Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nossa Senhora do Carmo

Rogai por nós Santa Mãe de DEUS, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


No dia 16 de julho, celebra-se na Igreja Católica, a memória de Nossa Senhora do Carmo, um título da Virgem Maria que remonta ao século XIII, quando, no monte Carmelo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas. Estes, querendo imitar o exemplo do profeta Elias, reuniram-se ao redor de uma fonte chamada "fonte de Elias", e iniciaram um estilo de vida que, mais tarde, se estenderia ao mundo todo. Devido ao lugar onde nasceu, este grupo de ex-cruzados e eremitas foi chamado de "carmelitas". A história nos assegura que os eremitas construíram também uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora que, mais tarde, e pela mesma circunstância de lugar, seria chamada de "Nossa Senhora do Carmo" ou " Nossa Senhora do Carmelo". 

A palavra Carmo corresponde ao Monte do Carmo ou Monte Carmelo, como já vimos, que significa Jardim, na Palestina (Terra Santa). Uma montanha com 25 quilômetros de comprimento e 12 de largura. A ordem dos carmelitas venera com muito carinho o profeta Elias, considerado seu patriarca modelo, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem-Aventurada Virgem do Carmo.

Um livro muito antigo da ordem comenta a visão de Elias mostrando a Virgem dirigindo-se ao Monte Carmelo, em forma de uma nuvem que saía da terra. (I Reis 18:20,41). Os monges, no ano 93 d.C., construíram no Carmelo uma capela à Virgem. Aquela região, na época, estava sob disputa entre as populações locais pelo domínio da região, e os monges foram expulsos de lá, no século 13.
Quando foram expulsos, espalharam-se pelo Ocidente e fundaram vários mosteiros. Pouco tempo depois, em 1226, os carmelitas apresentam o pedido de aprovação do papa Honório III, que o concede oficialmente pela Igreja Católica de Roma.
Novas perseguições os cristãos sofrem em 1235. Desta vez, os carmelitas dividem-se em dois grupos: Os que permaneceram no Monte Camelo: estes foram massacrados e o mosteiro incendiado, e os que se refugiaram na Sicília, em Creta, na Itália e Inglaterra no ano de 1238; lá fundaram o Mosteiro de Aylesford; também não foram aceitos pelos religiosos e eclesiásticos.

Para os religiosos ingleses, esta seria mais uma comunidade no meio de tantas outras, e também o modo de vida que levavam não condizia com os costumes locais: levar uma vida monástica dentro de uma cidade inglesa. Preocupado com as hostilidades sofridas naquele momento, o prior dos Carmelitas, Simon Stock, considerado pela devoção e amor à Mãe do Carmelo, na noite de 16 de julho de 1251, em oração fervorosa à Virgem Maria, pede por ajuda e proteção, rezando:

"Flor do Carmelo, vide florida.

Esplendor do Céu.

Virgem Mãe incomparável.

Doce Mãe, mas sempre Virgem,

Sede propícia aos carmelitas,

Ó Estrela do Mar."

Numa visão, o frade carmelita, o prior Simão Stock, a Virgem Maria cercada de anjos segurava nas mãos o escapulário da ordem e dizendo:


"Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem, como sinal distintivo da minha confraria e selo do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas. O que com ele morrer, não padecerá o fogo eterno. Este é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos e prenda de paz e de aliança eternas".

A presença de Maria com o nome de Nossa Senhora do Carmo foi se espalhando por toda a Europa, e esta devoção foi levada para a América Latina, na primeira hora da evangelização. É difícil encontrar uma diocese latino-americana que não tenha, pelo menos, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Não somente são igrejas matrizes ou catedrais dedicadas a Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, mas também lugarejos, capelas, oratórios etc. Isso prova como esta devoção saiu dos âmbitos restritos dos conventos carmelitanos e se tornou propriedade do povo e da Igreja Universal, como diz o Papa João Paulo II, em sua carta dirigida aos Superiores Gerais do "Carmelo da Antiga Observância e do Carmelo Descalço".


O Culto a Maria

O culto a Maria está fundado na Palavra de Deus, que afirma: ”Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou: bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. Maria recebeu de Deus a plenitude da graça e, por esta razão, é saudada pelo Anjo como “cheia de graça” (Lucas 1,28). A mesma Maria, reconhecendo sua pequenez de serva agraciada por Deus, reconhece: “Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada”(Lucas 1,48). Durante toda a vida, até a última provação, quando Jesus seu filho morre na cruz diante dela, sua fé não vacilou. Maria não cessou de crer no cumprimento da Palavra, das promessas de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé (CIC 149).

Nós amamos o Filho de Maria, Jesus Cristo, ”autor e consumador da fé“ (Hebreus 12,2). Devemos , portanto, amar sua mãe, sua fiel discípula, a primeira que nele acreditou, dando sua adesão ao plano de Deus, quando o Anjo lhe anunciou que seria mãe do Salvador. A devoção à Virgem Maria é “intrínseca ao culto cristão” (Vaticano II – LG 62). Porém, o culto à Maria, mesmo sendo inteiramente singular, difere essencialmente do culto que se presta à Santíssima Trindade. Ao Deus Uno e Trino Pai, Filho e Espírito Santo, nós adoramos; enquanto a Maria, nós veneramos.
Este culto de veneração toda especial à Maria se justifica porque ela é reconhecida como “Mãe do meu Senhor” (Lucas 1,43).




Fonte: basilicadocarmocampinas.org.br
Texto: Maria do Carmo Hakim Silva Artigo extraído do jornal "Jesus te Ama", edição de julho/2007, publicação da "Comunidade de Aliança Jesus te Ama".
Texto: Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Teologia (Mariologia); professor titular da PUC–Campinas; membro da Academia Marial de Aparecida.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Santa Teresinha

Guardião glorioso de minha alma, tu que brilhas no belo céu de Deus 
como uma chama doce e pura perto do trono do Eterno, 
Tu vens a terra para mim, e me ilumina com o seu esplendor, 
Anjo justo, tu te tornas meu irmão, meu amigo, meu consolador!
Conhecendo a minha grande fraqueza, tu me levas pela mão,
E eu te vejo com ternura remover a pedra do meu caminho, tua voz doce esta sempre convidando-me a olhar apenas para o céu.
Quanto mais tu ves minha humildade e pequenez, tanto mais teu rosto está radiante.
Óh tu quem viajas pelo espaço mais rápido do que um relâmpago,
eu te imploro, voar no meu lugar, perto daqueles que são queridos para mim e com tua asa secas suas lagrimas.

Santa Teresa de Lisieux

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dica de Filme

Santa Teresinha do Menino Jesus

Uma exuberante produção realizada nos Estados Unidos, dirigida pelo diretor Leonardo Defilippis, conta a apaixonante história de Santa Teresinha do Menino Jesus, a santa mais popular dos tempos modernos. É uma história de luta e tragédia, e o romance maior de todos. A história de uma garota simples com uma alma extraordinária.
O filme



O diretor Leonardo Defilippis e sua esposa Patti (Guión) se conheceram no início da década de 80 quando atuavam no Festival Shakesperiano do estado de Oregon (Estados Unidos). Compartilhavam do desejo de explorar as possibilidades de um teatro católico, o que os levou a produzir sete obras sobre os Evangelhos e a vida dos Santos. "Originariamente, nos motivava o desejo de trazer novamente o teatro a Igreja" - diz Leonardo. "Descobrimos gradativamente que as histórias se traduziam belamente em filmes. Desta maneita nasceu nossa companhia-produtora, Luke Films."



Leonardo e Patti compartilharam sua visão com DP Lourdes Ambrose e com o produtor Brian Shields. Sonhavam produzir o primeiro longa-metragem em inglês sobre Santa Teresa de Lisieux; um filme que fosse fiel à vida simples de Teresa e sua profunda mensagem. Seu objetivo de criar um belo filme de época, que fosse autêntico a todos os detalhes, foi o maior investimento de sua carreira. Foram necessários muitos milagres para que este sonho se convertesse em realidade.



O primeiro milagre foi encontrar uma jovem e talentosa atriz que pudesse fazer o tão difícil papel de Teresa. Somente três semanas anteriores ao início das filmagens, Leonardo viu o vídeo de Lyndsay Younce, uma jovem estudante que havia feito um teste para um papel secundário. Intrigado com sua personalidade doce e honesta, se deu conta de que ela possuia a humildade e profundidade para este papel tão desafiante. Com Lindsay em seu papel puderam começar então as filmagens.



"Nossa primeira cena a ser filmada foi um museu victoriano com casas pequenas e pinturas nas paredes autênticas que ninguém da equipe podia tocar" - disse Defilippis. "Esta casa dá ao filme uma atmosfera muito realista. Devido às cenas e figurinos preciosos e autênticos, Teresa parece uma pintura impressionista".



O filme Therese reuniu muitos profissionais da indústria cinematográfica. Gregory Gerlicn (Velocidade Máxima, Alien), Robert MacNabb (American Pie, Mall Rats, Jaws) e Del Spiva (Homem Aranha, Pearl Harbor, Black Hawk Down) compartilharam seus conhecimentos para criar uma trilha sonora impressionante. A exuberante beleza das imagens, o impacto emocional da trilha sonora, e a forte história se combinam para criar um drama inspirador de grande profundidade.



"Muitas pessoas se surpreenderam com a beleza do resultado final" - disse Defilippis. "A filmagem realmente aconteceu em um tempo vertiginoso. Quando vejo a fotografia tão bela, e a comovente história, me dou conta que todos formamos parte da realização de um milagre."

Clique no título deste post e assista o filme.

domingo, 11 de julho de 2010

Anjo distraído

 A tradição bendita da devoção aos Santos Anjos passa de pai para filho.

Hoje trago uma história retirado do livro da Maria Emir, co-fundadora da Comunidade Shalom, muito interessante, e muito comum a todos nós.

"A tradição da devoção aos Anjos passa de pai para filho. Todos os dias, seguíamos com nossas crianças o ritual do 'Santo An..jinho' e tentávamos passar, da melhor forma possível, a necessidade de invocar os Anjos nas situações corriqueiras da vida.
Ocorre que um dos meus filhos era bastante distraído e em casa os irmãos brincavam com relação a esta sua característica. Na verdade, não era distração. Costumava concentrar-se em uma coisa e desconcentrar-se de tudo o mais  que estava à sua volta. Por esta razão, eu sempre o recomendei aos Anjos de forma especial. Sabia que precisava de atenção redobrada.
Tive esta certeza quando, certo dia, convalescente da cesária do meu quarto filho, dormitava em meu quarto no final do corredor. Como os Anjos costumavam fazer, acordaram-me de repente, fazendo-me gritar o nome deste filho correndo para a porta a tempo de vê-lo com um bracinho dentro do aquário e o outro encostado na tomada na qual o aerador (pequeno aparato elétrico colocado dentro dos aquários para renovar o oxigênio da água) estava ligado. Corri como pude enquanto o ouvia chorar, sem mudar de posição, dizendo: ' tá fazendo cosquinha, mãe!'.
Evidentemente, as cócegas não eram nada agradáveis e, mais um segundo, ele teria sido atingido por um choque de grandes proporções. Depois da bronca e de nos acalmarmos, rezamos juntos agradecendo ao Anjo da Guarda dele por tê-lo defendido e por ter acordado na hora certa."

Ensina-nos o Catecismo:
Os Anjos aí estão desde a criação ao longo da História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta Salvação e servindo ao desígno divino de sua realização: fecham o paraíso terrestre, protegem Lot, salvam Agar e seu filho, seguram a mão de Abraão, comunicam a lei por seu ministério, conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações, assistem os profetas, para dar apenas alguns exemplos. (CIC332)

Exorta-nos o Papa Pio XII:
Não queremos despedir-nos sem vos exortar a despertar, a avivar em vós o sentido do mundo invisível que vos rodeia, "pois as coisas que se vêem são transitórias, as que não se vêem são eternas"(IICor 4,18), a manter uma certa intimidade familiar com os Anjos, cuja solicitude constante se emprega na vossa salvação e na vossa santificação. Se Deus quiser, passareis uma eternidade feliz com os anjos:aprendei a conhecê-los já desde agora.

Fonte: NOGUEIRA, Maria Emir O. - Anjos nossos de cada dia. Edições Shalom, Fortaleza, Brasil, 2007.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

São João de Deus

São João de Deus teve de DEUS a graça de receber auxilio do Arcanjo São Rafael


No começo de seu apostolado, São João de Deus regressava de pedir esmola numa noite fria e chuvosa, quando um indigente, com voz lastimosa, lhe pediu socorro. Não se fez esperar muito a compaixão do Santo: "Não filho, disse ele, vem comigo ao hospital. Ali passarás a noite com mais comodidade do que na rua".

O infeliz disse que estava excessivamente franco e não podia andar. Então João, não obstante o peso do alforje que levava, o carregou nas costas e continuou seu caminho com passos alegres. Mas ao chegar à inclinação na estrada, chamada Gomelez, lhe faltaram as forças e caiu por terra. Ao ruido da queda assomou à janela um vizinho o qual ouviu João que repreendia seu corpo por sua excessiva fraqueza.

No mesmo instante apareceu ali um personagem de uma formosura celestial que tirou o enfermo das costas de seu piedoso condutor levantou João e o conduziu para a sua casa, dizendo-lhe:
"João, meu irmão, DEUS me enviou a ti para dar-te ajuda em teu trabalho caritativo. Para que compreendas quão agradável é para DEUS a obra que fizeste, hás de saber que o Senhor me ordenou prestar minunciosa conta de tudo o que fazes por amor a Ele".

João respondeu simplesmente:" De qualquer parte que venha o socorro, sei certamente que me vem sempre de DEUS. Contudo, meu caríssimo irmão, terias a bondade de dizer-me quem és?"

"Eu sou, replicou o personagem, o Arcanjo Rafael, a quem DEUS confiou a guarda de tua pessoa e a de todos aqueles que se associem a ti".

São João de Deus, consagrado ao serviço dos enfermos e destinado a fundar uma ordem religiosa para o consolo dos mesmos, foi privilegiado particularmente pelo Arcanjo São Rafael, que lhe socorreu em todas as necessidades.

Certo dia as provisões em seu hospital de Granada (Espanha) eram insuficientes. Faltava o pão para os seus pobres e o coração do servo de Deus achava-se angustiado. De repente apareceu-lhe São Rafael, e todos os que estavam presentes participaram desta visão. Estava vestido com um trage semelhante ao de São João de Deus e levava um alforje cheio de pães.

O Santo reconheceu logo seu celeste protetor que já lhe tinha oferecido seus favores em outras ocasiões.

O glorioso Arcanjo disse-lhe com voz doce e caridosa: "Meu irmão, todos nós formamos uma única e mesma Ordem. Há homens que, debaixo de um vestido grosseiro, podem ser iguais aos Anjos. Recebe estes pães que o céu te envia para socorrer a necessidade dos pobres." E, entregando-lhe o alforge, desapareceu, deixando no coração do Santo um graande consolo e alegria, que o mundo não seria capaz de proporcionar aos aflitos.

Atendendo à proteção dispensada ao Santo fundador, o Instituto de São João de Deus venera São Rafael como seu Patrono especial, e celebra sua festa como solenidade e com oitava.

Fonte: Novena Consoladora a São Rafael Arcanjo - Associação dos Irmãos de Belém, 2008.