio que nenhum deles escutou a voz, e por isso Padre Carlos disse que só quis perguntar e que não era nada de importância.
Mas como seria de importância não tinha ele nem a mínima idéia naquele instante. Pois nesse dia os comunistas decidiram finalizar aquela "coexistência pacífica" com a sua morte! Uma divisão local das forças armadas já tinha recebido as ordens de matar Padre Carlos, porque a Igreja católica estourava a revolução comunista. Só que não quiseram executar o Padre Carlos publicamente, mas num dos trechos mais abandonados de seus caminhos.
Padre Carlos fez as malas da Missa e saiu para o próximo povoado que se encontrava numa região montanhosa. A estrada era ruim e cheia de curvas, por isso, só podia dirigir devagarzinho. Depois de uma curva muito estreita, encontrou-se com um esquadrão de soldados comunistas, que logo atirou contra ele numa distância de mais ou menos trinta metros. Os primeiros tiros acabaram com a moto, e o Padre Carlos e seu sacristão caíram na lama. Tiveram a sorte de achar refúgio atrás de uma grande rocha.
Padre Carlos não podia compreender o que se passava e pensou que os soldados estavam enganados. Logo que vissem que ele era um sacerdote católico, acabariam com os tiros e tudo estaria em ordem. Por isso levantou-se três vezes, querendo convencê-los. Mas três vezes atiraram contra ele sem, porém, apanhá-lo nenhuma vez! Mas desta maneira conseguiram que ele ficasse convencido de que eles o queriam matar.
Afinal os soldados aproximaram-se deles e os aprisionaram. Começando os interrogatórios com uma revista do corpo, notaram que nem o Padre Carlos, nem seu sacristão foram apanhados por um só tiro sequer (e foram sete salvas!). Os fuzileiros ficaram tão impressionados, que soltaram os dois prisioneiros. Mas foi claro que precisavam continuar o caminho a pé, porque a moto ficou muito perfurada.
Saindo de lá, Padre Carlos pensou nas palavras que tinha ouvido depois da Missa: "Não tenhas medo. Tudo irá bem!" e disse a si mesmo: "Agora sei realmente que o Senhor mandou verdadeiramente o Seu Anjo e me livrou da mão do esquadrão comunista de morte!" (como São Pedro falou quando se encontrou numa situação semelhante em At 12, 11).
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