Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Anjo do Senhor

"E um santo Anjo do Senhor, Rafael, foi enviado para curar Tobit e Sara, cujas preces tinham sido simultaneamente dirigidas ao Senhor." 
                             (Tob 3,25) 


A fé da Igreja reconhece a existência e ao mesmo tempo os traços distintivos da natureza dos anjos. O seu ser puramente espiritual implica antes de tudo a sua não-materialidade e a sua imortalidade. Os anjos não têm "corpo" (embora em determinadas circunstâncias se manifestem sob formas visíveis em virtude da sua missão a favor dos homens, e por conseguinte estão sujeitos à lei da corruptibilidade que é comum a todo o mundo material). O próprio Jesus, ao referir-se à condição angélica, dirá que na vida futura os ressuscitados "já não podem morrer; são semelhantes aos anjos" (Lc 20,36).

Enquanto criaturas de natureza espiritual, os anjos são dotados de intelecto e de vontade livre, como o homem, mas em grau superior ao dele, embora sempre finito, pelo limite que é inerente a todas as criaturas. Os anjos são pois seres pessoais e, como tais, também eles à "imagem e semelhança" de Deus. A Sagrada Escritura refere-se aos anjos usando também apelativos não só pessoais (como os nomes próprios de Rafael, Gabriel, Miguel), mas também "coletivos" (como as classificações de: Serafins, Querubins, Tronos, Potestades, Dominações, Principados), assim como faz uma distinção entre Anjos e Arcanjos. Embora tendo em conta a linguagem analógica e representativa do texto sagrado, podemos deduzir que estes seres-pessoas, quase agrupados em sociedade, se subdividem em ordens e graus, correspondentes à medida da sua perfeição e às tarefas que lhes estão confiadas. Os autores antigos e a própria liturgia falam também dos coros angélicos (nove, segundo Dionísio, o Areopagita). A teologia, especialmente a patrística e medieval, não rejeitou estas representações, procurando, pelo contrário, dar uma explicação doutrinal e mística das mesmas, mas sem lhes atribuir um valor absoluto. São Tomás preferiu aprofundar as pesquisas sobre a condição ontológica, sobre a atividade cognoscitiva e volitiva e sobre a elevação espiritual destas criaturas puramente espirituais, pela sua dignidade na escala dos seres, porque nelas poderia aprofundar melhor as capacidades e as atividades próprias ao espírito no estado puro, haurindo não pouca luz para iluminar os problemas de fundo que desde sempre agitam e estimulam o pensamento humano: o conhecimento, o amor, a liberdade, a docilidade de Deus, a obtenção do Seu reino.

O tema a que nos referimos poderá parecer "distante" ou "menos vital" à mentalidade do homem moderno. Todavia a Igreja, propondo com franqueza a totalidade da verdade acerca de Deus Criador também dos anjos, crê que presta um grande serviço ao homem. O homem nutre a convicção de que em Cristo, Homem-Deus, é ele (e não os anjos) a encontrar-se no centro da Divina Revelação. Pois bem, o encontro religioso com o mundo dos seres puramente espirituais torna-se revelação preciosa do seu ser não só corpo mas também espírito, e da sua pertença a um projeto de salvação verdadeiramente grande e eficaz, dentro de uma comunidade de seres pessoais que para o homem e com o homem servem o desígnio providencial de Deus.


domingo, 28 de abril de 2013

Para refletir.




"O anjo é o amigo mais sincero e o mais fiel, mesmo quando temos a infelicidade de o desgostar com nosso mal comportamento"
Santo Padre Pio

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Testemunho - História do Santo Anjo


Em janeiro de 1998 engravidei pela primeira vez. Era o primeiro e tão esperado filho. Mas já no primeiro mês de pré-natal a médica me informou que havia presença de miomas (tumores), que, infelizmente, se desenvolveram muito. Em abril, quando de madrugada fui ao banheiro, senti que estava perdendo líquido. Ao procurar a médica ela constatou que havia perdido o nenê. Após o exame, encaminhou-me para o hospital, pois havia risco de uma hemorragia e não resistir. Por isso fui, acompanhada por minha sogra, para o "hospital e maternidade de São José". Os exames constataram que o mioma era muito grande e logo fui encaminhada ao centro cirúrgico, e despertando da anestesia sentia dores muito fortes, passei a noite sem dormir.
No dia seguinte outro médico chegou para examinar-me e escandalizou-se com o cirurgião que me havia operado, pois o feto ainda estava dentro do útero. Com isso submeti-me a uma outra cirurgia visto que corria o perigo de uma infeção, à qual eu não teria as forças necessárias para resistir, mas antes, como corria o risco de vida despedi-me dos meus. Neste ensejo, minha mãe e meu esposo assinaram a licença para a retirada do útero, pois o mioma prensou o feto impossibilitando assim, retirar uma coisa sem a outra; minha mãe, por sua vez, ao assinar, segurou as mãos do médico e disse: "Quem vai operar a minha filha é Jesus".
A cirurgia começou e senti um pouco como o médico mexeu. Depois disse: "Nossa, a corrente de oração lá em baixo foi forte demais!" De fato, aconteceu que o mioma se deslocou nas mãos dele quando já estava no processo da retirada do meu útero, assim só precisou retirar o feto. Quando voltei para o quarto começaram fortes dores e, de olhos fechados, via um monte de coisas estranhas. Logo me aplicaram soro e usavam o cateter para aplicar os medicamentos. Mas todo tempo a agulha saia da veia e o sangue começava a voltar. A dor era insuportável e, por isso, meu marido chamava as enfermeiras que já vinham com uma certa má vontade, pois sempre a veia fugia e o sangue voltava.
Continuava neste mesmo estado e em uma certa noite, sentia tanta dor que disse a Jesus: "Eu sou da Irmandade dos Santos Anjos. Envia um dos Teus Anjos para me ajudar e tirar de mim todo este sofrimento". E mais uma vez a agulha saia fora da veia e o sangue voltava. E eu pedia a DEUS que enviasse os Anjos para me ajudar.
Logo em seguida meu marido saiu, foi até o corredor e chamou o médico que lá estava para dar uma olhada em mim. Chegando, pegou meu braço, olhou para mim e disse: "Olha, vou trocar esta agulha e vou colocar em você uma agulha que se usa em crianças. Assim o fez e, passando a mão sobre minha cabeça, disse: "Agora não vai mais soltar". Trouxe ainda um remédio para a dor de cabeça e disse a meu marido: "Quando precisar, pode me procurar no final do corredor, que vou estar aqui". Afastou-se olhando para mim, perguntei ainda quem deveria procurar se precisar e respondeu-me: "Meu nome é Miguel Arcanjo dos Anjos".
Senti uma força tão grande e agradeci a Deus por ter me mandado um dos Seus Anjos para me proteger. Não senti mais dores assim insuportáveis e a agulha não saiu mais da veia, só a tiraram quando suspenderam o soro e os medicamentos. Depois de três dias recebi alta.

fonte: cumsanctisangelisblogspot.com

quarta-feira, 17 de abril de 2013

História do Anjo da Guarda




Canção Nova

Para Refletir




"Quando digo Ave Maria, os céus sorriem os anjos se rejubilam, o mundo se alegra, treme o inferno e fogem os demônios. Vós sois ó Maria, a filha do Altíssimo Pai Celestial, a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e a esposa do Divino Espírito Santo". 
                                                                                       - São Francisco de Assis

sexta-feira, 12 de abril de 2013

São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo
Vós, príncipe dos exércitos celestes, vencedor do dragão infernal, recebestes de Deus força e poder para aniquilar, pela humildade, a soberba do príncipe das trevas.
Insistentemente vos suplicamos que nos alcanceis de Deus a verdadeira humildade de coração, uma fidelidade inabalável no cumprimento contínuo da vontade de Deus e uma grande fortaleza no sofrimento e na penúria. Ao comparecermos perante o tribunal de Deus socorrei-nos para que não desfaleçamos!



Explicação da Imagem:

- o arcanjo luta de olhos fechados, pois não luta focalizando o inimigo, mas unindo-se a DEUS;
- seu semblante sereno e frágil mostra que sua força é o Senhor;
- vem em socorro da Igreja, uma vez que a fumaça de satanás penetrou-a por uma brecha;
- as cruzes em sua capa simbolizam os santos anjos que estão a seu serviço;
- sua defesa é a sublime adoração: o escudo;
- sua arma é a humilhação de CRISTO na Cruz;
- as suas asas, que simbolizam a adoração, é flamejante, pois seu amor por DEUS é como um mar em chamas;
- a luz de CRISTO, o Sol da Nova Jerusalém, é quem o guia.

Fonte: Santo Anjo da Gurada


terça-feira, 9 de abril de 2013

Testemunho de Glória Polo

Para os jovens meditarem sobre os verdadeiros valores de uma pessoa. Gloria Polo cultuava o seu corpo até que...







São Miguel Arcanjo, ajudai-nos e rogai por nós.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Anunciação do Senhor


A Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.


Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade".

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".


domingo, 7 de abril de 2013

Para Refletir - Isaías 53






"Nunca esqueçamos de que Jesus derramou até a última gota do Seu sangue pela salvação da humanidade."

                                                                                                          (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

A Divina Misericórdia (O DIÁRIO de Santa Faustina)




"Na sexta-feira 13.09.1935. A noite, quando me encontrava na minha cela, vi o Anjo executor da ira de Deus. Estava vestido de branco, o rosto radiante e una nuvem a seus pés. Da nuvem saíam trovões e relâmpagos para as suas mãos e delas só então atingiam a Terra. Quando vi esse sinal da ira de Deus, que deveria atingir a Terra, e especialmente um determinado lugar que não posso mencionar por motivos bem compreensíveis, comecei a pedir ao Anjo que se detivesse por alguns momentos, pois o mundo faria penitência. Mas o meu pedido de nada valeu perante a Cólera de Deus.  
(...) Porém, nesse mesmo momento senti em mim a força da graça de Jesus que reside na minha alma; e, quando me veio a consciência dessa graça, imediatamente fui arrebatada até o Trono de Deus. 
(...) Comecei, então, suplicar a Deus pelo Mundo com palavras ouvidas interiormente.
Quando assim rezava, vi a impossibilidade do Anjo em poder executar aquele justo castigo, merecido por causa dos pecados. Nunca tinha rezado com tanta forca interior como naquela ocasião. As palavras com que suplicava a Deus eram as seguintes: 
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro; pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós.
 No dia seguinte pela manha, quando entrei na nossa capela, ouvi interiormente estas palavras:
 Toda vez que entrares na capela, reza logo essa oração que te ensinei ontem. Quando rezei essa oração  ouvi na alma estas palavras: 

Essa oração serve para aplacar a Minha ira. Tu a recitarás por nove dias, por meio do Terço do Rosário da seguinte maneira:

1.Primeiro dirás o PAI NOSSO, a AVE MARIA e o CREDO. 

2.Depois, nas contas de PAI NOSSO, dirás as seguintes palavras: 
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.

3.Nas contas de AVE MARIA rezarás as seguintes palavras: 
Pela Sua dolorosa Paixão  tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. 

4.No fim, rezarás três vezes estas palavras:
 Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.
                                                                                                                        (Diario, 474- 476).



"Oh! que grandes graças concederei às almas que recitarem  esse Terço. 
(...) Anota estas palavras, Minha filha, fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia, tirem proveito do Sangue e da Água que jorraram para eles" (Diário, 848).
"Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia" (Diário, 687).

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dica de Livro


Com base neste livro que fizemos a postagem anterior, sobre a Cruz de São Damião, é uma leitura muito rica em detalhes.

"Um ser humano vale o que ele é aos olhos de Deus e nada mais". 
- São Francisco de Assis

A Cruz do Ressuscitado - Uma Explicação do ícone do Crucifixo de São Damião




A Cruz de São Damião, popularmente conhecida como "Crucifixo de São Francisco", tornou-se famosa no mundo inteiro como a "cruz que falou a Francisco".

“Francisco, não vês que Minha casa está desmoronando?
Vai, então reconstrói a Minha Igreja”.
 (Palavras de JESUS  a São Francisco,  em outubro de 1205) 


São Francisco recebeu do próprio Senhor a missão: ”Francisco constrói a Minha Igreja”, a princípio ele compreendeu isto de maneira muito limitada. Aos poucos, porém, ele percebeu que as palavras “Minha Igreja” tinha um significado bem mais profundo: JESUS estava pensando em toda a Sua Igreja.
O sofrimento e a morte de JESUS são lidos à luz da glorificação de JESUS, como nos descreve São João em seu Evangelho. Assim o ícone oferece uma perspectiva  inspirada pelo Evangelho de São João. 

 Altíssimo e glorioso Senhor! 
Iluminai e dissipai as trevas do meu espírito. 
Dai-me  fé reta, esperança certa, caridade perfeita. 
Fazei, meu DEUS, que Vos conheça  
e faça cada coisa à Vossa luz
e conforme a Vossa santa vontade. Amém. 
(Oração de São Francisco)   



 Analisando:

 “PAI glorifica Teu FILHO, para que Teu FILHO glorifique a TI” (Jo 17,1).

“ Chegando, porém, a JESUS, como O vissem já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-Lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu Sangue e água. O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais” (Jo 19, 33-35). 

No ícone se vê um forte antagonismo, uma luta entre luz e trevas. Ele representa o resultado final desta luta: O corpo glorioso de CRISTO resplandece diante de um fundo bem escuro.

“A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não a compreenderam” (Jo 1, 5).  

Todo ícone é contornado pela cor vermelha.  Esta cor simboliza  o amor que venceu  as trevas e a morte. 



Detalhes que revelam o Mistério

As conchas:  
Todo ícone é contornado também por cochas emendadas uma na outra. Elas simbolizam a beleza e a eternidade do céu. 



CRISTO aceitou a Cruz em vista da alegria que Lhe fora proposto. 
 (Hb 12, 2).

A Pedra:
 Em baixo, no pé do ícone, não há conchas, mas uma pedra, que significa Pedro e a Igreja. CRISTO, no Gólgota, aparece como Aquele que gera pelo ESPÍRITO SANTO a Igreja viva sobre o fundamento dos Apóstolos. 

“Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela”  
(Mt 16, 18).




A Coroa de Glória: 
Ela é uma das chaves para entender o ícone. É à sua luz que devemos “lê-lo”. Tanto JESUS como os outros  da Cruz, inseridas na coroa da glória, já estão imersas na luz.  
personagens aparecem, já, na glória. As linhas
Assim está presente o abaixamento e a exaltação de JESUS.

“As dores do momento presente não tem nenhuma proporção com a glória que se manifestará em nós” (Rm 8, 18).

Também para nós vale: o nosso testemunho da vitória de CRISTO damos nas renúncias e sacrifícios diários.  Nestas situações podemosdar o testemunho de nossa esperança na ressurreição. 

“Mas Aquele que fora colocado por pouco tempo abaixo dos Anjos, JESUS, nós O vemos, por Sua Paixão e morte, coroado de glória e de honra. Assim, pela graça de DEUS, a Sua morte aproveita a todos os homens” (Hb 2, 9).


A Figura do CRISTO


As Vestes de JESUS:
JESUS está vestido com um efod de linho bordado a ouro. É aquilo que os sacerdotes usavam sobre o quadril. Portanto, é símbolo de sacerdócio como de vítima. 

“Entretanto, Samuel, ainda criança, servia ao Senhor, trajando um efod de linho” (1 Sm 2, 18).

“Não quisestes sacrifício nem oferta, mas um corpo Me preparastes. Agora Eu disse: Eis que venho para fazer a Tua vontade” (Hb 10, 5-7).

As vestes revelam JESUS como o Rei, Sacerdote, Vítima e Altar. Sua oferta é agradável ao PAI. Seu louvor é perfeito, dado com a própria vida, por obediência e entrega total de amor ao PAI pelos homens.  Ele é o Pontífice, o Príncipe da Paz. 

“Louvai a DEUS com todas as vossas forças, isto é, também com a vossa consciência, vossa vida, vossas ações. Não deixes de viver santamente e louvarás sempre a DEUS. Se nunca te desviares do bom caminho, ainda que tua língua se cale, tua vida clamará” (Santo Agostinho). 

Os olhos de JESUS:

Os olhos abertos O mostram como O Vivente por excelência. Além disso são desmesuradamente grandes.  que vê o PAI. Seu olhar está dirigido entre céu e terra, porque Ele age como Sumo Sacerdote, como Mediador que Se oferece ao PAI pelos homens. 
Isto indica que Ele é o único
Ao mesmo tempo é um olhar grave e sereno: JESUS é consciente da importância da história da salvação da qual Ele é o Centro.

“Quem Me vê, vê o PAI” (Jo 8, 12).

Ao mesmo tempo é um olhar grave e sereno: JESUS é consciente da importância da história da salvação da qual Ele é o Centro.  Estão abertos. Ele olha para o mundo que salvou. É o olhar Eucarístico de JESUS. É o convite para nós: “Mira que te le mira” (Olha atentamente a Quem atentamente te olha)! 
“Eu sou a Luz do mundo; aquele que
Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).

O túmulo vazio: 

Atrás dos braços esticados de JESUS está Seu túmulo vazio, representado pelo retângulo preto. Este sublinha a mensagem de que CRISTO na Cruz é a luz do mundo.




                     “Eu sou a Luz do mundo; aquele que Me segue não andará nas trevas, 
                                              mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12). 


JESUS, Templo da TRINDADE: 
No centro do peito de JESUS se distingue a cabeça de um per-sonagem desenhada em filigrana, que está voltado para o lado esquerdo de CRISTO. Trata-se do PAI. Testemunha que o PAI estava presente na Paixão de JESUS, como Ele mesmo havia declarado:

“Como Tu, PAI, estás em Mim e Eu em Ti” (Jo .17, 21).
“Todos vós Me deixareis só, mas não estou só. O PAI está coMigo” (Jo 16, 32).

A Eternidade:

Há ainda um círculo abaixo do quase perfil do PAI que simboliza a eternidade, pois não tem início, nem fim. “Tudo o que CRISTO é, fez e sofreu por todos os homens participa da eternidade Divina e por isso abraça todos os tempos e nele se mantém presente” (CIC 1085)

“N’Ele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Cl 2,9). 

A testa de JESUS:



 Sobre a testa de JESUS se pode distinguir uma pomba de asas abertas. Assim este ícone nos leva a uma contemplação profunda de toda a TRINDADE.

“N’Ele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” 
(Cl 2,9). 


O rosto coberto de JESUS:

Olhando detalhadamente se vê o rosto e a coroa de JESUS encobertos por finíssimo véu. Este véu obscurece o rosto de JESUS e também o Seu pescoço.

“A glória do Senhor repousou sobre o Monte Sinai que ficou envolvido na nuvem durante seis dias” (Ex 24, 16) .

Como a glória do Senhor era velada pela nuvem no deserto, assim a Face de CRISTO era velada pela  Sua humanidade. Este véu simboliza toda a carne de JESUS que nos oferece acesso ao Trono da Graça pela fé: 

“Irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no Santuário eterno, 
em virtude do Sangue de JESUS, pelo caminho novo e vivo que nos abriu através do véu, isto é, o caminho de Seu próprio Corpo” (Hb 10, 19-20) .

Como a glória do Senhor era velada pela nuvem no deserto, assim a Face de CRISTO era velada pela Sua humanidade.

O tórax e o pescoço de JESUS:


Estão muito robustos. O peito inflado mostra JESUS que, expirando, sopra o Seu ESPÍRITO sobre o mundo, gesto que realizará outra vez no cenáculo como Ressuscitado. Assim revela como o peito de JESUS estava cheio de perdão.

“Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco. Como o PAI Me enviou, assim também vos envio a vós. Depois destas palavras soprou sobre eles , dizendo-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO. A quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados”
 (Jo 20, 22-23).

Este sopro de JESUS nos lembra da criação do homem. JESUS na Cruz está renovando a criação. Portanto, os mortos somos nós e Ele é o “Vivente pelos séculos” (Apoc 1, 18):

“O Senhor DEUS formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2, 7).
“Profetiza ao ESPÍRITO, disse Me o Senhor, profetiza, filho do homem, e dirige-te ao ESPÍRITO: Eis o que diz o Senhor DEUS: vem, ESPÍRITO, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam” 
(Ez 37, 9).

 O último suspiro de JESUS foi o primeiro da Igreja. Quem rejeita a Cruz, rejeita o primeiro Pentecostes. Para cada Cruz há um Pentecostes e no Pentecostes da Cruz só permanece quem confia no amor e obedece.  O peito inflado de JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, é, pois, símbolo do ESPÍRITO SANTO que, a partir da Cruz, rege a nova criação, que dá a vida nova de CRISTO ao homem morto de nosso tempo, que renova a face da terra a partir da Cruz de JESUS. 
  
JESUS é o personagem central:
É Ele que ilumina o ícone. Os outros personagens são iluminados pelo corpo luminoso de CRISTO. 

“Eu sou a Luz do mundo; aquele que Me segue não andará nas trevas, 
mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).


As chagas de CRISTO:



São chagas gloriosas. Não há sinais de morte em todo corpo de JESUS. Além disso, estas chagas são representadas como fontes vivas e ativas. A partir delas jorra com abundância o Sangue do Cordeiro de DEUS.




“Conduziu-me, então, à entrada do Templo. Eis que águas jorraram de sob o limiar do edifício, em direção ao oriente... vi a água brotar do lado de sul” (Ez 47, 2).
Ø
“...mas um dos soldados abri-Lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu Sangue e água” (Jo 19, 34).



“Mostrou-me, então, o Anjo um rio de água viva resplandecente como cristal de rocha, saindo do Trono de DEUS e do Cordeiro (Apc 22,1).

As Chagas de JESUS:
Estas chagas são o lugar de encontro entre nossa vida e o CRISTO que nos acolhe e cura. São lugar de encontro entre terra e céu, entre o humano e o Divino, entre o homem pecador e a TRINDADE Santa.
“Por Suas chagas fomos curados” (1 Pd 2, 24).



Ao lado de cada uma das mãos de JESUS, há um pequeno santo que neles fixa seu olhar e, enquanto sorri, aponta para as chagas de maneira admirada. Talvez se trate de Pedro e João que testemunham o sepulcro vazio.


Das chagas de JESUS brota vida em abundância.
“Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).



Assim nas pessoas que estão debaixo dos braços estendidos de JESUS, já resplandece a vida eterna.

Os Personagens sob o Braço direito de JESUS



“PAI, quero que onde Eu estou, estejam coMigo aqueles que Me deste, para que vejam a Minha glória que Me concedeste, porque Me amaste antes da criação do mundo”  (Jo 17, 24).

Todos os personagens debaixo da Cruz tem a mesma estatura, trazem entre si uma grande semelhança e também com o próprio rosto de JESUS. Isto indica que

CRISTO é tudo em todos (cf. Col 3,11).
Todos chegaram ao estado do homem perfeito (cf. Ef 4,13).

Personagens à direita:
MARIA

MARIA e João são colocados lado a lado. Isto lembra da Palavra de JESUS: “Mulher, eis o teu filho... Eis tua Mãe” (Jo 19, 26-27).

MARIA está do lado direito. No oriente, este é o lugar de honra.
“À Tua direita está a Rainha, vestida de ouro de Ofir” (Sl 45, 10).

MARIA está sorrindo, o que lembra do gozoso anúncio de São Gabriel: “Alegra-te, ó cheia de graça”. Assim Ela é a Nova Eva, aquela que encontrou graça diante de DEUS (Lc 1, 30).
O rosto de MARIA está voltado para João, e nele para cada um de nós. Ela cumpre a Palavra de JESUS: “Mulher, eis teu filho”Assim Ela contempla agora o mistério de Seu FILHO Unigênito nos seus demais filhos e cuida deles.

MARIA leva a sua mão esquerda à boca, gesto descrito em várias passagens bíblicas. (veja Sb 8, 12; Jó 21, 5; 29,9).

Com a mão direita, Ela aponta para JESUS, o que significa:

JESUS é o assunta de sua conversa com João
JESUS é a vida dos dois que os une. João e MARIA debaixo da Cruz estão unidos no amor de CRISTO.
É o mesmo gesto com que Ela preparou os servos para as ordens do FILHO.
O véu branco de MARIA significa:
-          sua pureza,
-          sua vitória sobre a serpente, sobre o mal
-          a purificação trazida por CRISTO.

Sobre o véu se vê um grande número de pedras dispostas em fila. Dizem respeito das graças que o ESPÍRITO SANTO lhe havia concedido. Ela é a cheia de graça, plena dos favores de DEUS.

- O vermelho escuro de sua capa indica seu intenso amor de Co-Redentora.

A cor purpúrea na veste interna evoca a Arca da Aliança, recoberta, por dentro, com púrpura violeta e contendo as tábuas da lei.  Esta arca prefigurava MARIA que levou em seu seio a PALAVRA viva de DEUS: JESUS CRISTO.


JOÃO

Ele está mesma posição que na última ceia: ao lado de JESUS. Por isso o ícone nos dá uma mensagem Eucarística: Nós temos a mesma posição debaixo da Cruz e durante a Santa Missa.
João é mais perto do lado aberto de CRISTO do qual ele dá testemunho em seu Evangelho.  Ele está mais perto da chaga de amor de JESUS como o discípulo amado.
Goteja sobre ele o Sangue de CRISTO, de maneira diferente do que em MARIA. Pois em MARIA a graça da redenção foi antecipada.

Somos chamados a imitar João debaixo da Cruz e contemplar JESUS com esta grande admiração e amor com que ele olhou para seu Mestre. Somos os discípulos amados de JESUS se permanecermos fiéis a Ele.


manto de São João tem cor de rosa, o que significa sabedoria eterna.


Sua túnica branca é sinal de sua pureza, castidade perfeita, sua vitória sobre a carne. Assim ele podia acolher a Sabedoria que não habita num corpo devedor do pecado (cf. Sb1, 4).
Ele segura seu manto com a mão esquerda, o que significa que ele está na posse da sabedoria e da castidade.
Ele é colocado entre JESUS e MARIA por ser o discípulo amado de ambos. Sua atitude é a do filho que se sabe amado pelos seus pais.
Seu olhar é dirigido a MARIA. Assim também ele acolhe  as palavras de JESUS:

“Mulher, eis o teu filho... Eis tua Mãe” (Jo 19, 26-27).

Os Personagens sob o Braço esquerdo de JESUS



MARIA MADALENA

Sua cabeça toca a da mãe de Tiago o que indica que ambas não apenas estão conversando, mas trocando um segredo.
Nela prevalece a alegria da ressurreição, como também a admiração que JESUS escolheu a ela, que vivia antes uma vida tão pecaminosa.

“Há primeiros que serão os últimos e últimos que serão os primeiros” (Mt 19, 30).

Ela leva sua mão direita à boca como MARIA a sua mão esquerda. Isto indica que, debaixo da Cruz junto à Virgem, ela aprendeu algo dela. E é, sobretudo o grande amor e admiração que a faz semelhante à MARIA.
Sua túnica tem cor escarlate, simbolizando seu grande amor.
azul de seu manto intensifica este simbolismo e introduz um elemento da virgindade. Para os orientais, ela é virgem, pois CRISTO transformou seu coração fragmentado em indiviso.
A partir da Cruz, o Senhor quer “revirginizar” os nossos corações.
Reconhecendo-se profundamente pecadora, Maria Madalena está cheia de gratidão.

Personagens à esquerda:

MARIA MADALENA

No Crucifixo de São Damiano estão reunidos, de forma misteriosa, três amores:
  1. O amor esponsal de MARIA, a Mãe de JESUS, para quem foram antecipadas as graças da redenção.
  2. O amor de João, nascido como pecador, mas eleito como discípulo amado, profundo conhecedor da misericórdia do Senhor.
  3. O amor de Maria Madalena, a pecadora pública, alvo da misericórdia insondável do Senhor.

 O CENTURIÃO

É aquele centurião cujo filho foi curado por JESUS (Jo 4, 46).
O adolescente nas suas costas é seu filho curado por JESUS.
O pedaço de madeira em sua mão lembra que ele construiu uma sinagoga para os judeus (Lc 7, 5).
Ele tem três dedos estendidos – símbolo de sua fé na TRINDADE, e dois dedos fechados, simbolizando o mistério das duas naturezas de JESUS CRISTO.
Ele representa a multidão de pessoas que cresceram sem conhecer o DEUS verdadeiro e SEU FILHO Unigênito, JESUS CRISTO, mas vivem fiéis as inspirações do ESPÍRITO SANTO em sua consciência.

Figuras Menores:

LONGUINHO E ESTEFÂNIO


Longuinho está ao lado da Mãe de JESUS. Ele é, segundo a tradição, o soldado romano que feriu o lado aberto de JESUS.
Estefânio está ao lado do centurião. Ele era judeu e tem o mesmo tamanho.
Ambos olham para JESUS de maneira admirada: Matando JESUS, descobrem que Ele é o FILHO de DEUS e assim abrem-se seus os olhos e aderem à fé.
           
“Olharão para Aquele que transpassaram.” (Jo 19, 37).

Os dois mostram que a responsabilidade pela morte de JESUS recai igualmente entre pagãos e judeus. Sua estatura é pequena, como seu papel na história da salvação.
Os homens fizeram tudo para interferir contra JESUS, para flagelá-l’O e matá-l’O, mas com tudo isso só conseguiram glorificá-l’O.

“Ninguém Me tira a vida. Eu mesmo a dou.” (Jo 10, 18).



OS DOIS SANTOS AO LADO DO SEPULCRO



- Eles poderiam ser Pedro e João que correram junto ao sepulcro vazio.








O GALO



Ele lembra, em primeiro lugar, da negação de Pedro.
            “Mas Pedro O negou outra vez, e imediatamente o galo cantou.” (Jo 18, 27).

Ele é também o símbolo do sol que surge. Assim este galo proclama o novo despertar de CRISTO Ressuscitado.
            “Mas sobre vós, que temeis Meu nome, levantar-se-á o Sol de Justiça que traz a salvação em seus raios.” (Ml 3, 20).






Os coros dos Anjos acolhem JESUS que volta para as moradas celestes, onde prometeu preparar-nos  um lugar.
“Subo para junto do Meu PAI e vosso PAI, Meu DEUS e vosso DEUS” (Jo 20,17).



O Crucificado Ressuscitado - "Nós anunciamos CRISTO Crucificado que para os judeus é escândalo para os gentios é loucura mas para aqueles que são chamados tantos judeus como gregos é CRISTO, poder de DEUS, sabedoria de DEUS. Mas a este CRISTO, DEUS o ressuscitou dentre os mortos, e disto nós somos testemunhas". (ICor 1,23-24 e At 3,15).


Crucificado, porém, ressuscitado. Ressuscitado, porém, crucificado. Nele convivem o mistério da Cruz e da Ressurreição, mas a ênfase maior nesta. Seu olhar esquecido de si convida ao discípulo o seguimento de sua Pessoa em uma  experiência de vida com Ele através da Igreja e da vivência radical do Evangelho. A um só tempo se dá e chama, se oferta e convida, está ressuscitado e traz em si as marcas gloriosas da Cruz.


Fonte: A Cruz do Ressuscitado - Edições Shalom, 2006.