Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Um convite




Na Exortação Apostólica "Marialis Cultus" Paulo VI  indica como principais exercícios de devoção a Virgem  Maria o Angelus e o Santo Terço.

Vamos neste dia especial rezar o 

"Angelus" ?


V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…

V. Eis a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos. 
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Nossa Senhora da Visitação

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora, como falamos no post anterior. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.
A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.
A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera “vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus”. (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador. Dele resultou a oração da Ave Maria e o cântico do “Magnificat”, rezados e entoados por toda a cristandade aos longos destes mais de dois milênios.
Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação é festejada especialmente pelos italianos da Sicília, como a Padroeira da cidade da Enna. Mas nem todo o mundo cristão celebrava esta veneração, por isto foi confirmada no sínodo de Basiléia em 1441.
Os portugueses sempre a celebraram com muita pompa, porque rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou entre 1495 e 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação a Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas as outras do reino.
Foi assim que este culto chegou ao Brasil Colônia, primeiro na Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, depois se disseminou por todo território brasileiro. Antigamente os fieis faziam uma enorme procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e suas doações às instituições. Hoje, as paróquias enviam as doações recolhidas com antecedência, para as Pastorais dos enfermos, que atuam com os voluntários junto às Casas de Saúde mais deficitárias. Tudo para perpetuar a verdadeira caridade cristã, iniciada pela Mãe de Deus ao visitar a santa prima levando sua amizade e ajuda quando mais precisava.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Maio - o mês de Nossa Senhora


Todo o mês de maio é dedicado a Nossa Senhora, nossa querida Mãe do Céu. Em especial Nossa Senhora de Fátima.
Dia 13 de maio de 1917, 3 crianças brincavam num lugar chamado Cova da Iria quando viram em cima de uma pequena azinheira, uma "Senhora mais brilhante que o sol". Nossa Senhora aparece as crianças por 6 meses seguidos e em todas as aparições Nossa Mãezinha anuncia o poder d nossa oração contra o mal. Por isso, pede muito a pática do terço. Ao rezarmos o terço afastamos o maligno de nossa vida, porque ele não suporta ouvir a história da Salvação repetidamente.
Rezando o terço Portugal escapou da II Guerra Mundial, enquanto a Europa inteira, Japão, Estados Unidos e até mesmo Brasil participaram, Portugal se viu livre deste desespero.



Nos relatos da Beata Anna Catharina Emmerich, também lemos a respeito da Santíssima Virgem Maria. Anna  filha de camponeses pobres, desde sua infância via frequentemente seu Anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus. Ainda muito jovem, a futura beata resolveu entrar para  o convento, crescendo espiritualmente na graça de Deus recebendo os estigmas de Cristo e passando a se alimentar só da Eucaristia.
A freira alemã, viu toda a vida e paixão do Divino Salvador e de sua Santíssima Mãe; viu os trabalhos dos Apóstolos e a propagação da Santa Igreja.

"Então vi uma grande Senhora, cheia de majestade, que vinha pela grande vaga que há adiante do templo. Tinha um manto estendido, sujeito com ambos os braços e se movia impassivelmente no ar. Deteve-se no alto da cúpula e estendeu seu manto, que brilhava como o ouro, sobretudo o recinto da igreja".


Hoje, Quinta-Feira Santa, após a solenidade da Santíssima Trindade, celebramos Corpus Christi.  

Queremos renovar nosso autêntico compromisso de batizados, um compromisso pastoral prioritário da 

revalorização do domingo e, com ela, da celebração eucarística: “um compromisso irrenunciável, abraçado 

não só para obedecer a um preceito, mas como necessidade para uma vida cristã verdadeiramente 

consciente e coerente” (João Paulo II, “Novo Millennio Ineunte”, 36).


Neste dia, manifesta-se a todos, circundado pelo fervor de fé e de devoção da comunidade de todos os batizados, o Mistério de Amor que nos foi legado por Cristo, para memorial eterno de sua Paixão. A Eucaristia, realmente, é o maior tesouro da Igreja, a preciosa herança que o Senhor Jesus lhe deixou. E, assim, a Igreja conserva a Eucaristia com o máximo empenho e cuidado, celebrando-a diariamente na Santa Missa, bem como adorando-a nas igrejas e nas capelas, levando-a como viático aos doentes que partem para a vida eterna.
A Eucaristia transcende a Igreja: Ela é o Senhor que se doa “pela vida do mundo” (Jo 6,51). Ontem, hoje e sempre, em todos os tempos e lugares, Jesus quer encontrar o homem e levar-lhe a vida de Deus. Por isso, a transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo constituiu o princípio da divinização da mesma criação. Nasce, deste modo, o gesto sugestivo e oportuno de levar Jesus em procissão pelas ruas e estradas de nossas cidades e comunidades. Levando a Santíssima Eucaristia pelas vias públicas, queremos imergir o Pão que desceu do céu na vida quotidiana da nossa vida; queremos que Jesus caminhe onde nós caminhamos, que viva onde nós vivemos.


O nosso mundo, as nossas existências devem tornar-se templo da Eucaristia.

Adorando a Eucaristia, não podemos deixar de pensar com reconhecimento na Virgem Maria. Sugere-o o célebre hino eucarístico que cantamos muitas vezes: “Ave, verum Corpus, natum de Maria Virgine” (“Ave, ó verdadeiro Corpo, nascido da Virgem Maria). Peçamos hoje à Mãe do Senhor que todos os homens possam saborear a doçura da comunhão com Jesus e tornar-se, graças ao pão de vida eterna, participantes do seu mistério de salvação e de santidade.

domingo, 19 de maio de 2013

O Espírito Santo




O Espírito Santo foi enviado por Jesus e o Pai para acompanhar a Sua Igreja e introduzi-la na plena verdade. Ele o faz de duas maneiras: por um lado acompanha a Igreja, formando a assim chamada Sagrada Tradição, sob a explícita confirmação do Magistério; e por outro lado conduz certas almas, por um amor radical, a uma intimidade mais profunda com Deus, de modo que pode inspirá-las e explicar certos mistérios já revelados aos Apóstolos. As luzes comunicadas a estas pessoas devem “ajudar a 
viver dela (da Revelação definitiva de Cristo) com mais plenitude em determinada época da história”. Mesmo algumas delas que “têm sido reconhecidas pela autoridade da Igreja não pertencem, contudo, ao depósito da fé”. Elas chamam-se “revelações”, para indicar a sua origem em Deus, porém, “privadas”, para indicar a não-obrigatoriedade à adesão por parte de todos os fiéis.

A Santa Irmã Faustina Kowalska, por exemplo, é uma dessas almas que o Senhor purificou e preparou por fortíssimos sofrimentos e provações para o cumprimento fiel de Sua Vontade. Ela tornou-se instrumento do Seu Amor e missionária da divina Misericórdia: “Ouvi na alma estas palavras, clara e fortemente: prepararás o mundo para a Minha última Vinda”. Como a própria Santa foi bem provada em sua vida, assim o serão também os 
promotores desta missão após ela. Atualmente, retiradas as proibições “relacionadas com a devoção à Misericórdia divina nas formas apresentadas pela S. Faustina Kowallska”, a devoção à divina Misericórdia, 
especialmente o “Terço da Misericórdia”, apresentado pela Santa, conta entre as devoções mais difundidas na Igreja. 
Em suas anotações no seu Diário, encontram-se os Anos bons como auxiliares e intermediários, mas também os anjos maus. Como tinham um lugar na vida de Jesus e na desta Santa – confessa ela: “A minha 
convivência é com os Anjos” (D 1200) –, assim Deus os manda à vida de todos os homens: eles são “espíritos servidores, enviados a serviço daqueles que deverão herdar a salvação” (Hb 1,14), “e protegem cada ser humano” (CIC 352). A missão dos Anjos faz parte do plano da Misericórdia de Deus para com os homens: para colaborar melhor com a Sua Misericórdia. Para mostrar isto, neste pequeno trabalho, seja examinado o Diário pela presença e ação dos Anjos na vida e doutrina de Santa Faustina. Surpreende o fato de se encontrar referência a quase cada pergunta da Angelologia.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sob o olhar de DEUS


Logo que comecei a pastorear o pequeno rebanho pertencente a meus pais, porque eu andava entretida na humilde vida pastoril e na companhia de outras meninas da terra, quando fomos surpreendidas por uma aparição que não soubemos definir. Encontrando-nos na encosta do chamado monte do Cabeço, vimos como se fosse uma nuvenzinha branca com forma humana, que tinha descido do firmamento e lentamente  passava em nossa frente, sobre a copa do arvoredo que se estendia pelo vale a nossos pés, como que querendo atrair a nossa atenção e fascinar o nosso olhar.

Algumas meninas presente contaram em casa aos pais o que tinham visto, enquanto eu guardei em silêncio, limitando-me a confirmar o caso quando interrogada. Muitas perguntas me tem sido feitas sobre esta aparição, que se repetiu por várias vezes e noutros sítios. Ainda hoje respondo como então: ' Não sei o que era nem o que significa'. Mas uma convicção íntima me ficou na alma e não quero ocultá-la: ' ela me faz crer que fosse o Anjo da Guarda'. Talvez desta forma, sem falar, ele tenha querido fazer sentir a sua presença e preparar assim as almas para a realização dos desígnios de Deus. 

Até agora não tenho querido falar destas aparições mais do que o indispensável para responder algumas perguntas. Hoje, porém, faça-o, não para vos certificar se foram ou não Anjo da Guarda, mas para vos dizer que é certa a existência dos Anjos da Guarda, que foram criados por Deus para O servir, adorar, louvar e amar; como certo é igualmente que Deus, pela sua especial bondade e misericórdia, destinou a cada um de nós um Anjo que nos acompanha, auxilia e guarda.

Fonte:
 Texto extraído do livro: Apelos da Mensagem de Fátima - Irmã Lúcia. Edição Secretariado dos Pastorinhos, Fátima - Portugal. 03/2002.

domingo, 12 de maio de 2013

A Ascensão do Senhor


"Por entre aclamações DEUS se elevou, o SENHOR subiu ao toque da Trombeta".


O acontecimento

Esta solenidade foi transferida para o 7º  domingo  Páscoa desde seu dia originário, a quinta-feira da 6º semana de Páscoa, quando se cumprem os quarenta dias depois da ressurreição, conforme o relato de São Lucas em seu Evangelho e nos Atos dos Apóstolos; mas continua conservando o simbolismo da quarentena: como o Povo de Deus esteve quarenta dias em seu Êxodo do deserto até chegar à terra prometida, assim Jesus cumpre seu Êxodo pascal em quarenta dias de aparições e ensinamentos até ir ao Pai. A Ascensão é um momento mais do único mistério pascal da morte e ressurreição de Jesus Cristo, e expressa sobretudo a dimensão de exaltação e glorificação da natureza humana de Jesus como contraponto à humilhação padecida na paixão, morte e sepultamento.
Ao contemplar a ascensão de seu Senhor à glória do Pai, os discípulos ficaram assombrados, porque não entendiam as Escrituras antes do dom do Espírito, e olhavam para o alto. Aparecem dois homens vestidos de branco, é uma teofania, a mesma dos dois homens que Lucas descreve no sepulcro  (24,4). Neles a Igreja Mãe judaico-cristã via acertadamente a forma simbólica da divina presença do Pai, que são Cristo e o Espírito. As palavras dos dois homens são fundamentais: Galileus, o que fazeis aí plantados olhando para o céu? O próprio Jesus que vos deixou para subir ao céu, voltará como vistes marchar (Atos 1,11). Em um excesso de amor semelhante ao que o levou ao sacrifício, o Senhor voltará para tomar os seus e para estar com eles para sempre; e se mostrará como imagem perfeita de Deus, como ícone transformante por obra do Espírito, para nos tornar semelhantes a ele, para contemplá-lo tal como ele é  (1 João 3,1-12). Contemplando na liturgia o  ícone do Senhor – sobretudo na  Eucaristia - intuamos o rosto de Deus tal como é e como o veremos  eternamente. E o invocamos para que venha agora e sempre.
No relato deste mistério segundo o Evangelho de São Mateus (28,19-20), o Senho envia os discípulos a proclamar e realizar a salvação, segundo o triplo mistério da Igreja: pastoral, litúrgico e magisterial: Ide e fazei discípulos de todos os povos (pelo anúncio profético e o governo pastoral, formando e desenvolvendo a vida da Igreja), batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (aplicando-lhes a salvação, introduzindo sacramentalmente na Igreja); e ensinando-os a guardar tudo o que vos mandei (mediante o magistério apostólico e a vida na caridade, o grande mandamento). O Plano de Deus está sendo cumprido, e a salvação, anunciada primeiro a Israel, é proclamada a todos os povos. Nesta obra de conversão universal, por longa e laboriosa que possa ser, o Ressuscitado estará vivo e operante em meio dos seus: E sabei que eu estou convosco todos os dias até o final dos tempos.

O mistério

A leitura apostólica que a Igreja propõe interpreta perfeitamente o acontecimento da Ascensão do Senhor, adentrando-nos no mistério do ressuscitado no santuário celeste. Agora podemos dizer com o canto do Santo que os céus e a terra estão cheios da glória de Deus (Em Isaías 6,3 só se nomeava a terra). Agora, com a ascensão da humanidade do Filho de Deus, comemorada no mistério litúrgico, sobre a qual repousa a glória do Pai, adorada pelos anjos, também nós somos unidos pela graça a este eterno louvor, no céu e na terra. Estamos no penúltimo momento do mistério pascal, antes da doação do Espírito Santo ao se completarem os cinqüenta dias, o Pentecostes.

A vida cristã

As orações desta solenidade pedem que permaneçamos fiéis à dupla condição da vida cristã, orientada simultaneamente às realidades temporais e às eternas. Esta é a vida na Igreja , comprometida na ação e constante na contemplação. Porque Cristo, levantado no alto sobre a terra, atraiu para si todos os homens; ressuscitando dentre os mortos enviou seu Espírito vivificador sobre seus discípulos e por ele constituiu seu Corpo que é a Igreja, como sacramento universal de salvação; estando sentado à direito do Pai, sem cessar atua no mundo para conduzir os homens à sua Igreja e por Ela uni-los assim mais estreitamente e, alimentando-os com seu próprio Corpo e Sangue, torná-los partícipes de sua vida gloriosa. Instruídos pela fé sobre o sentido de nossa vida temporal, ao mesmo tempo, com a esperança dos bens futuros,  realizamos a obra que o Pai nos confiou no mundo e lavramos nossa salvação (Vaticano II, Lumen gentium 48).


O Senhor subiu ao céu e um dia voltará, e nós clamamos “Maranatha” – vem Senhor Jesus – Mas entre a subida de Jesus ao Céu e sua volta existe uma missão que deve ser realizada – é a nossa missão, é a missão da igreja – De evangelizar o mundo para que “todos creiam que Jesus é o Senhor”. “Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. Ai está à força de nossa pregação: Aquele que desceu dos céus, se rebaixando e sendo um de nós, agora subiu aos céus e está à direita do Pai, Ele elevou a nossa humanidade, que foi decaída pelo pecado, ao grau da divindade, e toda a humanidade recebeu uma glória que não merecia, mas foi elevada por Cristo que nos amou até o fim. E se agora temos um homem de carne e osso andando no Céu podemos também chegar lá, por isso que Jesus é o caminho a verdade e a vida e quem crer n’Ele está salvo. Então celebrar a ascensão é celebrar a glorificação de toda a humanidade resgatada por Cristo. Não percamos tempo, digamos ao Senhor: “Eu creio, realize em mim o poder do Teu Espírito”.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mensagem do Anjo de Portugal


As aparições da Mãe de Deus em Fátima foram precedidas pelas do Anjo: as silenciosas de março a outubro de 1915; e as três dialogadas em 1916.
Não foi um Anjo qualquer, mas um especial, como ele próprio se chamou. Na primeira aparição, na primavera de 1916, cognominou-se pela sua tarefa específica: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo”. Mas na segunda foi mais claro ao revelar-se: “De tudo o que puderdes oferecei um sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim sobre a vossa Pátria a Paz. Eu sou o Anjo da sua Guarda, o Anjo de Portugal”.

As aparições silenciosas do Anjo, dão-nos uma visão de conjunto de toda a revelação de Fátima. Está ali, de facto, uma tríplice mensagem:
a) pureza de vida, ou vida em graça, que é “o que Nossa Senhora quer”. As aparições começaram no primeiro dia em que Lúcia vai guardar o rebanho com as companheiras que a Sra. Maria Rosa propositadamente escolhera para acautelar a saúde moral da filha. Na véspera fora para a serra com os restantes pastores e veio de lá desanimada com o ambiente pagão que encontrou. Por isso, a mãe procurou companheiras de toda a confiança. Foi exatamente nesse dia (provavelmente 24 março) que o Anjo apareceu pela primeira vez.
b) terço: o Anjo aparece quando rezam o terço, mantém-se visível enquanto o terço perdura, e desaparece logo que este termina.
c) ato de Fé: os videntes compreendem que o personagem da aparição não é deste mundo. Não sobe da terra, não desce para ela e mantém-se, suspenso no ar, contra as leis físicas. Há, portanto, um outro mundo (ato de Fé, em miniatura). Ora, a mensagem de Fátima, começa por um ato de Fé. O primeiro pedido que o Céu faz à Terra, na Loca do Cabeço, é esta oração: “Meu Deus, eu creio...”

Oração
O Anjo ensina duas fórmulas novas de oração. A primeira – “Meu Deus, eu creio...” – contém todos os atos reduzidos à expressão mais simples, por vezes, a uma só palavra. Oração perfeitamente adaptada ao século XX (é cada vez menor o tempo reservado à oração) e oportuna para qualquer momento do dia. Oração universal: nela pedimos por nós e por todos. A segunda – “Santíssima Trindade...” – constitui uma bela preparação e uma excelente ação de graças da Missa e da Comunhão. Contém, além disso, de maneira muito clara e ordenada, os quatro elementos teológicos da oração perfeita: adoração, oferta, reparação e petição.
O Anjo pede oração contínua: “Oferecei constantemente ao Altíssimo, orações...”. Isto é viver em união com Deus, elevando continuamente a alma até Ele.
O Anjo convida-nos a rezar com Ele: “Orai comigo”. A união com o Anjo, que vive permanentemente na visão beatífica, torna mais intensa e perfeita a nossa oração.

Penitência
Significa aceitação do sofrimento que Deus envia. “Sobretudo aceitai e suportai, com submissão, o sofrimento que o Senhor vos enviar”. Significa também, cumprimento dos deveres de estado (implícito no pedido anterior, uma vez que os deveres próprios são a expressão mais direta e clara da vontade de Deus); e conversão de toda a vida em sacrifício, isto é, em oferta constante ao Senhor: “Oferecei constantemente ao Altíssimo... sacrifícios”. Tudo o que é de acordo com a vontade divina pode ser objeto de oferta a Deus, quer agrade quer desagrade a nossa sensibilidade.

Eucaristia
O Anjo adora a Eucaristia e leva os videntes a adorá-la consigo (prostração e oração eucarística). Recomenda a recepção da Eucaristia: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo”. Pede a Eucaristia como meio de reparação: “Reparai os seus crimes (dos homens) e consolai o vosso Deus”.

Ecumenismo
Não podemos deixar de considerar relevante a dimensão ecumênica da aparição do Anjo no recurso simultâneo à liturgia romana (comunhão de Lúcia só com o Pão) e bizantina-eslava (comunhão de Jacinta e Francisco com o Vinho, prostração, etc...) (cfr. Diálogos de Fátima, M. Dias Coelho, 1977, Sameice, pg. 6 e 7).


Fonte: Comunidade Aliança Eterna.

sábado, 4 de maio de 2013

O exemplo de fé da Santíssima Virgem Maria, que faz parte da vida da Igreja de todos os tempos, ilumina hoje a nossa caminhada na fé.



A experiência de fé da Virgem Maria nos foi transmitida pela Palavra de Deus e pela Tradição da Igreja. O Papa Emérito Bento XVI, na Carta Apostólica Porta Fidei, nos apresenta o exemplo de fé de Nossa Senhora de forma extraordinária. Mas, os santos também nos transmitiram a sua experiência com a fé da Mãe de Deus e da Igreja. Santo Afonso Maria de Ligório expressa a fé de Maria com profundidade, em seu livro “As glórias de Maria”, de forma belíssima. São Luís Maria Grignion de Montfort, no “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, nos mostra como participar da fé de Nossa Senhora.

Bento XVI diz que pela fé, a Virgem Maria acolheu o anúncio do Anjo e acreditou que seria Mãe de Jesus Cristo, Filho de Deus (cf. Lc 1, 38). Na visita a sua prima Isabel, Maria elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava a quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e temor, deu à luz o seu Filho unigênito, mantendo-se virgem (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu esposo, Nossa Senhora levou Jesus para o Egito a fim de salvá-lo da perseguição do rei Herodes (cf. Mt 2, 13-15). “Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. At 1, 14; 2, 1-4)” (PF 13).
Santo Afonso Maria disse que “a fé de Maria excede a de todos os homens e a de todos os Anjos. Em Belém, viu seu Filho no estábulo, e acreditou n’Ele como criador do mundo”. Nossa Senhora viu Jesus fugir de Herodes e nunca duvidou que Ele é o Rei dos reis. Maria viu o Filho de Deus nascer e acreditou que é o Eterno. Ela viu Cristo pobre, sem ter onde reclinar sua cabeça (cf. Mt 8, 20b), e acreditou n’Ele como Senhor do Universo. A Virgem viu o Menino Deus reclinado nas palhas e adorou-O como Onipotente. A Mãe de Deus viu o Menino Jesus, recém-nascido, sem pronunciar palavra alguma, e acreditou que Ele era a Sabedoria Eterna. Ela ouviu o Menino Jesus chorar e reconheceu-O como a Alegria do Paraíso. Nossa Senhora viu Jesus Cristo morrendo, exposto a todos os insultos, pregado na cruz e, embora a fé de todos vacilasse, ela perseverou na fé inabalável de que Ele é Deus.
São Luís Maria diz que, por permissão de Deus, a Virgem Maria “não perdeu a sua fé ao entrar na glória: guardou-a a fim de conservá-la na Igreja militante para os seus mais fiéis servos e servas” (TVD 214). Pela consagração a Nossa Senhora, temos uma fé corajosa, sem indecisões, que nos fará começar e terminar grandes coisas pela causa de Deus e pela salvação das almas. Pela devoção a Santíssima Virgem, teremos uma fé reluzente, que iluminará toda a nossa vida. Esta fé será nosso tesouro escondido da divina Sabedoria, que iluminará os que estão nas trevas e sombras da morte. Esta fé abrasará os que são tíbios e precisam do ouro ardente da caridade, para dar vida aos que estão mortos pelo pecado, para tocar e prostrar, com as palavras doces e poderosas do Altíssimo, os corações mais endurecidos, para resistir ao demônio e a todos os inimigos da salvação.
O Papa Bento XVI confiou o Ano da Fé a Virgem Maria: “À Mãe de Deus, proclamada ‘feliz porque acreditou’ (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça” (PF 15). Confiemos a ela não somente este ano, mas consagremos a ela toda a nossa vida, para participarmos da sua fé inabalável. A exemplo do saudoso Beato, Papa João Paulo II, consagremos a Virgem Maria toda a nossa vida, todo nosso apostolado, toda a nossa história, para que por ela cheguemos a Jesus Cristo e ao Reino dos Céus.

Em honra a São José que roga por todos os trabalhadores


Escada de São José

Na prodigiosa escada cujas fotos o leitor pode apreciar nesta página, tudo é harmônico e deslumbrante. Ocupando um mínimo de espaço, ela eleva-se elegantemente em caracol, fazendo duas voltas de 360 graus.



Sua história, tão surpreendente quanto encantadora, justifica por inteiro o nome que lhe foi dado pela devoção popular: Escada Milagrosa.

Em 1853, as "Irmãs de Loreto" fundaram na cidade de Santa Fé, Estados Unidos, a Escola de Nossa Senhora da Luz (Loreto), para educação de meninas. O estabelecimento prosperou e, anos depois, as freiras decidiram construir uma capela dedicada à sua Padroeira. E optaram pelo estilo gótico, à imitação da famosa Sainte Chapelle, de Paris.

Somente quando estava concluída a obra, em 1878, as boas religiosas deram-se conta de um monumental descuido do arquiteto: não havia escada de acesso ao coro, situado a cerca de dez metros de altura!... E a construção de uma escada comum, não apenas deformaria o estilo, mas reduziria de modo inaceitável o espaço útil do pequeno templo.

Como resolver o problema? Foram consultados arquitetos, carpinteiros e outros profissionais. Todos afirmaram categoricamente que a única "solução" era usar uma escada portátil.

Mas as freiras queriam uma igreja bela, digna da Rainha de todas as belezas. E se a técnica humana era incapaz de resolver o problema, "para Deus nada é impossível", como nos ensina o Divino Mestre.

Cheias de fé, iniciaram uma novena a São José. Afinal de contas - argumentavam elas - ele é um carpinteiro inigualável e deve empenhar-se para que uma igreja dedicada à sua Esposa santíssima seja em tudo perfeita como Ela!


Justamente no último dia da novena, apresentou-se um carpinteiro à procura de trabalho. Chegou montado num jumento, trazendo na mão sua caixa de ferramentas. Foi logo contratado para executar a obra considerada impossível. Trabalhou com diligência e discrição durante cerca de seis meses.

Certo dia as freiras verificaram, deslumbradas, que estava construída uma esplêndida escada em forma de caracol. Para resolver um mero problema funcional, o discreto e eficiente artífice havia adornado a pequena capela com uma autêntica jóia de madeira.

Onde estava ele? Ninguém sabia. Havia desaparecido sem se despedir de pessoa alguma. Não recebeu pagamento nem sequer um simples agradecimento pelo serviço prestado. Procuraram-no inutilmente, inclusive por meio de um anúncio publicado no jornal da cidade.

Por outro lado, um exame meticuloso da escada causava em todos enorme admiração. Sua magnífica estrutura, a elegância com que ela se eleva, além de vários detalhes da construção, deixam perplexos os especialistas até o dia de hoje. Por exemplo, ela faz duas voltas completas de 360 graus sem nenhum apoio colateral e é toda feita de encaixes, sem utilização de um único prego. Algumas de suas peças são de um tipo de madeira inexistente na região.

Em vista das circunstâncias em que foi feita a novena a São José, a inexplicável perfeição da obra, sob o ponto de vista humano, e o misterioso desaparecimento do artista, as freiras não tiveram dúvida em tirar a conclusão: o próprio esposo castíssimo da Virgem Maria viera realizar, em homenagem a Ela, aquilo que a técnica humana considerava impossível.

E lá está até hoje, maravilhando todas as almas capazes de ver e amar a beleza, a Escada Milagrosa da capela de Nossa Senhora de Loreto, na cidade norte-americana de Santa Fé.