Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Ao vosso lado no Horto


Ó Jesus, destruí em mim tudo que não for do vosso agrado. Inscrevei vossas dores em meu coração com o fogo da caridade. Estreitai-me fortemente a vós, com suavidade e ternura, para que nunca mais vos abandone em vossas dores. Dai que, nas horas de sofrimento, possa repousar em vosso coração e ali encontrar a força para prosseguir. Que meu espírito não deseje outra coisa que viver ao vosso lado no Horto. Que a minha alma se inebrie do vosso Sangue e se alimente com o pão dos vossos sofrimentos. Amém.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Para refletir...




Pelo Cordeiro as liturgias celestes e terrestres são unidas, na realidade, numa só liturgia; céu e terra unem-se no sacrifício de louvor de Cristo, que Se assentou à direita de Deus nos Céus. Esta adoração do Cordeiro realiza-se também na adoração eucarística na terra - em comunhão com os Santos Anjos.

Antes da Encarnação, os Anjos cantavam no Céu seus louvores a Deus. Embora fossem totalmente repletos de amor puro e ardente a Deus, seus louvores de criaturas não foram suficientes para bendizer devidamente o Deus infinitamente elevado. Apenas quando a Palavra do Pai desceu e Se fez carne e, como nosso Sumo Sacerdote, levantou Sua voz para o louvor do Pai, pela primeira vez elevou-se ao Céu o louvor digno de Deus. Também os Anjos desceram para, no Glória in excelsis Deo (Glória a Deus nas alturas), no louvor de Cristo, subir de novo aos Céus. Este foi o começo do louvor comum e sem fim de Anjo e homem em Cristo.(Ap 5,8-9)


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Sacramento da Reconciliação


 “Envergonhar-se diante de Deus é uma graça.”

Ter a coragem de, diante do confessor, dar nome aos pecados, sem escondê-los. A homilia de Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, na capela da Casa Santa Marta, foi centrada no Sacramento da Reconciliação. Confessar-se, disse o Papa, é ir ao encontro do amor de Jesus com sinceridade de coração e com a transparência das crianças, não rejeitando e sim acolhendo a “graça da vergonha”, que nos faz perceber o perdão de Deus.

Para muitos fiéis adultos, confessar-se diante do sacerdote é um esforço insustentável - que frequentemente nos leva a saltar o Sacramento – ou uma penação tamanha que transforma o momento da confissão em um exercício de fingimento. São Paulo, na Carta aos Romanos comentada por Papa Francisco, faz exatamente o contrário: admite publicamente que na “sua carne não mora o bem”. Afirma ser um “escravo” que não faz o bem que quer, mas que executa o mal que não quer. Isto acontece na vida de fé, observa Francisco, por isso “quando quero fazer o bem, o mal está perto de mim”.

“E esta é a luta dos cristãos. É a nossa luta de todos os dias. E nem sempre temos coragem de falar como disse Paulo sobre esta luta. Sempre buscamos uma via para nos justificar: ‘Mas sim, somos todos pecadores’. Dissemos assim, não? Isso ele diz dramaticamente: É a nossa luta. E se nós não reconhecermos isto, jamais teremos o perdão de Deus. Porque se o ser pecador é uma palavra, um jeito de dizer, não precisamos do perdão de Deus. Mas se é uma realidade, que nos transforma em escravos, precisamos desta liberação interior do Senhor, daquela força. Mas o mais importante aqui é que para encontrar uma saída, Paulo confessa à comunidade o seu pecado, a sua tendência ao pecado. Não a esconde”.

A confissão dos pecados com origem na humildade é aquilo que “a Igreja pede a todos”, recorda Papa Francisco, que cita o convite de São Tiago: “Confessem entre vós os pecados”. Mas “não – esclarece o Papa – para fazer propaganda”, mas “para dar glória a Deus” e reconhecer que é “Ele que me salva”. Portanto, prossegue o Papa, é por isso que para se confessar temos de ir até o irmão, “o irmão padre”: é para se comportar como Paulo. Sobretudo, destaca, com a mesma “solidez”.

“Alguns dizem: ‘Ah, eu me confesso com Deus’. Assim é fácil, é como se confessar por e-mail, não? Deus está lá longe, eu digo as coisas sem um cara a cara, não existe o olho no olho. Paulo confessa a sua fragilidade aos irmãos cara a cara. Outros: “Não, eu vou me confessar”, mas se confessam de coisas um tanto quanto etéreas, no ar, que não são concretas. E isso é o mesmo que não se confessar. Confessar os nossos pecados não é ir a uma sessão de psicologia, tampouco ir a uma sala de tortura: é dizer ao Senhor, “Senhor sou um pecador”, mas dizê-lo por meio do irmão, para que este dizer também seja concreto. E sou pecador por isso, por isto e por aquilo”’.

Concreto, honesto e também – acrescenta Papa Francisco - uma sincera capacidade de se envergonhar dos próprios erros: não existem caminhos alternativos sob a sombra na estrada aberta que leva ao perdão de Deus, percebido nas profundezas de nosso coração. Aqui, Papa Francisco nos convida a imitar as crianças:

“Os pequenos têm uma sabedoria: quando uma criança chega para se confessar nunca diz uma coisa geral. ‘Mas, padre, eu fiz isso e aquilo à minha tia, a outro eu disse esta palavra, e dizem qual foi a palavra. Mas são concretos, ok? Eles têm a simplicidade da verdade. E nós temos sempre a tendência de esconder a realidade das nossas misérias. Mas existe algo muito bom: quando confessamos os nossos pecados como eles são, à presença de Deus, sempre sentimos aquela graça da vergonha. Envergonhar-se diante de Deus é uma graça. É uma graça: ‘Eu me envergonho’. Pensamos a Pedro quando, depois do milagre de Jesus no lago, disse: ‘Senhor, afasta-te de mim, sou um pecador’. Se envergonhava de seu pecado diante da santidade de Jesus Cristo”.


Que o nosso Santo Anjo da Guarda nos inspire a nos envergonharmos diante da santidade de Jesus Cristo e possamos, então, compreender cada vez melhor, e nunca mais nos esquecermos do "Sangue que nos remiu".

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Oração de JESUS no Getsémani

PAPA BENTO XVI
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI

Quarta-feira, 1° de Fevereiro de 2012



Queridos irmãos e irmãs,
Hoje gostaria de falar sobre a oração de Jesus no Getsémani, no Jardim das Oliveiras. O cenário da narração evangélica desta prece é particularmente significativo. Jesus dirige-se para o Monte das Oliveiras, depois da Última Ceia, enquanto está a rezar com os seus discípulos. O evangelista Marcos narra: «Depois de terem entoado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras» (14, 26). Alude-se, provavelmente, ao canto de alguns Salmos do hallél com os quais se dá graças a Deus pela libertação do povo da escravidão e se pede a sua ajuda para as dificuldades e as ameaças sempre novas do presente. O percurso até ao Getsémani está constelado de expressões de Jesus, que fazem sentir incumbente o seu destino de morte e anunciam a dispersão iminente dos discípulos.
Tendo chegado ao horto no Monte das Oliveiras, também naquela noite Jesus se prepara para a oração pessoal. Mas desta vez acontece algo de novo: parece que Ele não quer permanecer só. Muitas vezes Jesus afastava-se da multidão e dos próprios discípulos, permanecendo «em lugares desertos» (cf. Mc 1, 35) ou subindo «ao monte», diz são Marcos (cf. Mc 6, 46). No Getsémani, contudo, ele convida Pedro, Tiago e João, para que fiquem com ele. São os discípulos que Ele chamou para estar com Ele no Monte da Transfiguração (cf. Mc 9, 2-13). Esta proximidade dos três durante a oração no Getsémani é significativa. Também naquela noite Jesus rezará ao Pai «sozinho», porque a sua relação com Ele é totalmente única e singular: é a relação do Filho Unigénito. Aliás, dir-se-ia sobretudo que naquela noite ninguém possa aproximar-se verdadeiramente do Filho, que se apresenta ao Pai na sua identidade absolutamente única, exclusiva. Mas Jesus, mesmo chegando «sozinho» ao ponto onde se deterá para rezar, deseja que pelo menos três discípulos permaneçam não distantes, numa relação mais íntima com Ele. Trata-se de uma proximidade espacial, de um pedido de solidariedade no momento em que sente aproximar-se a morte, mas é principalmente uma proximidade na oração, para expressar de algum modo a sintonia com Ele, no momento em que se prepara para cumprir até ao fim a vontade do Pai, e é um convite a cada discípulo, a segui-lo no caminho da Cruz. O evangelista Marcos narra: «Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a sentir pavor e a angustiar-se. E disse-lhes: “A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai”» (14, 33-34).
Na palavra que dirige aos três, mais uma vez Jesus se expressa com a linguagem dos Salmos: «A minha alma está triste», uma expressão do Salmo 43 (cf. v. 5). Depois, a dura determinação, «mortal», evoca uma situação vivida por muitos dos enviados de Deus no Antigo Testamento e expressa na sua oração. Com efeito, seguir a missão que lhes é confiada não raro significa encontrar hostilidade, rejeição e perseguição. Moisés sente de modo dramático a prova que padece enquanto guia o povo no deserto, e diz a Deus: «Eu sozinho não posso suportar todo esse povo; ele é pesado demais para mim. Em vez de me tratar assim, rogo-vos que antes me façais morrer, se achei agrado aos vossos olhos» (Nm 11, 14-15). Também para o profeta Elias não é fácil dar continuidade ao serviço a Deus e aos seu povo. No primeiro Livro dos Reis, narra-se: «Ele andou pelo deserto um dia de caminho. Sentou-se debaixo de um junípero e desejou a morte: “Basta, Senhor, disse ele; tirai-me a vida, porque não sou melhor do que meus pais”» (19, 4).
As palavras de Jesus aos três discípulos que Ele quer próximos durante a oração no Getsémani revelam como Ele sente pavor e angústia naquela «Hora», como experimenta a última e profunda solidão precisamente enquanto o desígnio de Deus se está a realizar. E em tal pavor e angústia de Jesus está recapitulado todo o horror do homem diante da própria morte, a certeza da sua inexorabilidade e a percepção do peso do mal que ameaça a nossa vida.
Depois do convite a permanecer e a vigiar em oração, feito aos três, Jesus dirige-se «sozinho» ao Pai. O evangelista Marcos narra que Ele «adiantando-se alguns passos, prostrou-se com a face por terra e orava que, se fosse possível, afastasse dele aquele cálice» (14, 35). Jesus prostrou-se com a face por terra: é uma posição da oração que exprime a obediência à vontade do Pai, o abandonar-se com plena confiança nele. É um gesto que se repete no início da Celebração da Paixão, na Sexta-Feira Santa, assim como na profissão monástica e nas Ordenações diaconal, presbiteral e episcopal, para expressar na oração, inclusive corporalmente, o confiar-se completo a Deus, o confiar nele. Depois, Jesus pede ao Pai que, se fosse possível, afastasse dele aquele cálice. Não é só o pavor e a angústia do homem diante da morte, mas é o transtorno do Filho de Deus, que vê a massa terrível do mal, que Ele deverá assumir sobre Si para o superar, para o privar do poder.
Caros amigos, também nós na oração temos que ser capazes de apresentar a Deus as nossas dificuldades, o sofrimento de certas situações, de determinados dias, o compromisso quotidiano de O seguir, de ser cristãos, e também o peso do mal que vemos em nós e ao nosso redor, para que Ele nos infunda esperança, nos faça sentir a sua proximidade, nos conceda um pouco de luz no caminho da vida.
Jesus continua a sua prece: «Abbá! Pai! Tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que Eu quero, mas sim o que Tu queres» (Mc 14, 36). Esta invocação contém três passagens reveladoras. No início temos a duplicação do termo com que Jesus se dirige a Deus: «Abbá! Pai!» (Mc 14, 36a). Sabemos bem que a palavra aramaica Abbá era utilizada pelo filho para se dirigir ao pai, e portanto exprime a relação de Jesus com Deus Pai, uma relação de ternura, de confiança e de abandono. Na parte central da invocação há o segundo elemento: a consciência da omnipotência do Pai — «tudo te é possível» — que introduz um pedido no qual, mais uma vez, aparece o drama da vontade humana de Jesus perante a morte e o mal: «Afasta de mim este cálice!». Mas há uma terceira expressão da prece de Jesus, que é decisiva, na qual a vontade humana adere plenamente à vontade divina. Com efeito, Jesus conclui dizendo com vigor: «Contudo, não se faça o que Eu quero, mas sim o que Tu queres» (Mc 14, 36c). Na unidade da pessoa divina do Filho, a vontade humana encontra a sua plena realização no abandono total do Eu ao Tu do Pai, chamado Abbá. São Máximo, o Confessor, afirma que desde o momento da criação do homem e da mulher, a vontade humana está orientada para a divina, e é precisamente no «sim» a Deus que a vontade humana é plenamente livre e encontra a sua realização. Infelizmente, por causa do pecado, este «sim» a Deus transformou-se em oposição: Adão e Eva pensavam que o «não» a Deus fosse o ápice da liberdade, o ser plenamente eles mesmos. No Monte das oliveiras, Jesus restitui a vontade humana ao «sim» completo a Deus; nele a vontade natural está plenamente integrada na orientação que lhe confere a Pessoa Divina. Jesus vive a sua existência segundo o centro da sua Pessoa: o seu ser Filho de Deus. A sua vontade humana é atraída para dentro do Eu do Filho, que se abandona totalmente ao Pai. Assim Jesus diz-nos que só conformando a própria vontade com a divina, o ser humano alcança a sua verdadeira altura, tornando-se «divino»; só saindo de si mesmo, só no «sim» a Deus, se realiza o desejo de Adão, de todos nós, de sermos completamente livres. É isto que Jesus realiza no Getsémani: transferindo a vontade humana para a vontade divina nasce o homem verdadeiro, e nós somos remidos.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ensina sinteticamente: «A oração de Jesus durante a agonia no Jardim do Getsémani e nas últimas palavras sobre a cruz revelam a profundidade da sua oração filial: Jesus conduz à sua realização o desígnio de amor do Pai e toma sobre si todas as angústias da humanidade, todas as interrogações e intercessões da história da salvação. Ele apresenta-as ao Pai que as acolhe e escuta, para além de toda a esperança, ressuscitando-O dos mortos» (n. 543). Verdadeiramente, «em nenhuma oura parte da Sagrada Escritura olhamos tão profundamente para dentro do mistério interior de Jesus, como na oração no Monte das Oliveiras» (Jesus de Nazaré II, 177).
Estimados irmãos e irmãs, cada dia na oração do Pai-Nosso nós pedimos ao Senhor: «Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu» (Mt 6, 10). Isto é, reconhecemos que há uma vontade de Deus connosco e para nós, uma vontade de Deus sobre a nossa vida, que deve tornar-se cada dia mais a referência da nossa vontade e do nosso ser; além disso, reconhecemos que é no «céu» que se cumpre a vontade de Deus, e que a «terra» só se torna «céu», lugar da presença do amor, da bondade, da verdade e da beleza divina, se nela se cumprir a vontade de Deus. Na prece de Jesus ao Pai, naquela noite terrível e admirável do Getsémani, a «terra» tornou-se «céu»; a «terra» da sua vontade humana, abalada pelo pavor e pela angústia, foi assumida pela sua vontade divina, de maneira que a vontade de Deus se cumpriu sobre a terra. E isto é importante inclusive na nossa oração: devemos aprender a confiar-nos mais à Providência divina, pedir a Deus a força para sairmos de nós mesmos e renovarmos o nosso «sim», para lhe repetirmos: «Seja feita a vossa vontade», para conformarmos a nossa vontade com a sua. Trata-se de uma prece que devemos recitar quotidianamente, porque nem sempre é fácil confiar-nos à vontade de Deus, repetir o «sim» de Jesus, o «sim» de Maria. As narrações evangélicas do Getsémani demonstram dolorosamente que os três discípulos, escolhidos por Jesus para estar ao seu lado, não foram capazes de vigiar com Ele, de compartilhar a sua oração, a sua adesão ao Pai, e foram dominados pelo sono. Caros amigos, peçamos ao Senhor para sermos capazes de vigiar com Ele em oração, de cumprirmos a vontade de Deus todos os dias, mesmo quando se fala de Cruz, de viver uma intimidade cada vez maior com o Senhor, para trazer a esta «terra» um pouco do «céu» de Deus. Obrigado!

Saudação
Amados peregrinos de língua portuguesa, a todos dou as boas-vindas, pedindo a Deus que vos encha de esperança e conceda a luz para descobrir a sua vontade sobre a vossa vida e fazer dela o ponto de referência diário do vosso querer e do vosso ser. E que as suas Bênçãos sempre vos acompanhem. Ide em paz!

© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana

Sozinha a esta hora?



Maria, casada há quatro anos e com um filho de dois, descobriu que estava sendo traída pelo marido. Muito abalada e não encontrando uma solução para o caso, resolveu recorrer ao Arcanjo Sao Miguel, consagrando-lhe o casamento para que ele o restaurasse. Um ano e oito meses se passaram e ela, tranquila, agradecia a São Miguel pela volta do marido quando, numa noite, ela o esperou em vão até as duas horas da madrugada. Em desespero, resolveu procurá-lo. Sem dispor de condução, saiu a pé, com destino ao bairro vizinho onde esperava encontrá-lo, deixando o seu filho sozinho em casa. Caminhava por uma rua deserta e sentiu, de repente, que alguém colocara a mão no seu ombro. Voltou-se e viu um jovem alto, bonito que, olhando sério para ela foi logo dizendo: "O que você está fazendo aqui, sozinha, a essa hora? É perigoso; volte já para casa, seu filho está precisando de você. Eu irei acompanhá-la até lá." Maria afirma ter sido tomada de um sentimento indescritível e só percebeu que estava de volta quando pararam em frente à sua casa. Seu fiel companheiro mandou que ela entrasse, trancasse a porta e fosse cuidar do filho que estava precisando dela. Quando ela voltou-se para agradecer não viu mais ninguém; ele havia desaparecido.
Emocionada pela certeza de ter sido acompanhada pelo Santo Arcanjo, ela fez o que ele ele dissera e foi dormir. Pouco depois seu marido chegou assustado, afirmando que fora obrigado a voltar para casa e que estava profundamente arrependido de, novamente, ter ido a procura da outra; afirmou que fora tocado por uma força sobrenatural que o transformara.

Fonte: cumsanctisangelis.blogspot.com

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O sofrimento e os Anjos - na vida de Santa Tresinha


A Pequena Flor estava ciente da profunda diferença que separa anjos e homens. Pode-se pensar que ela teria inveja deles. Muito pelo contrário, ela entendeu a Encarnação muito bem: "Quando vejo o Deus Eterno envolto em panos, / quando eu ouço o grito dos pobres do Verbo Divino, / Ó minha querida Mãe, eu não invejo os Anjos, / para seu poderoso Senhor é meu querido irmão! ... " (PN 54, 10 Porque Eu te amo, ó Maria!) . Assim como os anjos, e por isso - se fosse possível - eles nos invejam pobres criaturas de carne e osso. Em uma peça de Natal, onde os nomes dos Anjos, de acordo como a sua tarefa está relacionada com Cristo (por exemplo, Anjo do Menino Jesus, Anjo da Sagrada Face, Angel da Eucaristia), ela tem o Anjo do Juízo Final cantar " Antes, doce Criança, os arcos Querubins baixo / perdido em admiração, pondera Seu amor inefável. / Como você, ele gostaria, em cima do monte sombrio, / para ser capaz de morrer um dia! " Então, todos os Anjos cantam em abster-se: "Como é grande a felicidade da humilde criatura / o Serafim, extasiado, abandonaria / Ó Jesus, sua natureza angelical / e crianças se tornam" (Anjos no Presépio, cena final) .
Aqui encontramos o tema Little Flower favorito em relação ao Santos Anjos, a sua "santa inveja" da humanidade, para quem o Filho de Deus se fez carne e morreu. Ela devia isso em parte para seu querido, o sofrimento pai, a quem ela dedicou palavras do Anjo Rafael a Tobias: "Porque você era aceitável a Deus, era necessário que você seja testado por várias provações." (Tob 12,13; Ecrits mergulhadores, Páscoa Concordância 1894) . Sobre este tema, ela cita uma de suas cartas: "." Oh My aleluia se encheram de lágrimas que você deve reclamar muito aqui embaixo quando os anjos acima parabenizá-lo e os Santos inveja de você É a sua coroa de espinhos que os torna ciumento. . Love, então, as suas picadas como tantas provas de amor do divino Esposo (LT 120 1890/09/23) .
A Serafim explica esse mistério para St. Valerian:. "'Cônjuges amado pelo céu, as rosas do martírio / coroará suas testas", diz o Anjo do Senhor /' Não há voz, não há lira / capaz de cantar este grande favor! / eu me perco em meu Deus, eu contemplar Seus encantos, / mas eu não posso me sacrificar e sofrer por ele. / Eu posso lhe dar nem o meu sangue, nem minhas lágrimas. / Apesar de todo o meu amor, eu não posso morrer ... / pureza do anjo é a sua muito brilhante. / Seu grande alegria nunca vai acabar, / Mas você tem a vantagem sobre o Seraphim. / Você pode ser puro, e você pode sofrer! ... " (PN 3, 85-97 Santa Cecília) .
Outra Serafim, contemplando o Menino Jesus no Presépio e do Seu amor na cruz, grita para Emmanuel: "Ai de mim Por que eu sou um anjo, / incapaz de sofrer / Jesus, por uma troca de doce / para você gostaria de? morrer! ... (Os Anjos no presépio de Jesus, Cena 2) .
Mais tarde, Jesus assegura o Anjo da Face Divina, que a sua oração por misericórdia será ouvido: para as almas consagradas, a fim de que eles crescem morna: "Mas estes anjos da terra será habitando em um corpo mortal e, por vezes, seus anseios sublimes para cima em direção Você deve diminuir " (ibid., Cena 5) , e para os pecadores, para que eles sejam santos: "Fazei, ó Jesus, que por apenas um dos seus olhares Você vai torná-los mais brilhantes do que as estrelas do céu"! Jesus diz: "Eu quero dar a sua oração / todos e cada alma se obter o perdão / Vou enchê-la com a luz / assim que ela chama meu nome! ..." (ibid., Cena de 5,9) .E, em seguida, Jesus acrescenta estas, palavras luminosas consoladoras: "Ó vós que na terra se vai / para partilhar a minha cruz, minha dor / Angel Bonito, ouvir o mistério / Cada alma que sofre é a sua irmã / No céu o brilho dela. sofrimento / em seu rosto deve brilhar / eo esplendor de sua essência pura / iluminará o mártir! ... " (ibid., Cena 5, 9-10) . Isso quer dizer que, no céu, os anjos e santos, na comunhão da glória, participarão e se alegrar em um outro glória. Assim, há uma simbiose maravilhosa entre os anjos e santos na economia da salvação.
Thérèse expressa essa idéia para sua irmã, Céline, explicando por que Deus não tinha feito um anjo: "Se Jesus não criar-lhe um anjo no céu, é porque Ele quer que você seja um anjo na terra, sim, Jesus quer ter seu corte celestial aqui abaixo como acima! Ele quer Angel-mártires, Ele quer Anjo apóstolos, e Ele criou uma florzinha desconhecida, que é chamado de Céline, com essa intenção em mente. Ele quer que Sua florzinha salvar almas para ele, para isso, Ele quer apenas uma coisa: que o Seu olhar flor para ele, enquanto sofrendo seu martírio ... e é isso trocadas entre Jesus e Sua pequena flor que efetuará maravilhas e vai dar a Jesus uma multidão de outros misterioso olhar flores. " (LT 127 1891/04/26) . Mais tarde, ela assegurou-lhe que os anjos ", como as abelhas vigilantes sabem como coletar o mel contido dentro dos cálices misteriosas e múltiplas que representam as almas, ou melhor, as crianças da pequena flor virginal ..." (LT 132 1891/10/20), isto é, os frutos do amor expiatório.

Sua missão na Terra e no Céu
Como a Pequena Flor aproximou sua morte, ela confessou: "Eu sinto que estou prestes a entrar no meu descanso Mas eu me sinto especialmente que a minha missão está prestes a começar, minha missão de fazer Deus amou como eu o amo, de dar a minha. pequeno caminho às almas. Se Deus responde meus desejos, meu céu serão gastos em terra até ao fim do mundo. Sim, eu quero passar o meu céu fazendo o bem na terra. Isso não é impossível, já que desde o seio de a visão beatífica os Anjos velam por nós. " (CJ 1897/07/17) .Assim, vemos como ela entendia sua missão celestial, à luz dos ministérios angelicais.
Para padre. Roulland, seu missionário "irmão" na China, ela escreve: "Ah irmão, eu sinto isso, serei mais útil no céu do que na terra, e é com alegria que venho anunciar a vocês a minha entrada que entra! essa cidade abençoada, com certeza que você vai compartilhar a minha alegria e agradecer ao Senhor por me dar os meios de ajudá-lo de forma mais eficaz em suas obras apostólicas.
Eu realmente não contar com permanência em inactividade no céu. Meu desejo é trabalhar ainda para a Igreja e para as almas. Estou pedindo a Deus por isso e estou certo de que Ele vai me responder. Não são os anjos continuamente ocupados com nós, sem nunca deixar o seu para ver o rosto divino e perder-se no oceano do amor sem margens? ? Por que Jesus não permita-me a imitá-los " (LT 254 1897/07/14) . Ela assegurou Pe. Bellière, seu primeiro "irmão":. "Eu prometo a você tem gosto depois da minha partida para a vida eterna a felicidade pode-se encontrar em sentir uma alma amiga ao lado de si mesmo. Não será esta correspondência, mais ou menos distante, sempre muito incompletos, o que você parece muito tempo para, mas vai ser uma conversa fraterna que vai encantá dos Anjos, uma conversa que as criaturas não será capaz de afrontar uma vez que vai ser escondido a partir deles. " (LT 261 1897/07/26) .
Quando Irmã Maria da Eucaristia expressa susto em tais visitas de Thérèse após sua morte, a pequena flor respondeu: "Será que o seu Anjo da Guarda assustá-lo Ele te segue, no entanto, o tempo todo, bem, eu vou segui-lo da mesma forma? , e ainda mais perto, eu não vou deixar você sair com qualquer coisa " (Últimos Conversations, 1897/07/18) .

Síntese final
Eis o caminho pouco da Pequena Flor à luz dos Anjos. Como é evidente que eles faziam parte integrante de sua vida interior! Eles eram seus companheiros, seus irmãos, sua luz, força e proteção em sua jornada espiritual. Ela podia contar com eles, servos fiéis de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem ela se consagrou como uma criança, a quem ela tinha dado para ser seu filho espiritual em sua maturidade. Ela é uma luz de orientação para os membros da Obra dos Santos Anjos, para não nos tornarmos como crianças pequenas (a essência do Caminho Little), vamos nunca atingir qualquer intimidade real com esses espíritos celestes. Neste caminho sozinho, seremos capazes de cumprir, em união com os Anjos a nossa missão no serviço de Cristo e Sua Igreja. (WW)

Para meu anjo da guarda

Guardião glorioso de minha alma, Você que brilham no belo céu de Deus 
como uma chama doce e puro perto do trono do Eterno, 
Você vem para a terra para mim, e me ilumina com o seu esplendor, 
anjo justo, você se tornou meu irmão, meu amigo, meu Consolador! ... 
Conhecendo a minha grande fraqueza, você me levar pela mão, 
E eu vejo você com ternura remover a pedra do meu caminho 
Sua voz doce é sempre convidando-me a olhar apenas para o céu. 
Quanto mais você vê me humilde e pouco, a mais o seu rosto está radiante. 
Ó! Quem viajar pelo espaço mais rápido do que um relâmpago,
eu imploro, voar no meu lugar. Perto aqueles que são queridos para mim.
Com sua asa secar suas lágrimas. Cante o quão bom é Jesus.
Cante que o sofrimento tem seus encantos, e baixinho, sussurrar o meu nome ....
Durante minha curta vida eu quero salvar meus companheiros pecadores.
Fair O Anjo da Pátria, Dá-me fervor santo.
tenho nada, mas meu sacrifícios e minha pobreza austera.
Com suas delícias celestiais, oferecer-lhes a Trindade.
Pois o Reino ea Glória, as riquezas do Rei dos reis.
Para mim humilde anfitrião do cibório. Para mim o tesouro da cruz.
Com a Cruz, com o host com a sua ajuda celestial,
Em paz eu espero outra vida, as alegrias que durarão para sempre. 
St. Teresa de Lisieux (PN 46)



Fonte: Obra dos Santos Anjos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Para refletir!!!

A vida do verdadeiro cristão é realmente uma participação na vida de Jesus, é união com Ele.
O Filho de Deus fez-se homem para glorificar a Seu PAI, para redimir todos os homens e para santificar a vida humana desde a concepção até à morte.
Estas linhas estão escritas em forma de colóquio: ou seja, um diálogo entre JESUS e a alma, porque JESUS quer realmente entrar em contato pessoal conosco.
O Salvador convida-nos a sermos crianças como Ele, a amar a Sua Mãe como Ele A amou e a sermos pequenos e humildes como Ele. Aprendemos com JESUS e como Jesus de Nazaré a santificar a vida familiar no dia a dia e o nosso trabalho.
Acompanhamo-lo na Sua Vida pública: as palavras das Suas pregações também foram ditas para nós. E sempre que ouvimos ou lemos a Palavra de DEUS na Sagrada Escritura, é Ele mesmo que toca o nosso coração. Até aqui o povo ainda segue JESUS, porém, quando Ele também os convida a participarem na Sua paixão, o grupo dos Seus discípulos e verdadeiros amigos torna-se realmente pequeno.
Na sua paixão, o Senhor fez reparação e pediu perdão a DEUS pelos nossos pecados. Convidou os Apóstolos a vigiar com Ele no Horto das Oliveiras, durante três amargas horas, mas eles não O entenderam e adormeceram.
DEUS continuou e continua a chamar almas, para que tomem parte nos Seus sofrimentos.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

“Jesus, Tu és prisioneiro no tabernáculo como eu sou na minha cama, assim fazemos companhia um ao outro”. Beata Alexandrina Maria



Beata Alexandrina Maria da Costa
(13 de Outubro)

Alexandrina Maria nasceu em Balasar (Portugal) no dia 30 de março de 1904, aos 14 anos não hesitou em jogar-se pela janela para fugir de três homens que ameaçavam a sua pureza. As consequências foram terríveis, mas não imediatas; depois de alguns anos, ela foi obrigada a ficar em cama por causa de uma paralisia que foi agravando-se durante os trinta anos que lhe restou de vida. Ela não se desesperou e abandonou-se nas mãos de Jesus com essas palavras: “Jesus, Tu és prisioneiro no tabernáculo como eu sou na minha cama, assim fazemos companhia um ao outro”. 


Em seguida começou a ter experiências místicas cada vez mais fortes que começavam numa sexta-feira, 3 de outubro de 1938 e terminavam no dia 24 de março de 1942. Experimentou 182 vezes, todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão e desde 1942 até o dia da sua morte, Alexandrina alimentou-se unicamente da Eucaristia por mais de treze anos.

Depois dos dez longos anos de paralisia que ela havia oferecido para a reparação Eucarística e para a conversão dos pecadores, no dia 30 de julho de 1935 Jesus apareceu-lhe e lhe disse: “Eu te coloquei no mundo para que vivas somente de Mim, para testemunhar ao mundo o valor da Eucaristia (...) A cadeia mais forte que acorrenta as almas a Satanás é a carne, é a impureza. Nunca se viu antes uma expansão
de vícios, de maldades e crimes como hoje! Nunca se pecou tanto (...) A Eucaristia, o meu Corpo e o Meu Sangue! A Eucaristia: eis a salvação do mundo".

Também a Virgem Maria apareceu-lhe no dia 2 de setembro de 1949 com um terço na mão, dizendo: “O mundo agoniza e morre no pecado. Quero oração, quero penitência. Protege com o meu terço aos que amas e a todo o mundo”. No dia 13 de outubro de 1955, aniversário da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, Alexandrina exclamou: “Sou feliz porque vou ao Céu”. Às 19:30 h desse mesmo dia expirou.

Conhecida como a "Santinha de Balasar", Alexandrina foi beatificada pelo Papa João Paulo II, a 25 de Abril de 2004. A cura milagrosa de uma devota emigrada na França serviu para concluir o seu processo de Beatificação. Balasar, atualmente, é o segundo local de maior peregrinação em Portugal (o primeiro local é Fátima).

Beata Alexandrina Maria da Costa, rogai por nós!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um anjo traspassou seu coração com uma seta de fogo.


Santa Teresa D'Ávila (Santa Teresa de Jesus)
(15 de Outubro)

Santa Tereza nasceu em Ávila, na Espanha, no ano de 1515. A educação que os pais deram a ela e ao irmão Roderico, foi a mais sólida possível. Acostumada desde pequena à leitura de bons livros, o espírito da menina não conhecia maior encanto que o da vida dos santos mártires. Tanto a impressionou esta leitura que, desejosa de encontrar o martírio, combinou com o irmão a fuga da casa paterna, plano que realmente tentaram executar, mas que se tornou irrealizável, dada a vigilância dos pais. 

A idéia e o desejo do martírio ficaram, entretanto, profundamente gravados no coração da menina. Quando tinha 12 anos, perdeu a boa mãe. Prostrada diante da imagem de Nossa Senhora, exclamou: “Mãe de misericórdia, a vós escolho para serdes minha Mãe. Aceitai esta pobre órfazinha no número das vossas filhas”. A proteção admirável que experimentou durante toda a vida, da parte de Maria Santíssima, prova que esse pedido foi atendido. 

Deus permitiu que Teresa por algum tempo, enfastiando-se dos livros religiosos, desse preferência a uma leitura profana, que poderia pôr-lhe em perigo a alma. Também umas relações demasiadamente íntimas com parentes, um tanto levianas, levaram-na ao terreno escorregadio da vaidade. O resultado disto tudo foi ela perder o primitivo fervor, entregar-se ao bem-estar, companheiro fiel da ociosidade, sem entretanto chegar ao extremo de perder a inocência. 

O pai, ao notar a grande mudança que verificava na filha, entregou-a aos cuidados das religiosas agostinianas. A conversão foi imediata e firme. Uma grave enfermidade obrigou-a a voltar para a casa paterna. Durante esta doença, percebeu o profundo desejo de abandonar o mundo e servir a Deus, na solidão dum claustro. O pai, porém, opôs-se a esse plano, no que foi contrariado por Teresa, que fugiu de casa, para se internar num mosteiro das Carmelitas, em Ávila. No meio do caminho lhe sobreveio uma grande repugnância pela vida religiosa, e por um pouco teria desistido da idéia. Vendo em tudo isto uma cilada do inimigo de Deus e dos homens, seguiu resolutamente o caminho e ao transpor o limiar do mosteiro, os receios e escrúpulos deram lugar a uma grande calma e alegria no coração. 

Durante o tempo do noviciado, foi provada por outro relaxamento no fervor religioso que, aliás, pouco tempo durou. Deus mais uma vez lhe tocou o coração, mas de uma maneira tão sensível que Teresa, debulhada em lágrimas, prostrada diante do crucifixo, disse; “ Senhor, não me levanto do lugar onde estou, enquanto não me concederdes a graça e fortaleza bastantes, para não cair mais em pecado e servir-vos de todo coração, com zelo e constância”. A oração foi ouvida e de uma vez para sempre, ficou extinto no coração de Teresa o amor ao mundo e às criaturas e restabelecido o zelo pelas coisas de Deus, do seu santo serviço. 

Foi-lhe revelado que essa conversão era o resultado da intercessão de Maria Santíssima e de São José. Por isso, teve sempre profunda devoção a S. José e muito trabalhou para difundir este culto na Igreja. 

Profunda era a dor que sentia dos pecados cometidos e dolorosas eram as penitências que fazia, se bem que os confessores opinassem que nenhuma dessas faltas chegava a ser grave. Em visões lhe foi mostrado o lugar no inferno, que lhe teria sido reservado, se tivesse seguido o caminho das vaidades. De tal maneira se impressionou com esta revelação, que resolveu restabelecer a Regra carmelitana, em todo o rigor primitivo. Esse plano, embora tivesse a aprovação do papa Pio IV, a mais decisiva resistência encontrou da parte do clero e dos religiosos. Teresa, porém, tendo a intenção de agir por vontade de Deus, pôs mãos à obra e venceu.

Trinta e dois mosteiros (17 femininos e 15 masculinos) foram por ela fundados e outros tantos reformados. Em todos, tanto no convento dos religiosos, como das religiosas, entrou em vigor a antiga regra. São João da Cruz foi quem assumiu e escreveu as regras para o segmento masculino, a pedido de Santa Teresa. 

Em sua biografia há capítulos ( os 11 e os seguintes), que dão testemunho da intensidade da sua vida interior. O que diz sobre os quatro degraus da oração, isto é, sobre o recolhimento, a quietação, a união e o arrebatamento, é realmente aquilo que a oração da sua festa chama “pábulo da celeste doutrina”. Graças extraordinárias a acompanhavam constantemente como fossem: comunicações diretas divinas, visões, presença visível de Cristo.

Um anjo traspassou seu coração com uma seta de fogo, fato este que a Ordem carmelitana comemora na festa da transverberação do coração de Santa Teresa, em 27 de agosto.

Doloroso foi o caminho da cruz pelo qual a Divina Providência a quis levar e não faltou quem lhe envenenasse as mais retas intenções, quem em suas medidas de reforma visse obra do demônio, e intervenção direta diabólica. A calma lhe voltou, quando em 1559, se confiou à direção de São Pedro de Alcântara.

Não tardou que, em 1576, no seio da Ordem se levantasse uma grande tempestade contra a reforma. Veio a proibição de novas fundações, e Teresa viu-se obrigada a se recolher a um dos conventos. Parecia ter-se declarado o fracasso da sua obra: Foi, quando interveio o rei Felipe II. A perseguição afrouxou só pouco a pouco e, em 1580, o Papa Gregório XIII declarou autônoma a província carmelitana descalça. 
Esta obra sobre-humana não teria tido o resultado brilhante que teve, se não fosse a execução da vontade divina e se Teresa não tivesse sido toda de Deus, possuidora das mais excelentes e sólidas virtudes, dotada de grande inteligência e senhora de profundos conhecimentos teológicos. 

Santa Teresa teve o dom de ler nas consciências e predizer coisas futuras, não lhe faltou a cruz dos sofrimentos físicos e morais. No seio das maiores provações, nas ocasiões em que lhe parecia ter sido abandonada pelo céu e pela terra, era imperturbável sua paciência e conformidade com a vontade de Deus. No SS. Sacramento, achava a forma necessária para a luta e para a vitória.

Sob o impulso de uma graça especial fez o voto de fazer sempre aquilo que a consciência lhe dizia ser o mais alto grau da vida mística. Os numerosos escritos, asseguraram-lhe um dos primeiros lugares entre os místicos.

Oito anos antes de deixar este mundo, foi-lhe revelada a hora da morte. Sentindo esta se aproximar, dirigiu uma fervorosa ordem a todos os conventos de sua fundação ao ou reforma. Com muita devoção recebeu os santos Sacramentos, e constantemente rezava jaculatórias sobre esta: “ Meu Senhor, chegou afinal a hora desejada, que traz a felicidade de ver-vos eternamente.“ – Sou uma filha de Vossa Igreja. Como filha de Igreja Católica, quero morrer.” - Senhor, não me rejeiteis a Vossa face. Um coração contrito e humilhado não haveis de desprezar”.

Santa Teresa morreu em 1582, na idade de 67 anos. Logo após sua morte, o corpo da Santa exalava um perfume deliciosíssimo. Até o presente dia se conserva intacto.

Seu coração, apresentando larga e profunda ferida, acha-se guardado num precioso relicário na Igreja das Carmelitas em Alba.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

SANTA FAUSTINA E OS SANTOS ANJOS



"Nestes tempos difíceis quão importante é dar- nos conta de uma realidade que por tantas vezes nos esquecemos ou não honramos como deveria ser honrada a realidade Angélica (…) Os santos em geral tiveram uma grande devoção aos Anjos, especialmente ao Anjo da Guarda e aos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael.

Também na vida de Santa Faustina, essa realidade que a Igreja nos apresenta como dogma de fé, foi experimentada de forma muito concreta e viva. Citamos alguns textos, como este, por exemplo, numa das viagens fez a Ir. Faustina; ela relata:
"Então, vi ao meu lado um dos sete Espíritos, radioso como anteriormente, sob uma forma luminosa. Observei que se mantinha constantemente a meu lado e, mesmo enquanto estava a viajar de trem, via-o. Reparei que em cima de cada uma das igrejas por onde passava se encontrava um Anjo, embora envolvido numa aura de luz mais pálida do que a do Espírito que me acompanhava durante a viagem. E cada um dos que guardavam as igrejas inclinava-se diante desse Espírito que estava a meu lado.
Quando entrei no portão do convento em Varsóvia, esse Espírito desapareceu. Agradeci a Deus pela Sua bondade em nos dar Anjos por companheiros. Oh, como as pessoas consideram pouco o facto de terem sempre perto de si um visitante como este, que é, ao mesmo tempo, testemunha de tudo! Pecadores, lembrai-vos que também vós tendes uma testemunha de todos os vossos atos!" (Diário 630)

RECOMENDAMOS!


Livro do Pe. Titus Kieninger ORC









Relato sobre a presença e o auxílio dos Santos Anjos na vida de Santa Faustina e como podemos aprender com o seu exemplo. No Diário de Santa Faustina encontram-se mais de 170 referências aos anjos bons e maus. O autor nos oferece uma ilustração prática da angelologia da Igreja e muitas orientações concretas para uma convivência com os Anjos e defesa contra os demônio segundo o exemplo de Santa Faustina.







Pe. Marcelo Magalhães S.A.C. Parte do artigo tirado da revista "Mensageiro da Misericórdia divina" (Julho/Set. 2004, nº 3 (21) 2004, p. 15-18).


A prova de São José.



O Anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva. Sal 33, 8



No momento em que São José vem a saber que MARIA, sua esposa, estava grávida, começa a sua provação. Esta reacção podia ser mal interpretada se não for vista à luz da extraordinária virtude de São José. O evangelista não afirma tão somente que José era um homem justo, em geral, mas acentua ainda, como a qualidade de perfeita justiça estava a base da decisão que ele tomou: José, que era homem justo, resolveu deixá-la secretamente. São João Crisóstomo diz que por 'um homem justo', Mateus refere-se àquele que é virtuoso em tudo" (Tomás de Aquino, Catena Aurea, em Mt 1,19).


Os dados que São Lucas nos proporciona a respeito da relação entre José e MARIA, sugerem claramente que as considerações de José transcorriam, de facto, num plano muito elevado. Lucas dá-nos a entender que José conhecia e aceitava a decisão de MARIA de querer permanecer virgem. Para poder contrair matrimónio validamente, MARIA estaria sem dúvida obrigada a manifestar ao seu esposo a sua intenção de permanecer como uma virgem consagrada a DEUS. Prova de que ela fez isto, é a resposta que deu ao Anjo Gabriel, logo que este lhe anunciou que ia ter um filho: Como será isso, se eu não conheço homem? (Lc 1,34). Ao falar no presente, "não conheço homem", está a dar à sua declaração um sentido absoluto. A situação não é simplesmente assim, que não conhecesse nenhum possível esposo, pois já está comprometida com José. Melhor, a sua declaração evidencia a intenção de permanecer sempre virgem.

O facto de José aceitar contrair este matrimónio virginal, diz-nos muito acerca da sua profunda vida interior. Se ele mesmo não tivesse sido totalmente casto, não teria podido superar a cultura judaica, a qual via numa descendência numerosa a bênção de DEUS e na esterilidade o estigma duma maldição divina. Com um enorme amor virginal foi capaz de renunciar ao natural amor matrimonial que funda e nutre uma família (cf. Redemptoris Custos = RC, 26).

Não é que São José tivesse posto em dúvida a integridade da Santíssima Virgem, mas, antes, o próprio mistério em si que se abria diante do seu olhar, que o pôs a provação terrível. São Jerónimo assinala a este respeito que "isto pode ser considerado um testemunho a favor de MARIA; que José, convencido da sua pureza na expectativa daquilo que ia passar, cobriu com o seu silêncio aquele mistério que não alcançava explicar" (Tomás de Aquino, Catena Aurea, em Mt 1,19). A que mistério se refere? Remígio explica: "Ele percebeu que estava grávida aquela que ele sabia que era casta. E já que ele tinha lido: "Da raiz de Jessé crescerá um rebento" (ele sabia que MARIA era da tribo de Jessé), e: "Olhai, a Virgem conceberá", não duvidou que esta profecia haveria de cumprir-se n'Ela (ibid.). Sendo, além disso, o primeiro varão que estava comprometido com uma virgem consagrada a DEUS, é compreensível que José, dadas as coincidências a respeito das circunstâncias, pensasse na profecia do nascimento virginal.

Porque é que isto o afligiu tanto, que até decidiu repudiar MARIA? Em resposta a esta pergunta, Orígenes diz: "E já que ele não tinha nenhuma suspeita contra ela, como poderia então ser um homem justo e, não obstante, decidir repudiar em segredo a que era Imaculada? Pensou em repudiá-la, pois viu n'Ela um grande mistério, perante o qual se considerava indigno" (ibid.).

Diz um verso: "Era justo por causa da sua fé, sendo que acreditava que o CRISTO nasceria duma virgem. Por isso desejou humilhar-se diante de uma graça tão grande" (ibid.).

Com base nesta exegese, São Tomás diz que José tinha lido as profecias de Isaías (cf. 7,14 e 11,1), e, dado que sabia que MARIA descendia da família de David (Jessé), estava "mais inclinado a acreditar que a dita profecia se cumpriria n'Ela, a acreditar que ela cometesse adultério. E como se sentia indigno de coabitar com tal santidade, quis repudiá-la em segredo, à semelhança de Pedro, que disse: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador!" (Lc 5,8)" (Sobre Mateus I, n. 117).

Lallement, resumindo, diz: "Consciente de ser o esposo comprometido de MARIA, José, com uma atitude sobrenatural, discorreu sobre a questão que se lhe apresentava: ele não via que tivesse mais alguma missão ao lado de MARIA, pois n'Ela se estava a manifestar um mistério que o superava completamente. Ele também não acreditava que tinha o direito de revelar este mistério. Por isso considerou deixar livre MARIA, da maneira mais prudente: "José, que era justo, resolveu deixá-la secretamente" (ibid.).

domingo, 13 de outubro de 2013

Refletir

Maria é deixada para surpreender o anjo de Deus (Papa Francisco):



"Esta é também a experiência da Virgem Maria: antes do anúncio do anjo, não esconde seu espanto." É o espanto de ver que Deus, tornar-se um homem, que escolheu precisamente para isso, uma simples menina de Nazaré, que não vive em palácios de poder e riqueza, que tem feito coisas extraordinárias, mas está aberto a Deus, está confiando nele, embora ele não entende isso em tudo: "Eis a escrava do senhor", deixá-lo de acordo com sua palavra" (LC 01:38). É sua resposta. "Deus sempre nos surpreende, quebra nossas esquemas, coloca nossos projetos em crise e diz: confie em mim, não ter medo, ser espantado, sal de si mesmo e siga-me"

o Papa Francisco presidiu à Missa, que se concluiu com um “acto de entrega confiante” a Nossa Senhora de Fátima.


 Papa presidiu à Missa na Praça de São Pedro. "Deus surpreende-nos; pede-nos fidelidade; é a nossa força". No final, "entrega confiante" a Nossa Senhora de Fátima.



Celebramos em ti as grandes obras de Deus, que nunca se cansa de inclinar-se com misericórdia sobre a humanidade afligida pelo mal e ferida pelo pecado, para a curar e salvar.

Acolhe com benevolência de Mãe o acto de entrega que hoje te fazemo confiadamente…

Temos a certeza de que cada um de nós é precioso aos teus olhos…

Acolhe nos teus braços a nossa vida, abençoa e reforça todos os desejos de bem;

aviva e alimenta a fé; apoia e ilumina a esperança; suscita e anima a caridade,

guia a todos nós no caminho da santidade.

Ensina-nos o teu próprio amor de predilecção pelos pequenos e pelos pobres, pelos marginalizados e pelos que sofrem, pelos pecadores e pelos extraviados do coração;

Congrega todos sob a tua protecção e

entrega todos ao teu dilecto Filho, o nosso Senhor Jesus.


Na homilia, o Santo Padre convidou a contemplar Maria à luz das Leituras da Missa deste domingo, propondo “três realidades: - Deus surpreende-nos, - Deus pede-nos fidelidade, - Deus é a nossa força”.

Antes de mais, a surpresa suscitada em Naamã pelo que lhe pedido para ser curado da lepra. Gestos simples, sem nada de extraordinária.

“Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele. / Esta é a experiência da Virgem Maria.”

A segunda Leitura, em que São Paulo exorta Timóteo, a perserverar na fidelidade a Cristo, sugeriu ao Papa o segundo pensamento: Deus pede-nos fidelidade no segui-Lo.

Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os días. / Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz.

Último ponto sublinhado pelo Papa: Deus é a nossa força. Aludindo aos dez leprosos purificados por Jesus, no Evangelho, dos quais um só voltou a agradecer a cura, o Papa Francisco advertiu: “É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós.”Também aqui, Maria é um modelo perfeito. Visitando a sua prima Isabel, as primeiras palavras que profere são de acção de graças a Deus:

«A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua acção em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força!

Evocando a dificuldade que tantas vezes se teme em dizer simplesmente “obrigado”, Papa Francisco, referindo em particular a vida em familia, propôs “três palabras-chave para a convivencia:

“com licença, desculpa, obrigado: se numa familia se dizem estas três palavras, a familia caminha em frente. Com licença, desculpa lá, obrigado. Quantas vezes dizemos obrigado, em familia?”

A concluir o Papa convidou a invocar a “intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os diaa, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força.”

A concluir a celebração, antes de recitar a tradicional oração de Angelus, o Papa recordou a beatificação, neste domingo, em Tarragona, Espanha, de uns 500 mártires mortos pela sua fé durante a Guerra Civil espanhola dos anos 30 do século passado.

Louvemos o Senhor por estes seus corajosos testemunhas e por sua intercessão supliquemos-Lhe que liberte o mundo de toda a violência.


Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima, com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz à de todas as gerações que te proclamam bem-aventurada.