Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Obediência

A obediência sob o ponto de vista humano, pode parecer uma coisa muito discreta, muito prosaica, contida em ordens como estas: "Faz isto!" ou "Não faças aquilo!".
A Sagrada Escritura porém revela-nos que a sua origem é muito mais nobre.



 No princípio, os Anjos foram provados na obediência; os espíritos caídos revoltaram-se contra a divina economia da salvação, dentro da qual foram chamados a servir: "Desde há muito quebraste o teu jugo, rompeste os teus laços. Disseste: 'Não servirei!" (Jer 2,20).

Podemos observar que pela desobediência de Adão perdeu-se a amizade com Deus. A partir de então, a obediência costuma apresentar-se com um traje de trabalho visto que o homem comerá o seu pão, fruto de um trabalho duro, e com a fadiga do seu rosto.
 A obediência de CRISTO, o novo Adão, redimiu-nos e restaurou a amizade com DEUS! Ele, o Servo de DEUS, o Filho do Pai Eterno, impregnou a obediência de amor. Esta é a feliz sorte da criança e do amante: "O teu desejo é uma ordem para mim!" Em relação a DEUS, a obediência torna-se mesmo uma bem-aventurança para aqueles que têm sede da justiça, porque serão saciados (Mat 5,6).
Como virtude, a obediência faz parte da virtude cardeal da justiça, que faz com que tenhamos uma vontade permanente e constante de dar a cada um o que se lhe deve (Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino. II-II, 58,1c). Nós fomos 'justificados' pela obediência de CRISTO, porque a Sua graça nos dá a possibilidade de dar a DEUS, de maneira digna, aquilo que Lhe devemos: fé, veneração e obediência.

 "Ao Deus que revela é devida a 'obediência da fé' (Rom 16, 26; Rom 1,5; 2Cor 10,5-6); pela fé, o homem entrega-se total e livremente a DEUS" (Constituição Dogmática Dei Verbum, cap.1,5).

Pelo abandono, o ato principal da virtude da religião, prestamos prontamente a DEUS a reverência e a honra que o Seu Nome merece. Pela santa obediência submetemo-nos à Sua majestade e autoridade, isto é: às Suas leis, dadas diretamente por Ele ou por aqueles que exercem a autoridade em Seu Nome, seja na Igreja ou na sociedade.

É significativo que a nossa submissão obediente à vontade de DEUS seja a garantia de que o nosso culto é puro e santo.

Saul foi reprovado por não ter cumprido as ordens de Deus: "Porventura, o Senhor compraz-Se tanto nos holocaustos e sacrifícios como na obediência à Sua palavra? A obediência vale mais que os sacrifícios, e a submissão vale mais do que a gordura dos carneiros. A desobediência é tão culpável como a superstição, e a insubmissão é como o pecado da idolatria" (1Sam 15,22-23). É por isso que São Tomás de Aquino classifica a 'piedosa vontade própria' entre as faltas muito graves, porque, sob a aparência do culto divino e da obediência, ela faz exatamente o contrário.

No sentido lato da palavra, a obediência é uma virtude ou qualidade geral da vida moral, visto que cada obra boa corresponde a uma lei, e cada pecado de alguma maneira se opõe a uma lei. Segundo as palavras de CRISTO, a obediência está estreitamente ligada ao amor: "Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor" (Jo 15,10). É impossível amarmos DEUS se não respeitamos a Sua autoridade e não nos submetemos aos Seus mandamentos.

Consideramos a obediência no aspecto de serviço e como a obediência filial de CRISTO. A obediência não só cumpre a tarefa, mas prepara-nos também para a união com DEUS. Se em CRISTO, o Redentor, a caridade teve o primeiro lugar, logo lhe seguiu a obediência.

Um comentário:

  1. Somente os corações unidos ao Senhor Jesus Cristo, poderao conpreender a grandeza e beleza desta mensagem sobre a OBEDIENCIA. Parbens!!!
    Alex

    ResponderExcluir

Santo Anjo da Guarda nossa companhia.