Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Angelus

Para rezá-lo devemos entender o seu sentido e lhe dar o devido valor.


Esta oração é uma piedosa tradição, o nome "Angelus" porque, em latim começa com a palavra Ângelus: "O Anjo do Senhor anunciou a Maria."
A oração é composta por três antífonas, três Ave-Marias, um versículo e uma oração final. Também, podemos dizer, é uma belíssima comemoração do MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO.
Ao rezarmos o Angelus, meditamos pelas Ave-Marias a atitutde de Nossa Senhora e a nossa diante deste grande Mistério.
Ao rezarmos a oração final, meditamos no Mistério Páscoa, pois é uma síntese admirável.
Pedimos a Deus que, também nós, tomando conhecimento da Encarnação e seguindo os passos de Cristo, por sua Paixão e Morte, possaamos participar de sua Ressurreição e Glória.
Rezamos três vezes durante o dia esta oração, nas horas que mais claramente nos lembram o Mistério da nossa Redenção:
* Pela manhã, às 6:00hs, horário que nos lembra a Ressurreição;
* Pelo meio-dia, nos lembra a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo;
* A tarde, às 18:00hs, nos lembra a Encarnação.

Oremos então:
O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave-Maria...
Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave-Maria...
E o Verbo Divino se fez carne.
E habitou entre nós.
Ave-Maria...
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos:
Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que,
conhecendo, pela anunciação do Anjo, a encarnação
de Vosso Filho e Senhor nosso, cheguemos
por sua Paixão e Morte de Cruz
à Glória da Ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.


Nós o convidamos a fazer desta oração, uma prática diária, um exercício de piedade, e receba em seu coração as graças do Mistério da Encarnação.
Fonte: Brasil Cristão - Revista da Associação do Senhor Jesus.










quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia -

Catequese
212. Enfim, é preciso insistir que a meta última da veneração dos Santos é a glória de Deus e a santificação do homem mediante uma vida plenamente conforme à vontade divina e à imitação das virtudes daqueles que foram eminentes discípulos do Senhor.Por isso, na catequese e em outros momentos da transmissão da doutrina se deverá ensinar aos fiéis que: a nossa relação com os Santos deve ser concebida à luz da fé, não deve "esvaziar, mas, pelo contrário, manter e até desenvolver o culto de adoração devido unicamente a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo"; "o verdadeiro culto aos Santos não consiste na multiplicação dos atos exteriores, mas na intensidade do amor ativo", que se traduz em empenho de vida crista [Cf. LG, n. 51].
Os Santos Anjos
213. Através da clara e sóbria linguagem da catequese, a Igreja ensina que "a existência de seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de Anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição" [CIC 328].Segundo a Escritura, os Anjos são mensageiros de Deus, "heróis fortes que executam suas ordens, obedecendo sua palavra" (Sl 103,20), colocados a serviço do seu desígnio salvífico, "enviados a serviço daqueles que deverão herdar a salvação" (Hb 1,14).
No Antigo Testamento
214. Os fiéis não ignoram os numerosos episódios da Antiga e da Nova Aliança, nos quais os santos Anjos intervêm. Sabem que os Anjos guardam as portas do paraíso terrestre (cf. Gn 3,24), salvam Agar e seu filho Ismael (cf. Gn 21,17), seguram a mão de Abraão que está pronta para sacrificar o filho Isaac (cf. Gn 22,11), anunciam nascimentos prodigiosos (cf. Jz 13,3-7), guardam os passos do justo (cf. Sl 91,11), louvam incessantemente o Senhor (cf. Is 6,I-4) e apresentam a Deus as orações dos Santos (cf. Ap 8,3-4). Lembram-se também da intervenção de um Anjo em favor do profeta Elias, fugitivo e extenuado (cf. 1Rs 19,4-8), de Azarias e dos seus companheiros jogados na fornalha (cf. Dn 3,49-50), de Daniel preso na cova dos leões (cf. Dn 6,23); para eles é familiar a história de Tobias, na qual Rafael, "um dos sete anjos que assistem diante da claridade do Senhor e entram em sua presença" (cf. Tb 12,15), realiza vários serviços em favor de Tobit, do seu filho Tobias e de Sara, a mulher deste.
No Novo Testamento
Os fiéis também sabem que não são poucos os episódios da vida de Jesus nos quais os Anjos exercem uma função especial: o Anjo Gabriel anuncia a Maria que conceberá e dará à luz o Filho do Altíssimo (cf. Lc 1,26-38) e, de modo parecido, um Anjo revela a José a origem sobrenatural da maternidade da Virgem (cf. Mt 1,18-25); os Anjos levam aos pastores de Belém a alegre notícia do nascimento do Salvador (cf. Lc 2,8-14); o "Anjo do Senhor" protege a vida do Menino Jesus ameaçada por Herodes (cf. Mt 2,13-20); os Anjos servem a Jesus no deserto (cf. Mt 4,11) e o confortam na agonia (cf. Lc 22,43), anunciam às mulheres que se dirigiram ao túmulo de Cristo que ele "ressuscitou" (cf. Mc 16,1-8) e intervêm também na ascensão, para revelar aos discípulos o sentido dela e para anunciar que "Jesus [...] virá assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu" (At 1,11).Os fiéis reconhecem a importância da advertência de Jesus para não desprezar um só dos pequeninos que crêem nele, "os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos céus" (Mt 18,10), e da consoladora palavra segundo a qual "haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se converte" (Lc 15,10). Enfim, eles sabem que "quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, ele se assentará em seu trono glorioso" (Mt 25,31) para julgar os vivos e os mortos e dar cumprimento à história.
Durante o Ano Litúrgico
215. A Igreja, que em seus primórdios foi guardada e defendida pelo ministério dos Anjos (cf. At 5,17-20; 12,6-11) e que constantemente experimenta a sua "ajuda misteriosa e poderosa" [CICat., 334], venera esses espíritos celestes e, confiante, solicita a intercessão dos mesmos.
Durante o Ano litúrgico, a Igreja comemora a participação dos Anjos nos eventos da salvação [Assim, por exemplo, na própria solenidade máxima, a Páscoa, e nas solenidades da Anunciação (25 de março), do Natal (25 de dezembro), da Ascensão, da Imaculada Conceição (8 de dezembro), da Assunção (15 de agosto) e de Todos os Santos (12 de novembro)], e celebra a memória deles em alguns dias particulares: em 29 de setembro a dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael; em 2 de outubro a dos Anjos da Guarda; a eles dedica uma Missa votiva, cujo prefácio proclama que "a glória de Deus resplandece nos Anjos" [MISSAL ROMANO, Prefácio dos Anjos]; na celebração dos divinos mistérios se associa ao canto dos Anjos para proclamar a glória do Deus três vezes santo (cf. Is 6,3) [Cf. MISSAL ROMANO, Oração Eucarística, Santo] e invoca a assistência deles para que a oferta eucarística "seja levada ao altar do céu, diante da [...] majestade divina" [MISSAL ROMANO, Oração Eucarística I, Nós vos suplicamos]; na presença deles celebra o oficio de louvor (cf. Sl 137,I) [S. BENEDITO, Regula, 19,5: CSEL 75, Vindobonae, 1960, p. 75]; confia ao ministério dos Anjos as orações dos fiéis (cf. Ap 5,8; 8,3), a dor dos penitentes [Cf. RITUAL ROMANO, Ritual da Penitência, São Paulo, Ave Maria, 1999, 54], a defesa dos inocentes contra os assaltos do Maligno [Cf. LITURGIA DAS HORAS, 2 de outubro, memória dos Santos Anjos da Guarda, Vésperas, Hino "Aos anjos cantemos, que guardem a todos"]; implora a Deus para que envie, no final do dia, os seus Anjos a fim de guardar na paz os que oram [Cf. LITURGIA DAS HORAS, Completas depois das II Vésperas dos Domingos e Solenidades, Oração "Visitai, Senhor, esta casa"]; ora para que os espíritos celestes venham socorrer os agonizantes [Cf. RITUAL ROMANO, Ritual da unção dos enfermos e sua assistência pastoral, cit., 147] e, no rito das exéquias, suplica para que os Anjos acompanhem até o paraíso a alma do defunto [Cf. RITUAL ROMANO, Ritual de Exéquias, São Paulo, Paulinas, 1971, 50] e guardem o seu sepulcro.
Expressões de piedade e convicções de fé
216. Ao longo dos séculos, os fiéis traduziram em expressões de piedade as convicções da fé a respeito do ministério dos Anjos: os assumiram como patronos de cidades e protetores de corporações; em honra deles edificaram famosos santuários, como Mont Saint-Michel na Normandia, san Michele della Chiusa no Piemonte e san Michele al Gargano na Puglia, e estabeleceram dias festivos; compuseram hinos e práticas de piedade.De modo particular, a piedade popular desenvolveu a devoção ao Anjo da Guarda. São Basílio Magno (1379) já ensinava que "todo fiel tem ao seu lado um Anjo como protetor e pastor, a fim de conduzi-lo à vida" [S. BASÍLIO DE CESARÉIA, Adversus Eunomium, III, 1: PG 29, 656].
Essa antiga doutrina foi pouco a pouco se consolidando em seus fundamentos bíblicos e patrísticos, e deu origem a várias expressões de piedade, até encontrar em são Bernardo de Claraval († 1153) um grande mestre e um apóstolo insigne da devoção aos Anjos da Guarda. Para ele, esses Anjos são demonstração de "que o céu não descuida de nada que possa ser de ajuda" e, por isso, coloca "ao nosso lado esses espíritos celestes a fim de que nos protejam, nos instruam e nos guiem" [S. BERNARDO DE CLARAVAL, Sermo XII in Psalmum "Qui habitat", 3, In: Sancti Bernardi Opera. Romae, Editiones Cistercienses, IV, 1966, p. 459].
A devoção ao Santo Anjo da Guarda
A devoção aos Anjos da Guarda dá também lugar a um estilo de vida caracterizado por:
• devota gratidão a Deus, que colocou a serviço dos homens espíritos de tão grande santidade e dignidade;
• atitude de compostura e piedade, provocada pela consciência de estar constantemente na presença dos santos Anjos;
• serena confiança no enfrentamento de situações até difíceis, porque o Senhor guia e assiste o fiel no caminho da justiça até mesmo através do ministério dos Anjos.
Entre as orações ao Anjo da Guarda é especialmente difundida o Anjo de Deus [Cf. EI, Normae e concessiones, 18, p. 65], que em muitas famílias faz parte das orações da manhã e da noite e que, em muitos lugares, acompanha também a recitação do Anjo do Senhor.
Atenção! Cuidado com as concepções erradas
217. A piedade popular para com os santos Anjos, legítima e salutar, pode entretanto dar lugar a desvios, como, por exemplo:
• se, como às vezes acontece, surge no espírito dos fiéis uma concepção errônea segundo a qual eles consideram o mundo e a vida submetidos a tensões demiúrgicas, à luta incessante entre espíritos bons e espíritos maus, entre os Anjos e os demônios, na qual o homem é envolvido por poderes a ele superiores, diante dos quais não pode fazer nada; essa concepção, ao mesmo tempo que desresponsabiliza o fiel, não corresponde à genuína visão evangélica da luta contra o Maligno, que requer do discípulo de Cristo empenho moral, opção pelo Evangelho, humildade e oração;
• se as vicissitudes cotidianas da vida são lidas de modo esquemático e simplista, quase infantil, atribuindo ao Maligno até as mínimas contradições, e, ao contrário, ao Anjo da Guarda sucessos e realizações, que pouco ou nada têm a ver com o progresso do homem na sua caminhada rumo à consecução da maturidade de Cristo. Deve-se reprovar também o uso de dar aos Anjos nomes particulares, exceto Miguel, Gabriel e Rafael, que estão contidos na Escritura.
Fonte:

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Santo Anjo salva vida


Uma pessoa comum pode conviver com os Anjos, ou é preciso ser "especial"?
A postagem anterior relata a experiência do Santo Anjo da Guarda de São Pio, existem muitos relatos com inúmeros santos, assim como, diversas passagem da Sagrada Escritura; mas e na nossa vida... é possível ter uma relação próxima com este especial companheiro?
Sim, é possível esta convivência. Basta crer nos Anjos e corresponder à sua amizade e eles cumprirão com maior facilidade sua missão para conosco, ainda que sejamos pessoas simples, normais, sem nada de extraordinário. `
É importante ressaltar que não colocamos o Santo Anjo no lugar de Deus ou do Espírito Santo, apenas cremos ser vontade de Deus que seus Anjos sejam conhecidos e amados, que sejam destruídas as idéias esotéricas sobre estes seres espirituais criados por Deus para auxiliar-nos e nos servir em nossa caminhada para a santidade.
Assim diz o Senhor: " Vou enviar um Anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossa transgressões e nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos e adversários dos teus adversários. O meu anjo irá a tua frente e te conduzirá a terra dos amorreus, dos hititas, dos cananeus, dos heveus e dos jebuzeus, e eu os exterminarei"( Ex 23, 20-23).
E assim procede, como relata a história da senhora Maria de Jesus moradora de Juiz de Fora, Minas Gerais :
" Desde pequena tive grande devoção aos Santos Anjos, um dia aos meus dezessete anos fui convidada para ir a Florianópolis, Santa Catarina, meu grande sonho era conhecer o Sul do Brasil e fique empolgadíssima. Era uma viagem para uma visita familiar, uma Religiosa que trabalhava na minha paróquia iria visitar sua família. Tudo combinado comecei a sentir dentro de mim algo que dizia 'Não vá', mas foi somente um sentimento, eu nada ouvi, e triste eu fiquei.
Rezei e pedi a Deus que me desse uma luz, a oportunidade de realizar um sonho e a tristeza que invadiu-me, não havia nada que pudesse impedir a minha viagem eu não entendia, só existia o sentimento que não deveria ir.
Conclusão, não fui. Mas a Irmã e a minha amiga Marta seguiram viagem como o combinado rumo a Florianópolis, na rodovia Fernão Dias, por volta das 3:00 horas da madrugada, numa grande escuridão, um caminhão que trafegava com os faróis apagados se chocou violentamente de frente com o carro. Marta, começou a agonizar e a Irmã prosseguiu com fervorosas orações clamando a Jesus Misericordioso até que a Marta deu o último suspiro.
O socorro veio logo, todos que se aproximavam logo diziam que todos tinham morrido, a Irmã conseguiu juntar forças e gemer a ponto que soubessem que ainda existia vida nela. Foram vária cirurgias, muita fisioterapias, muitas dores... hoje ela anda com a ajuda de uma bengala, e perdeu uma vista, mas louva a Deus por ter superado tantas dificuldades.
Eu perdi a viagem dos meus sonhos, mas não perdi a fé e a confiança em meu Deus e nos Santos Anjos, um deus tão bom e misericordioso que poupou-me naquele dia com um simples toque: 'Não vá!'".
Através deste testemunho, espero que você saiba relacionar-se melhor com o seu Santo Anjo da Guarda e descobrir que ele sempre esta presente em sua vida, pronto para conduzí-lo segundo a vontade de Deus.
Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzí-lo à vida". Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus. ( CIC 331, 333, 336)
Fonte:
CIC = Catecismo da Igreja Católica
Ex = Êxodo




sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Santo Anjo nos ajuda a acordar.

Hoje estamos ilustrando nossa página com uma das muitas histórias do auxílio tão preciso desses nossos companheiros, que
nos acompanham por toda nossa vida.


Parece que os Anjos, são bem treinados na arte de acordar as pessoas de suas pacíficas sonecas. Na Bíblia passamos por incidentes em que eles fizeram isso. Quando São Pedro estava na prisão, o Anjo do Senhor veio até ele e disse-lhe para se levantar:" De repente o Anjo do Senhor apareceu e a cela iluminou-se. Tocando no lado de Pedro, o Anjo despertou-o: 'Levanta-te depressa', disse o Anjo, e as candeias caíram-lhe das mãos. O Anjo então disse: 'Cinge-te e calça as tuas sandálias'. Ele assim o fez. O Anjo acrescentou: 'Cobre-te com a tua capa e segue-me'. Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do Anjo. Julgava estar sonhando. Passaram o primeiro e o segundo posto da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito o Anjo desapareceu. Então, Pedro, tornou a si e disse: 'Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu Anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus'"(At 12, 7-11)

Assim como nos relatos Bíblicos, econtramos esses ocorridos na vida de alguns santos, como na vida de São Pio de Pietrelcina por exemplo.
Frei Alessio foi encarregado de cuidar e acompanhar o Padre Pio pelos anos de 1959 a 1961 e também, pelos anos de 1965 a 1968. O Frei relata que neste período, tinha pouquíssimo tempo para dormir devido as dificuldades que o Padre Pio atravessava, a única hora que dormia era durante as celebrações da Santa Missa e os períodos em que o Padre Pio atendia as confissões.
" Quando ele ia iniciar a celebração eu costumava retirar as luvas de lã de suas mãos, acompanhá-lo até o altar e, realizando isso, eu corria direto ao meu quarto, me jogava na cama e em alguns minutos adormecia, como um tronco".
Era dever do Frei Alessio, auxiliar o Padre Pio a se retirar do altar ao final da Santa Missa, muitas vezes não conseguia acordar com o barulho do despertador, uma vez que estava em sono profundo, ou simplesmente voltava a dormir por tamanho cansaço. Quando isto acontecia, ele era acordado por insistentes batidas na porta de seu quarto e saia as pressas pelos corredores, pois sabia que estava atrasado. Mas nunca encontrava niguém!
Invariavelmente encontrava o Padre Pio, finalizando a Santa Missa. O mesmo acontecia quando o Padre Pio ia atender as confissões; acompanhava-o até o confessionário, ajudava-o a sentar e corria para o quarto, ajustava o despertador e dormia imediatamente. Entretanto, como de costume, o despertador não cumpria o seu propósito e apesar disso, o Frei ouvia alguém chamá-lo: "Alessio, Alessio, desça!" Mas não encontrava ninguém enquanto descia correndo até a pequena Capela para ajudar o Padre Pio.
Um dia o Frei Alessio envergonhado com a situação, e sem encontrar uma forma de falar com Padre Pio por não ter sido pontual e, que não estava conseguindo ouvir o despertador, foi exortado antes mesmo de falar, deste modo: " Sim eu entendo. Mas se você pensa que eu vou continuar a mandar meu Anjo da Guarda todos os dias para acordá-lo, é melhor você ir e comprar um novo despertador!".
Foi nesta hora, então, que Frei Alessio descobriu quem é que batia a porta de seu quarto e o chamava durante o sono. Era o Anjo da Guarda do Padre Pio.
Os Santos Anjos são "espíritos a serviço de Deus, que lhes confia missões para o bem daqueles que devem herdar a salvação" ( Hb 1,14). Por isso eles podem e querem assistirnos para crescermos no conhecimento e no amor de Deus. Condição para isso, porém, é que eles, como poderosos servos de Deus, sejam mais conhecidos e amados, mais frequentemente invocados nas múltiplas necessidades do nosso tempo.

Fonte:
Parente, Frei Alessio. "Envie-me seu Anjo da Guarda - Pe Pio"
Bíblia Ave Maria
Abreviatura: At = Atos dos Apóstolos
Hb = Hebreus

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Santo Anjo da Guarda

"Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, guarda,
governa, ilumina.
Amém".
Ao pensarmos nos Santos Anjos da Guarda, logo nos vem a mente a oração tão popular que são ensinadas as crianças, ou a figura de um Anjo acompanhando uma criança. Muitas vezes, não temos a consciência que os Santos Anjos da Guarda nos acompanham por toda nossa vida. Quando somos crianças cuidam especialmente da vida física e quando somos adultos nos inspiram sentimentos santos, nos animam, nos alerta dos perígos, nos atrai ao bem respeitando sempre nossa liberdade.
Nos dia de hoje fala-se muito sobre os anjos, existe um modismo, uma mistura de crença e conteúdos que não condiz com o ensinamento da Santa Igreja.
Os Anjos sempre foram importantes na vida espiritual da Igreja e dos cristãos, por isso, é fundamental que conheçamos o que a Igreja ensina, ou melhor, o que ensina o Magistério da Igreja, a Sagrada Escritura, a Sagrada tradição e a Liturgia para que nossa crença seja correta e coerente.
Para os católicos a existência dos Anjos é dogma de fé confirmado por vários Concílios. Mas a propagação dos Santos Anjos esta sendo confudida com a superficialidade e as fantasias, com os misticismo e a mistura de crença que nada tem a ver com os bem-aventurados espíritos celestes.
Se pudéssemos apenas entender a dignidade deles, sua perfeição, seu estreito relacionamento com Deus, sua excelência e força, nos passaríamos a venerá-los de uma maneira extraordinária. O amor deles por nós é imenso e eles guardam nossas almas com grande cuidado, porque eles testemunham o grande ato de amor de Deus por nós. Eles sabem o alto preço pago por Cristo pelas almas, desta forma é um regozijo tê-los como nossos irmãos e companheiros.
O nosso desejo é que cresça a devoção aos anjos e, em especial, ao Anjo da Guarda de cada um.
"Aos anjos não se oferecem sacrifícios,
somente os veneramos com amor".
Santo Agostinho
Fonte: Compêndio do Catecismo da Igreja Católica
Kieninger ORC, Josef - Os Anjos Bons e Maus, quem são que querem que podem. Anápolis, 2007.