Em janeiro de 1998 engravidei pela primeira vez. Era o primeiro e tão esperado filho. Mas já no primeiro mês de pré-natal a médica me informou que havia presença de miomas (tumores), que, infelizmente, se desenvolveram muito. Em abril, quando de madrugada fui ao banheiro, senti que estava perdendo líquido. Ao procurar a médica ela constatou que havia perdido o nenê. Após o exame, encaminhou-me para o hospital, pois havia risco de uma hemorragia e não resistir. Por isso fui, acompanhada por minha sogra, para o "hospital e maternidade de São José". Os exames constataram que o mioma era muito grande e logo fui encaminhada ao centro cirúrgico, e despertando da anestesia sentia dores muito fortes, passei a noite sem dormir.
No dia seguinte outro médico chegou para examinar-me e escandalizou-se com o cirurgião que me havia operado, pois o feto ainda estava dentro do útero. Com isso submeti-me a uma outra cirurgia visto que corria o perigo de uma infeção, à qual eu não teria as forças necessárias para resistir, mas antes, como corria o risco de vida despedi-me dos meus. Neste ensejo, minha mãe e meu esposo assinaram a licença para a retirada do útero, pois o mioma prensou o feto impossibilitando assim, retirar uma coisa sem a outra; minha mãe, por sua vez, ao assinar, segurou as mãos do médico e disse: "Quem vai operar a minha filha é Jesus".
A cirurgia começou e senti um pouco como o médico mexeu. Depois disse: "Nossa, a corrente de oração lá em baixo foi forte demais!" De fato, aconteceu que o mioma se deslocou nas mãos dele quando já estava no processo da retirada do meu útero, assim só precisou retirar o feto. Quando voltei para o quarto começaram fortes dores e, de olhos fechados, via um monte de coisas estranhas. Logo me aplicaram soro e usavam o cateter para aplicar os medicamentos. Mas todo tempo a agulha saia da veia e o sangue começava a voltar. A dor era insuportável e, por isso, meu marido chamava as enfermeiras que já vinham com uma certa má vontade, pois sempre a veia fugia e o sangue voltava.
Continuava neste mesmo estado e em uma certa noite, sentia tanta dor que disse a Jesus: "Eu sou da Irmandade dos Santos Anjos. Envia um dos Teus Anjos para me ajudar e tirar de mim todo este sofrimento". E mais uma vez a agulha saia fora da veia e o sangue voltava. E eu pedia a DEUS que enviasse os Anjos para me ajudar.
Logo em seguida meu marido saiu, foi até o corredor e chamou o médico que lá estava para dar uma olhada em mim. Chegando, pegou meu braço, olhou para mim e disse: "Olha, vou trocar esta agulha e vou colocar em você uma agulha que se usa em crianças. Assim o fez e, passando a mão sobre minha cabeça, disse: "Agora não vai mais soltar". Trouxe ainda um remédio para a dor de cabeça e disse a meu marido: "Quando precisar, pode me procurar no final do corredor, que vou estar aqui". Afastou-se olhando para mim, perguntei ainda quem deveria procurar se precisar e respondeu-me: "Meu nome é Miguel Arcanjo dos Anjos".
Senti uma força tão grande e agradeci a Deus por ter me mandado um dos Seus Anjos para me proteger. Não senti mais dores assim insuportáveis e a agulha não saiu mais da veia, só a tiraram quando suspenderam o soro e os medicamentos. Depois de três dias recebi alta.
Fonte: Opus Sanctorum Angelorum - História do Santo Anjo
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