Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Arcanjo São Rafael

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. “Cura de Deus” ou “Curador divino”, este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus.

Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses.
Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobit, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se:
[...] chamou-os à parte e disse-lhes: “Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu [...] Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à glória do Senhor [...]” Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor. Mas ele lhes disse: “Não tenhais medo [...] Se estive convosco, não foi por pura benevolência minha para convosco, mas por vontade de Deus [...] E agora, bendizei ao Senhor sobre a terra e daí graças a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos aconteceu [...]” (Tb 5-12).
Rafael arcanjo é o portador da virtude da cura, do dom da transformação, da beleza curativa que é sua função no mundo. Conduz a humanidade ensinando-lhe o caminho da defesa contra os males físicos e espirituais que a possa ameaçar. Motivo que o tornou padroeiro dos sacerdotes e dos médicos, embora não deixem de pedir-lhe amparo os viajantes, soldados e escoteiros. Pleno de misericórdia, suas virtudes espirituais estão sempre direcionadas para hospitais, instituições e lares, onde esses dons são necessários.
Entretanto ele tem um especial cuidado com os peregrinos, mas não só os que viajam, também aqueles que estão em peregrinação rumo a Deus. Rafael arcanjo protege-os e guia pelo caminho reto e seguro da vida, que é a Paixão de Cristo, onde encontramos a verdadeira felicidade e salvação eterna, cura completa do corpo e da alma. A Igreja celebrava-o, especialmente, no dia 24 de outubro. Desde 1969, sua festa passou para 29 de setembro, mas os devotos de todo o mundo veneram-no todos os dias, durante suas orações.

“RAFAEL SIGNIFICA REMÉDIO DE DEUS E QUANDO ELE TOCOU OS OLHOS DE TOBIAS PARA CURÁ-LO, ELE BANIU A ESCURIDÃO DE SUA CEGUEIRA. ASSIM ELE É POR JUSTA CAUSA CHAMADO AQUELE QUE CURA”.
Trecho de uma homilia do Papa São Gregório o Magno

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Obra dos Santos Anjos



A Obra dos Santos Anjos é um movimento espiritual reconhecido no seio da Igreja Católica, que visa promover uma colaboração íntima com os santos anjos para a glorificação de Deus e para a santificação (salvação) de almas. Como tal, é um dom espiritual de Deus para a Igreja, um, no entanto, que ocasiões alegria especial no céu na medida em que promete facilitar muito a missão salvífica de santos anjos. O Espírito Santo derramou inumeráveis ​​carismas sobre a Igreja, tanto decorar a Esposa de Cristo e preparando-a para toda boa obra. O Apocalipse nos oferece uma visão profética sobre o andamento da Igreja peregrina sobre a terra, pois é limpa e purificada através do tempo, em preparação para a festa de casamento do Cordeiro. Não vemos a missão significativa, mas em grande parte invisível dos santos anjos, servos de Cristo, enviado para nos convidar e nos preparar para a vinda do Cordeiro. No panorama do Apocalipse, de fato, em toda a Sagrada Escritura, os santos anjos exercer uma vasta gama de ministérios. O Papa João Paulo II não hesita em afirmar que os anjos realizar um "ministério messiânico" em Cristo e no serviço da Igreja.
Como raramente o anúncio fiel à importância destes ministérios sobrenaturais exercidas pelos santos anjos. Invisível, eles estão por toda parte ativa na vida da Igreja. São Tomás de Aquino ensina que todos os dons extraordinários de graça na Igreja são apropriados para o Espírito Santo, que lhes comunica através de santos anjos. Da mesma forma, na vida individual das almas quando se trata de graças atuais notas de São Francisco de Sales: "Os meios de inspiração que Deus usa são infinitas." Tais graças atuais também são em grande parte mediada para nós por santos anjos. Podemos inferir essa verdade de outra declaração de St. Thomas: "O homem não pode progredir com o mérito, exceto com a ajuda divina, que é estendida ao homem por meio do ministério dos Anjos e em conformidade, os anjos cooperam para o nosso toda boa (. ação). "
Dado, portanto, que "toda a vida da Igreja os benefícios da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos", alguém poderia muito bem esperar que haja carismas especiais devidamente dedicados aos anjos e seu ministério na Igreja, chamando a nossa atenção, por um lado, esta poderosa fonte de ajuda, e, posteriormente, solicitando uma resposta recíproca de colaboração em conjunto com os nossos "companheiros servos" [Apoc 19:10; 20:09]. Na verdade, esses dois carismas existir com precisamente esses objetivos em mente. Curiosamente, cada um passou a existir durante o papado do "Pastor Angélico", sobre o momento da declaração da Assunção de Nossa Senhora ao céu. Poderia o mistério da missão angelical dignamente ter entrado em seu próprio na Igreja antes da declaração do dogma da presença de sua rainha, corpo e alma ao céu, confirmando assim a sua capacidade de exercer seu escritório real na economia da salvação como Medianeira e Mãe na ordem da graça ao longo e através dos coros angélicos? Nisto podemos contemplar a escada celestial de graça devidamente articulada: ela desce da Santíssima Trindade sobre o Deus-Homem Jesus Cristo, único mediador entre Deus eo homem. [1 Timóteo 2:5] E, em seguida, uma vez que Cristo veio a nós através de Maria, o mesmo acontece com a Sua graça agora passar seu Imaculado Coração, de onde ele é distribuído ao longo dos santos anjos e toda a Igreja.
O primeiro desses carismas anjo, o Philangeli, é um movimento espiritual popular, buscando difundir o conhecimento e reconhecimento para os ministérios dos santos anjos exercem em nosso nome e para incentivar os fiéis a chamar com confiança sobre eles para obter ajuda. O que caracteriza a segunda carisma, o Opus Sanctorum Angelorum (Obra dos Santos Anjos), é o esforço consciente por parte dos membros para colaborar com os santos anjos na economia da salvação diante de Deus. Tal aspiração só é possível tendo em vista a comunhão dos santos, uma chamada de graça e a finalidade comum de que todos os membros do Corpo Místico compartilhar tanto no céu e na terra.
A necessidade de tais carismas é ilustrado por um incidente na vida do padre. Louis Edward Cestac, o santo fundador dos Servos de Maria. Nossa Senhora apareceu a ele, um dia, dizendo que os fiéis devem implorar-lhe para enviar os santos anjos em nosso auxílio. Ele objetar que sua intercessão pessoal certamente deve ser suficiente para obter esta graça de Deus. Diante disso, a Santíssima Mãe retornou: "A oração é uma condição desejada por Deus, eo mais insistente e mais frequentemente petições são feitas, a mais poderosa que eu iria vir com os Santos Anjos, irei ter a ajuda da Igreja com um todo. legião de anjos para salvá-lo. "
A Obra dos Santos Anjos (OA para o short) surgiu por intermédio de Gabriele Bitterlich (nascido em 1897), que desde a infância tinha desfrutado de uma intimidade singular com o seu próprio Anjo da Guarda, que conversou com ela visivelmente, aconselhou e guiou-a. Esta graça permaneceu um assunto muito pessoal e privado até a última parte da década de 1940, quando a intensificação desse carisma, juntamente com a sua obediência ao seu diretor espiritual levaram ao início da Obra dos Santos Anjos em Innsbruck, na Áustria. Desde o início deste carisma, o foco dos anjos estava sempre em cima do maior glorificação de Deus e da salvação e santificação das almas, especialmente dos sacerdotes. Só a partir dessa perspectiva pode a proliferação apocalíptica da missão angelical dentro da Igreja ser devidamente compreendido.
O protótipo sagrado para a Obra dos Santos Anjos é dada no último trabalho da Sagrada Escritura, o Livro das Revelações, em que a 'porta está aberta no céu "[Apoc 04:01], para que através das visões de João podemos contemplar a obra dos santos anjos realizar diante do trono de Deus, na comissão do Cordeiro. A mediação singular de Cristo, Sumo Sacerdote não só se expressa nas várias participações sacerdotais entre os fiéis da Igreja militante, mas também é compartilhada e se manifesta nos ministérios angelicais. Encontramos esta verificada no Apocalipse, onde Cristo, Sumo Sacerdote envia seus anjos para fora, para o mundo para purificar e preparar a Igreja, Sua noiva, para a festa de casamento do Cordeiro.
Dois aspectos do foco de João no Apocalipse deve ser entendido de forma a apreciar devidamente estas missões angelicais. Em primeiro lugar, precisamos entender que João escreveu este livro como um consolo para a Igreja já em meio a perseguições. Assim, o foco de atenção do apóstolo não estava focado no lado sombrio dos castigos (a purificação eles estavam realmente sofrendo), mas sobre a questão triunfante dos santos e da Igreja como a noiva imaculada de Cristo. [Apoc 19:10; 22:09] Em segundo lugar, São João se concentra principalmente em ministérios angelicais, não porque ele os considera exclusivo, mas porque eles são invisíveis e, porque eles são a ajuda celestial enviado por Cristo aos seus servos na terra.Assim, os ministérios angelicais são não deve ser entendido em um vácuo, como intervenções escatológicas que só pode ser passivamente suportou, e que, portanto, estão em contradição com os ministérios sacerdotais na Igreja militante na terra. Em vez os anjos vêm precisamente como "companheiros de serviço [daqueles] que mantêm o testemunho de Jesus" [Apoc 05:06] e sua intervenção exige igualmente a nossa cooperação ativa.
De fato, na medida em que companheiros de serviço, a sua missão por Cristo implica uma chamada simultânea em nós para uma missão comum e um serviço comum sob a liderança comum de Cristo. Esta dimensão cristológica da missão angelical precisa ser acentuada porque é em grande parte supervisionada e ignorado. Para ignorar o seu papel como ministros de luz ea graça de Cristo na economia da salvação é a perder de vista uma parte integrante do mistério de Cristo atuando na Igreja. Para ignorar os anjos é ignorá-lo que os envia! John não poderia ter apresentado esta verdade da união ministerial dos anjos com Cristo mais enfaticamente do que ao declarar que os sete olhos e sete chifres do Cordeiro são os sete espíritos enviados para fazer um reconhecimento da terra. St. Thomas, não hesitou em afirmar: "os próprios anjos eram ministros do sacerdócio de Cristo."

Fonte: opusangelorum.org

segunda-feira, 21 de abril de 2014

História da Obra dos Santos Anjos

A postagem mais vista deste blog é a de título "Obra dos Santos Anjos", então pensamos em falar de sua História.
Inícios
O movimento eclesial da Obra dos Santos Anjos (OA) foi iniciado em Innsbruck, no Tirol (Áustria) nos anos 50 do século passado com a intenção de aprofundar o conhecimento e a devoção aos santos Anjos e, com isto, a colaboração com eles na vida e na missão da Santa Igreja, para a glorificação de Deus e para se dedicar de forma mais eficaz à santificação e salvação das almas.
Um instrumento humano
Instrumento para este movimento foi uma mulher, Gabriella Bitterlich, simples dona de casa em Innsbruck que, por ordem do seu confessor, em 1949, começou a escrever as suas experiências interiores. Na verdade, desde a sua infância, ela teve uma especial intimidade com o seu santo Anjo da Guarda que, ao longo dos anos, a tinha guiado sempre mais profundamente na vida espiritual, conduzindo-a a uma união cada vez maior com Cristo crucificado, com o objetivo de cooperar mais estreitamente na obra da salvação.
Um dom para a Igreja
O seu diretor espiritual verificou que não se tratava simplesmente de um caminho individual, mas de uma oferta de graça dirigida à Igreja. Ao redor da Sra. Bitterlich formou-se um grupo de fiéis, entre eles sacerdotes e seminaristas devotos dos Anjos.
Em 1950, o bispo diocesano, em Innsbruck, Dr. Paulus Rusch, aprovou um texto de Consagração aos santos Anjos e um outro texto de Consagração ao Anjo da Guarda. Em seguida, o próprio bispo acompanhou o movimento, autorizando a divulgação de cartas espirituais escritas pela Sra. Bitterlich para os membros cada vez mais numerosos do movimento.
Em 1961, o bispo diocesano, tomou a iniciativa e erigiu canonicamente a Confraria dos Anjos da Guarda como uma associação pública de fiéis. Seguiram-se outras associações, entre elas também as associações de sacerdotes. Nos anos 60 e 70, o movimento se espalhou em diferentes partes do mundo.
Um caminho de santidade
O compromisso central do movimento consistia numa simples busca da perfeição cristã, sem a qual uma amizade verdadeira com os espíritos bem-aventurados é inconcebível. Esta colaboração, em primeiro lugar, consiste na glorificação de Deus, especialmente através da celebração reverente da santa liturgia e da adoração eucarística, em segundo lugar, refere-se à nossa missão comum de nos dedicarmos à santificação e salvação dos nossos irmãos. Por esta razão, muitos dos escritos da Sra. Bitterlich centravam-se na prática das virtudes e no seguimento de Cristo sofredor. Na verdade, a devoção do mistério pascal de Cristo logo se tornou uma característica central do movimento e a Virgem Santa Maria cada vez mais tornou-se o modelo para a vida interior dos membros da Obra.
Comunidades de Vida Consagrada
Também surgiu um forte desejo entre muitos membros da OA, por uma vida regrada e consagrada segundo as linhas deste movimento espiritual. Tudo isto começou com a restauração da Ordem dos Cónegos Regrantes da Santa Cruz através do decreto pontifício Perantiquus ordo em 1979, enquanto que o ramo feminino das Irmãs da Santa Cruz foi erigido canonicamente mais tarde, em Innsbruck, em 2002.
A intervenção da Santa Igreja
O processo histórico da inclusão da OA no corpo da Santa Igreja necessitou de um diálogo prolongado entre as autoridades eclesiásticas e os representantes do movimento. Daqui resultaram uma série de intervenções da Igreja para orientar o caminho do movimento, talvez inesperadas para muitos, mas necessárias pois estavam implicadas com a própria natureza da Santa Igreja. É ela quem possui o carisma da verdade – e, portanto, do discernimento – isto é, de provar os espíritos, guardando o bem (cf. 1Ts 5,21) e a exemplo de São Paulo, regulando a sua aplicação na mesma Igreja (cf. 1Cor 14). São Justino afirma que o carisma profético, que anteriormente se verificava em Israel, passou para a Igreja, novo Povo de Deus (cf. Diálogo contra Trifon, cap. 82). E São Paulo, inspirado pelo Espírito Santo incentiva a “procurar o amor. Aspirai aos dons do Espírito, especialmente à profecia (...) a profecia não é para os incrédulos, mas para os crentes” (1Cor 14,1.22).
Na verdade, a história da Igreja está repleta de tais dons proféticos, também a nível institucional, como os carismas das comunidades religiosas. Estes dons carismáticos, aceitados com gratidão pela Igreja, são regulados e, por vezes, modificados pela própria Igreja. A aceitação dócil e obediente de tais disposições e alterações é um elemento necessário para garantir a autenticidade do carisma e é o pré requisito para ser aprovado pela autoridade eclesiástica competente. Como o único fundamento da fé e da espiritualidade na Igreja é o depósito da fé transmitido pelos Apóstolos, sempre que uma graça carismática faz nascer uma nova família religiosa na Igreja (caso muito frequente na história!), os responsáveis na Igreja (os bispos, a Santa Sé) são chamados a cumprir a sua obrigação apostólica de supervisionar o crescimento espiritual e doutrinal do movimento e a sua incorporação na Igreja. Enfim, sabemos que “a nenhuma profecia da Escritura compete uma interpretação subjetiva” (2Pe 1,20), e isto vale tanto mais para a interpretação e direção de qualquer carisma que surge dentro da Igreja. E esta responsabilidade torna-se cada vez maior na medida em que um carisma oferece uma própria espiritualidade e leva à fundação de uma comunidade religiosa.
Dois decretos
Entre os anos 1977 e 1992, a Congregação para a Doutrina da Fé submeteu a doutrina e as práticas da Obra dos Santos Anjos a exames detalhados, emitindo dois decretos, um em 1983 e outro em 06 de junho de 1992. Neste último, a Congregação para a Doutrina da Fé orienta fundamentalmente a doutrina, a espiritualidade e as práticas da OA para que esta possa caminhar de modo equilibrado e saudável dentro da Igreja.
Pede que a Obra dos Santos Anjos e os seus membros sigam fielmente a angelologia proposta pela Sagrada Escritura e pela Tradição da Igreja. Não é permitido um culto dos Anjos usando nomes ou doutrinas não verificadas na Tradição da Igreja. Em especial, na celebração da liturgia devem ser seguidas com rigorosa fidelidade as rubricas dos textos litúrgicos.
Foi instituído um Delegado Apostólico para ajudar e garantir a aplicação fiel das disposições eclesiásticas. Devido à docilidade e fidelidade dos membros e responsáveis da OA foi possível realizar, num curto espaço de tempo, vários passos para uma reorganização da Obra dos Santos Anjos e do seu apostolado segundo as diretrizes da Santa Sé.
Acolhimento pela Santa Igreja
Citamos aqui os momentos mais importantes:
– No Ano Santo de 2000, com a recomendação do Delegado Apostólico e várias explicações teológicas, a Congregação para a Doutrina da Fé aprovou o texto da Consagração aos santos Anjos.
– Em 2003, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, aprovou definitivamente as Constituições da Ordem dos Cónegos Regrantes da Santa Cruz, segundo as quais compete a esta Ordem a direção da OA segundo o CIC, cân. 303.
– Em 07 de novembro de 2008 a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, aprovou o Estatuto da Obra dos Santos Anjos como associação pública de fiéis na Igreja.
– Em sua mensagem de saudação por ocasião do Capítulo Geral da Ordem dos Cónegos Regrantes da Santa Cruz, a 08 de janeiro de 2009, sua Eminência o Cardeal Tarcísio Bertone, por mandato do Santo Padre Bento XVI, manifestou a sua esperança de que os Anjos “acompanhem a família do Opus Angelorum, para que esta com a oração e o zelo apostólico possa servir à santificação contínua de todo o povo de Deus”.
Conclusão
Assim, a Obra dos Santos Anjos foi formada e consolidada na Igreja. Promovendo a devoção aos santos Anjos quer sabiamente guiar os seus membros para a perfeição da vida cristã no caminho do seguimento de Cristo na companhia dos santos Anjos, com os quais adoram o Deus três vezes santo, e se dedicam à santificação das almas, especialmente a santificação dos sacerdotes.

Fonte: Opusangelorum.org

domingo, 20 de abril de 2014

Páscoa

Que este nosso pequeno mundo virtual, nesta Páscoa seja um pouquinho mais humano. Que Jesus esteja no coração de todos.

Uma Feliz Páscoa!

O AUXÍLIO DOS SANTOS ANJOS NO EXAME DE CONSCIÊNCIA II



Como é que os santos Anjos cumprem essa sua missão? Segundo o Pseudo-Dionísio, a missão de iluminar os homens pertence aos santos Anjos, especialmente aos da segunda hierarquia: as Dominações, as Potestades (Forças) e os Principados (Poderes). Eles transmitem às almas a luz que receberam, eles as purificam, iluminam-nas e as aperfeiçoam. É o que nos ensina a nossa Mãe Gabriele: “Sobre a criação inteira vemos distribuídos os três coros seguintes: as Dominações, que no amor transmitem os dons de DEUS, as Potestades (forças), que levam à criação as leis de DEUS e da natureza inteira e os Principados, os administradores da criação, sejam continentes ou países, povos ou comunidades” (O nosso Anjo, p. 3). Os santos Anjos tiram os obstáculos que impedem a alma de ver (cf. D.Sp. I,583). Pois é próprio da natureza dos espíritos celestes de vir em auxílio dos homens seus irmãos, suas imagens (D.Sp. I,588). Assim, podemos concluir que os santos Anjos exercem sua ação principalmente a nível do nosso pensamento. O nosso intelecto seria, por assim dizer, a “área de trabalho” dos santos Anjos. “Por intermédio do nosso Anjo da Guarda aprendemos não somente a ouvir o que DEUS quer de nós, mas também a ver onde deve concretizar-se o nosso auxílio, a nossa tarefa no Reino de DEUS e na salvação das almas” (O nosso Anjo, p. 9). Isto acontece na história de Agar, escrava de Sara, esposa do nosso Pai na fé: Abraão. “Sarai, mulher de Abrão, não lhe tinha dado filho; mas, possuindo uma escrava egípcia, chamada Agar, disse a Abrão: ‘Eis que o Senhor me fez estéril; rogo-te que tomes a minha escrava, para ver se, ao menos por ela, eu posso ter filhos’. Abrão aceitou a proposta de Sarai. Sarai tomou, pois, sua escrava, Agar, a egípcia, passado dez anos que Abrão habitava a terra de Canaã, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido. Este aproximou-se de Agar e ela concebeu. Agar, vendo que tinha concebido, começou a desprezar a sua senhora. Então Sarai disse a Abrão: ‘Caia sobre ti o ultraje que me é feito! Dei-te minha escrava, e ela, desde que concebeu, olha-me com desprezo. O Senhor seja juiz entre mim e ti!’ Abrão respondeu-lhe: ‘Tua escrava está em teu poder, faze dela o que quiseres’. E Sarai maltratou-a de tal forma que ela teve de fugir. O Anjo do Senhor, encontrando-a no deserto junto de uma fonte que está no caminho de Sur, disse-lhe: ‘Agar, escrava de Sarai, donde vens? E para onde vais?’ ‘Eu fujo de Sarai, minha senhora’, respondeu ela. ‘Volta para a tua senhora, tornou o Anjo do Senhor, e humilha-te diante dela’” (Gn 16,1-9). Para o nosso tema é importante a questão que o santo Anjo apresenta a Agar: “Donde vens? E para onde vais?”. Podemos dizer que esta é a grande pergunta que o santo Anjo nos faz no exame de consciência: de onde vens e para onde vais? Como vimos, o exame de consciência nos permite conhecermo-nos e tomar consciência de nossas faltas, aceitando a nossa responsabilidade. E nós, como Agar, devemos ter a coragem da sinceridade: diante de nós mesmos, diante de Deus, diante do nosso santo Anjo! Devemos, corajosamente, confessar-nos pecadores, arrependermo-nos do nosso caminho errado e voltar atrás, numa verdadeira contrição. “Uma vez que nos tivermos habituado a falar com o nosso bom Anjo da Guarda sobre o nosso trabalho diário, sobre os nossos planos e preocupações, ele nos conduzirá sempre mais a uma fidelidade sincera e a um ardente amor a DEUS (O meu Anjo, p. 9). O exame de consciência implica um retorno sobre si, uma evocação do passado – “Donde vens?” –, uma atenção à realidade interiormente experimentada – “Fujo!” –, uma reflexão sobre si, um olhar sobre o futuro – “Para onde vais?” – (cf. D.Sp. IV,1832). Santo Hilário chama ao seu santo Anjo da Guarda a “testemunha” de sua vida1 (D.Sp. I,589). Como no caso de Agar, os santos Anjos nos lembram a insignificância e caducidade da vida, recordam-nos as graças que nós recebemos e a recompensa que coroará os nossos esforços. Cegos, não vemos o que está diante de nós, ignoramos o que nos convém. Os santos Anjos veem o que é bom e útil à nossa alma. Estes pedagogos clarividentes e informados, nos sustentam, nos instruem, nos conduzem pela mão (D.Sp. I,591). Mesmo que, por vezes, este caminho seja o mais duro, como aconteceu com Agar: “Volta para a tua senhora, tornou o Anjo do Senhor, e humilha-te diante dela”. Os santos Anjos são guias espirituais, eles ajudam nossas almas a converter-se. Eles querem fazer-nos santos, iniciam nossas almas nos mistérios de DEUS, iluminam-nas com a luz eterna, ensinam-nos a ciência das coisas divinas3 (D.Sp. I,592). São raros, é verdade, aqueles que são instruídos e guiados diretamente pelos santos Anjos, mas todos podem e devem contemplar, com os olhos da fé, estes maravilhosos modelos, para se inspirar nos exemplos de virtude que eles nos dão (ib., 593). Muitas vezes podemos ver a ação de DEUS, através dos santos Anjos, nos acontecimentos da vida como no caso de Balaão, que agora vamos meditar. Os moabitas, inimigos de Israel, receando um seu ataque recorrem ao profeta Balaão para amaldiçoar o Povo eleito e assim saírem vitoriosos contra Israel. Balaão recorre ao Senhor expondo- Lhe o pedido dos moabitas. DEUS proíbe Balaão de acompanhar os moabitas e amaldiçoar Israel, mas eles insistem e o profeta acaba recebendo de DEUS a permissão de os acompanhar, na condição de só fazer aquilo que Ele lhe disser. “Balaão levantou-se de manhã, selou sua jumenta, e partiu com os chefes de Moab. O Senhor irritou-se com sua partida, e o Anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho como obstáculo. Balaão cavalgava em sua jumenta, acompanhado de seus dois servos. A jumenta, vendo o Anjo do Senhor postado no caminho, com uma espada desembainhada na mão, desviou-se e seguiu pelo campo; o adivinho a fustigava para fazê-la voltar ao caminho. Então o Anjo do Senhor pôs-se num caminho estreito que passava por entre as vinhas, com um muro de cada lado. Vendo-o, a jumenta coseu-se com o muro, ferindo contra ele o pé de Balaão, que a fustigou de novo. O Anjo do Senhor deteve-se de novo mais adiante em uma passagem estreita, onde não havia espaço para se desviar nem para a direita nem para a esquerda. A jumenta, ao vê-lo, deitou-se debaixo de Balaão, o qual, encolerizado, a fustigava mais fortemente com seu bastão. Então o Senhor abriu a boca da jumenta, que disse a Balaão: ‘Que te fiz eu? Por que me bateste já três vezes?’ ‘Porque zombaste de mim, respondeu ele. Ah, se eu tivesse uma espada na mão! Ter-te-ia já matado!’ A jumenta replicou: ‘Acaso não sou eu a tua jumenta, a qual montaste até o dia de hoje? Tenho eu porventura o costume de proceder assim contigo?’ ‘Não’, respondeu ele. Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o Anjo do Senhor que estava no caminho com a espada desembainhada na mão. Inclinou-se e prostrou-se com a face por terra. ‘Por que, disse-lhe o Anjo do Senhor, feriste três vezes a tua jumenta? Eu vim opor-me a ti, porque segues um caminho que te leva ao precipício. Vendo-me, a tua jumenta desviou-se por três vezes diante de mim. Se ela não o tivesse feito, ter-te-ia já matado, e ela ficaria viva’. Balaão disse ao Anjo do Senhor: ‘Pequei. Eu não sabia que estavas postado no caminho para deter-me. Se minha viagem te desagrada, voltarei’. ‘Segue esses homens, respondeu-lhe o Anjo do Senhor, mas cuida de só proferir as palavras que eu te disser’. E Balaão partiu com os chefes de Balac” (cf. Nm 22,1-35). Podemos chamar a este acontecimento da Sagrada Escritura o episódio do santo Anjo que impede o caminho. É difícil ao santo Anjo falar com o profeta, porque ele está interiormente fechado, por isso se dirige para a jumenta. Ao fim de três vezes de ser batida a jumenta começa a falar e o profeta vê o santo Anjo. Assim acontece muitas vezes conosco. Temos ideias fixas na cabeça e precisamos que alguém nos pare. A nossa inteligência obcecada não reconhece a luz do santo Anjo para pararmos no nosso caminho evitando o mal. Fechamo-nos de tal maneira à ação do santo Anjo em nosso pensamento que ele fica impossibilitado de nos ajudar pelo caminho normal. Assim precisamos de uma jumenta, que pode ser o nosso corpo ou qualquer acontecimento da vida que nos obriga a parar, refletir, a fazer um exame de consciência forçado. DEUS usa esta linguagem quando estamos bem longe de Seus caminhos, ou pelo menos, quando estamos bem desviados deles. E muitas vezes esta é a única linguagem que entendemos. Os santos Anjos agem, pois, como verdadeiros pais espirituais, pois nos indicam o fim sobrenatural que devemos alcançar e as virtudes a praticar. Eles nos previnem de certos defeitos, repreendem nossas imperfeições, por vezes duramente; e, se são severos, são também benevolentes, eles nos encorajam, consolam, estimulam, formam e instruem (D.Sp. I,592). Parando-nos no caminho o santo Anjo quer-nos fazer refletir e pensar de onde partimos, quais as nossas intenções, ele quer sobretudo que não nos fixemos na própria ideia. Isto é o que verdadeiramente fecha a porta à ação do santo Anjo, e com certeza abre a porta à ação do mau anjo! Assim como JESUS se serviu da natureza e dos acontecimentos do dia-a-dia para explicar a vida espiritual, assim o santo Anjo pode servir-se desses meios para nos ensinar, para nos fazer rever as nossas ações. Os santos Anjos esperam de nós o nosso arrependimento, e até se alegram com ele (cf. Lc 15,10): “Pequei. Eu não sabia que estavas postado no caminho para deter-me”. Deste modo, mediadores entre os homens e DEUS, os santos Anjos não cessam de oferecer a DEUS os nossos bons pensamentos, nossos arrependimentos e nossas orações, para nos trazer depois a recompensa de DEUS4. Eles recolhem do nosso coração os nossos bons pensamentos, nossos bons desejos e nossas boas ações e os oferecem a DEUS. Eles se alegram com a nossa conversão, assistem- nos na nossa oração, purificam nosso espírito, estimulam à virtude, elevam nossos pensamentos para DEUS (D.Sp. I,597-598). Se lançarmos “um olhar retrospectivo para o tempo da Antiga Aliança e para o tempo de CRISTO na terra” reconheceremos “quão sério e importante foi ali o papel do Anjo. (...) O próprio Senhor refere-Se frequentemente aos Anjos nos Seus discursos e parábolas e no fim dos tempos Ele virá com os Seus Anjos e eles tomarão parte no cargo de separar os bons dos maus e no cargo de juízes (Mt 13,39-42; Lc 12,8-9). Com isto Ele quer que também nós insiramos os Anjos em nossa vida e em nossas tarefas” (O nosso Anjo, p. 7). Examinar nossa consciência é, verdadeiramente, uma coisa boa e necessária para nós. E como os santos Anjos prestam a sua cooperação a tudo quanto diz respeito ao nosso bem (Cat. Ig. Cat., 4 Cf. Tb 12,12; Ap 5,8; 8,3-4.350), podemos realmente crer numa verdadeira ajuda dos santos Anjos em nosso exame de consciência. Como diz a nossa Mãe Gabriele: “Na voz da consciência o homem prudente pode ouvir a voz do Anjo de DEUS. Quem deixa adormecer a sua consciência, faz silenciar o seu Anjo” (Lemas para o dia-a-dia, 88).  

Fonte:“O AUXÍLIO DOS SANTOS ANJOS NO EXAME DE CONSCIÊNCIA” Pe. Gonçalo Rosa Machado, ORC   

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O AUXÍLIO DOS SANTOS ANJOS NO EXAME DE CONSCIÊNCIA I

“O auxílio dos santos Anjos na vida espiritual segundo o testemunho da Sagrada Escritura” 


Oração Senhor e DEUS, Vós nos destes o benefício indizível de ter sempre ao nosso lado um dos Vossos servos para nossa constante proteção. Dai-nos a graça de Vos poder reconhecer cada vez melhor por meio dele, de Vos poder amar cada vez mais ardentemente e de poder seguir, apalpando, a Vossa Santíssima Vontade cada vez mais fielmente. Deixai que ele nos ajude a levar a nossa cruz e se alegre conosco quando Vós nos atendeis e a Vossa misericórdia se inclina sobre nós. Amém. 
   
Na Carta aos Gálatas, São Paulo dá-nos uma pequena definição da vida espiritual: “Se vivemos pelo ESPÍRITO, pelo ESPÍRITO pautemos também a nossa conduta” (Gl 5,25). Assim, podemos afirmar que a vida espiritual é a vida segundo o ESPÍRITO. São Paulo nos indica em que deve consistir a vida espiritual, indicando-nos os frutos do ESPÍRITO: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio” (Gl 5,22-23). Este ESPÍRITO é aquele Defensor prometido por JESUS (cf. Jo 16,7), é o ESPÍRITO de JESUS. Por isso, também podemos definir a vida espiritual como aquela vida pautada segundo JESUS CRISTO. A essência da vida espiritual consiste em duas coisas, uma da parte de DEUS, outra da parte do homem. Da parte de DEUS consiste nas operações divinas na alma, nas luzes que iluminam o entendimento, nas inspirações que tocam a vontade. Da parte do homem consiste na cooperação da alma às luzes e aos movimentos da graça. Para tratar com DEUS e para se dispor a receber dEle uma comunicação mais forte e mais frequente, é necessário ter uma grande pureza de coração, uma grande força de espírito, uma constante e inviolável fidelidade para cooperar com DEUS e seguir a moção do Seu ESPÍRITO. Devemos, pois, nos comportar e orientar a nossa conduta segundo o ESPÍRITO de DEUS, usando uma parte do nosso tempo ao exame das disposições do nosso coração, a reconhecer o que se passa, e a discernir o que é de DEUS, a nos conformarmos à condução do ESPÍRITO SANTO e a nos determinarmos a tudo fazer e sofrer por DEUS (D.Sp. IV,1836). Assim, queremos falar sobre o exame de consciência e ver em que sentido os santos Anjos nos podem ajudar nele. O exame de consciência é um meio de acesso a DEUS, é a primeira condição para ter acesso a DEUS (D.Sp. IV,1800s). É, portanto, um encontro com DEUS, que nos revela a nós mesmos, que nos faz estar atentos à nossa vida. É uma verdadeira antecipação daquela prestação de contas que faremos no último dia de nossa vida diante de DEUS, é o nosso encontro com DEUS, no qual será revelado a nós mesmos quem nós somos. Ele é, portanto, uma das melhores ajudas na vida espiritual. O exame de consciência é também uma verdadeira oração, porque nele estamos diante de DEUS tal como somos (cf. D.Sp. IV,1801). Estamos diante dAquele que nos conhece. Por isso, neste exame nunca estamos sozinhos dentro de nós, mas estamos com DEUS, com o Seu olhar, estamos com Aquele que nos ama intimamente. O exame de consciência é aquele exercício que nos permite conhecermo-nos a nós mesmos, tomar consciência das nossas faltas e estabelecer a nossa responsabilidade, dispor-nos para uma sincera contrição ao perdão de DEUS, organizar a nossa vida com prudência em vista de um progresso moral e espiritual. É fundamentalmente um ato de vida em DEUS (D.Sp. IV,1831s). O exame de consciência situa a alma sobre o olhar de DEUS, fazendo-a ver e querer em DEUS (D.Sp. IV,1834). Enfim, conduz à união com DEUS, pois aparece seja como exercício seja como diálogo com DEUS, uma oração que nos aproxima de DEUS. É um verdadeiro exercício espiritual que responde àquilo que DEUS quer de nós (D.Sp. IV,1837). Na Sagrada Escritura não se fala claramente nem que os santos Anjos, de modo especial, o santo Anjo da Guarda, nos falam à consciência, nem que eles nos ajudam neste exame de consciência. O que encontramos na Sagrada Escritura são acontecimentos históricos onde os santos Anjos intervêm, mas que para nós são como que um exame de consciência, onde o santo Anjo nos faz parar e pensar sobre o rumo de nossa vida. “O Anjo fala ao nosso coração, (...) aponta sempre para DEUS, para Sua palavra e Sua doutrina, para os Seus mandamentos e para as promessas que Lhe juramos, para os propósitos que fizemos, para a possibilidade de provar a DEUS o nosso amor, a nossa fidelidade” (O nosso Anjo da Guarda, p. 8). A este respeito, queremos meditar neste trabalho dois exemplos que a Sagrada Escritura nos dá: a história de Agar (Gn 16) e a história de Balaão (Nm 22). Sempre o Antigo Testamento deve ser entendido à luz do Novo Testamento (DV 16), e do mesmo modo, aquilo que se refere ao Povo eleito se deve entender como uma prefigura do novo Povo eleito: a Igreja (cf. LG 9). Assim podemos entender que a aliança que DEUS fez com Israel no Monte Sinai, também se possa aplicar a nós, Igreja de DEUS. É o caso da aliança que DEUS fez colocando os santos Anjos ao serviço do Povo de DEUS. Disse DEUS a Moisés: “Vou enviar um Anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei. Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque Meu Nome está nele. Mas, se lhe obedeceres pontualmente, se fizeres tudo o que Eu te disser, serei o inimigo dos teus inimigos, e o adversário dos teus adversários. Porque Meu Anjo marchará adiante de ti e te conduzirá entre os amorreus, os hiteus, os ferezeus, os cananeus, os heveus e os jebuseus, que exterminarei” (Ex 23,20-23).

DEUS concede-nos um santo Anjo para: 
1. nos proteger no caminho, 
2. e nos conduzir ao lugar que DEUS nos preparou.

Por isso, nós devemos: 
1. estar de sobreaviso em sua presença, 
2. ouvir o que ele diz, 3. não lhe resistir.


Oração Santo Anjo, amigo mais fiel de todos, a ti dei a minha mão para me conduzires! Quando não houver mais vereda, sê tua minha bússola, quando obscurecer em volta de mim, sê tu a minha luz! Quando perder o apoio, sê tu o braço sustentador, e quando me desalentar, sê tu o coração forte dentro de mim e diz: “Fica tranquilo, pois DEUS está em ti! E MARIA, tua Mãe, colocou o seu manto em volta de ti, a fim de alcançares a meta, seguro e sem perigo e cheio de confiança”. Assim, santo Anjo, quero descansadamente continuar o meu caminho contigo! Amém. 

Fonte:“O AUXÍLIO DOS SANTOS ANJOS NO EXAME DE CONSCIÊNCIA” Pe. Gonçalo Rosa Machado, ORC    

Comemoramos o dia do amor fraterno, a instituição da Eucaristia e a instituição do sacerdócio - Quinta-feira Santa

Quinta-feira Santa - hoje, 17 de abril comemora o dia do amor fraterno, a instituição da Eucaristia e a instituição do sacerdócio.
 
O dia do amor fraterno: o dia da reunião de serviço e de caridade, demonstrado claramente na passagem do "lavagem dos pés". (João 13, 1-20), com que Jesus deu a nós, um dos mais belos ensinamentos de humildade cristã, onde todos os filhos do mesmo pai, irmãos em Cristo, devemos nos ajudar e colaborar com o outro, construindo um mundo melhor, colaborando assim seja estabelecido o Reino de Deus aqui na terra, para a sanificação e a salvação de todos os homens.
Foi uma alegria presente para se encontrar com seus amigos e tristeza pela proximidade do fim e porque os amigos dele também era o traidor; Mas apesar disso, também foi neste dia que nos deu o novo mandamento do amor: "dar-lhes que um novo mandamento: Amai uns aos outros." Assim como eu vos amei, amo você também, para os outros. "Todos reconhecerão que são meus discípulos: no amor que eles têm uns pelos outros." (João 13, 34-35).

O dia da instituição da Eucaristia: quando na última ceia deixou-nos o alimento do amor, que é o próprio corpo e seu próprio sangue. "Tome, este é o meu corpo..."Este é meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos". (Marcos 14, 22-24).

O dia da instituição da ordem sagrada: Jesus encomendou seus apóstolos para continuar celebrando a Eucaristia em seu nome, até o fim do mundo. Ele disse-lhes: "Fazei isto em memória de mim." 

Porque se chama Sacramento do amor?

Jesus sabia que seu tempo cegava ao fim: ia ser preso e crucificado. E embora subiria depois de três dias, só permaneceria neste mundo 40 dias, dando as últimas instruções aos seus discípulos; e então, seria equivalente ao pai: "deixou o pai e veio ao mundo. Eu agora deixo o mundo e ir para o pai. " (João 16:28.) 
E como era seu desejo  ficar de uma maneira especial, está escondido no pão e vinho. Ele já tinha dito: "Sede perfeitos como o pai celestial é perfeito". (Mateus 05:48.). 
E, como alcançar a santidade, como alcançar a perfeição no amor, sem se alimentar-do amor? Além disso, ele também disse: "Sem mim, nada posso fazer". (João 15:5.). 
E, o melhor alimento do que o próprio Cristo, todos os presentes, todo o amor, trancado na hóstia consagrada? O mesmo Deus, que se torna muito pequeno para entrar em nossos corações e como agradecimento, enche-nos com sua luz, sua força, sua misericórdia e seu amor. Não pode viver de Cristo e com Cristo, se  não tem a alma mergulhada em seu amor e divindade, se não tem a alma em Deus.
Ele se rendeu inteiramente e ainda inteiramente em cada sacrifício da missa, para nossa salvação. Ele queria que ficássemos Unidos a ele e se juntou a nós de tal forma que sejamos um como ele e o pai que são um. Que viveu em uma real comunhão - União, selado pelo amor de Deus. "
Que todos possam ser um, como tu, pai, em mim e eu em ti, que eles também sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviou. Eu, a glória que tu me deu deu, para que eles sejam um, como nós somos um -Eu neles e tu em mim - que eles sejam um, e o mundo possa saber que o Senhor me enviou, e que eu amei, como te amei. Pai justo, o mundo não O conheceu, mas eu te conheci, e reconheceram que me enviou. Dei-lhes o seu nome, e vou continuar dando-o para que o amor com que você me ama, eles e eu também estejamos neles." (João 17, 21-26).
Mas só isso, só quem crê na sua presença real neste sacramento, pode tirar proveito em agradecimento a esta comida celestial que derrama na alma de quem recebe com dignidade. 
"Feliz aqueles que creem sem ver." (João 20:29.)

domingo, 13 de abril de 2014

Semana Santa - Recordando a Paixão do Senhor, Santo Padre convidou fiéis a refletirem sobre a atitude que têm diante de Jesus

“Se permanecermos completamente unidos a Cristo em sua morte, também
 participaremos em sua Ressurreição. Sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que o corpo de pecado fosse destruído e assim não sejamos mais escravos do pecado...
Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos” (cf. Rom 6, 5-8)



Papa Francisco celebrou a Missa de Ramos neste domingo, 13, na Praça São Pedro, iniciando assim a Semana Santa no Vaticano. A homilia, realizada na Missa após a benção dos Ramos e da procissão, recordou a Paixão do Senhor e convidou os fiéis a pensarem em sua atitude diante de Jesus.

“É bom que nos façamos uma pergunta: quem sou eu, quem sou eu diante do meu Senhor, quem sou eu diante de Jesus que entra em festa em Jerusalém? Sou capaz de exprimir a minha alegria, de louva-Lo, ou ponho-me à distância? Quem sou eu diante de Jesus que sofre?”
 
O Pontífice citou os diversos personagens presentes no relato da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém: líderes, sacerdotes, fariseus, doutores da lei. Ele recordou em particular a figura de Judas, o traidor que vendeu Jesus por 30 moedas e fingiu ama-Lo para entrega-Lo.
 
“Sou eu?”, perguntou Francisco, ao longo da homilia, num apelo ao exame de consciência enquanto lembrava os discípulos que não entendiam nada do que estava acontecendo ou aqueles que aguardavam uma oportunidade para prender Jesus.
 
A intervenção referiu-se ainda a Pilatos, que “lava as mãos” para não assumir a sua responsabilidade, e à multidão que não sabia se estava numa reunião religiosa, num julgamento ou num circo e para quem era mais divertido humilhar Jesus, como também fizerem os soldados.
 
O Papa elogiou as mulheres corajosas, que acompanharam sempre Cristo, e José (de Arimateia), o “discípulo escondido” que levou o seu corpo para a sepultura. “Onde está o meu coração? Com qual destas pessoas me pareço? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana”, concluiu o Papa em sua intervenção.
 
Fonte: Radio Vaticano.
 
 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Oferecendo nossos passos


Como conta o Pe. Afonso Rodrigues, no seu livro "Exercícios de Perfeição", de um eremita que tinha a sua cela muito longe da fonte e que por isso tinha a de fazer, todos os dias, uma grande caminhada para ir busca água. Indo um dia com o seu cântaro ao ombro, a fazer cálculos a ver para onde mudar a sua cela, para ficar mais perto e não ter que andar tanto, todos os dias, ouviu, atrás de si, alguém que contava: 1,2,3,4,5... e por aí além. Parou, olhou para trás e não viu ninguém. Pôs-se de novo a caminho, e a mesma voz  continuou a contar; olhou de novo para trás e não viu ninguém; e assim pela terceira vez. Então o monge parou e perguntou: 
- Quem é que vem aí atrás de mim a contar?
E essa voz respondeu:
- Sou o teu Anjo da Guarda, que vou a contar os teus passos para oferecê-los a Deus.
Então o monge respondeu:
- Pois se assim é, em vez de mudar a minha cela para mais perto, vou mudá-la para mais longe, para tu teres mais que oferecer a Deus por mim.

Fonte: Memórias da Irmã Lúcia II
Foto: São Miguel Arcanjo, Capela do Mosteiro da Santa Cruz, Fátima.

sábado, 5 de abril de 2014

DEUS não obriga ninguém a estar com ele

Sim, Deus não obriga ninguém a estar com Ele. “Os Anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu destino último por opção livre e amor preferencial. Podem, no entanto, desviar-se. E, de fato, pecaram. Foi assim que o mal moral entrou no mundo” (CIC 311).


Com certeza houve alguns Anjos que não aceitaram a vontade de Deus, pois São Pedro escreve: “Deus não poupou os Anjos que pecaram, mas, precipitou-os nos abismos tenebrosos do inferno onde os reserva para o julgamento” (1). Jesus mesmo falou várias vezes dos Anjos caídos: “Vi Satanás cair do céu como um raio!”(2). Mas nem todos os Anjos agiram assim; houve outros que se submeteram a Deus como a seu Criador e colocaram-se à sua disposição, para servi-l’O em qualquer missão no seu Reino. 
 (1. 2Pd 2, 4; cf. Jd 6; Jo 8, 44; Ap 12, 9.12.  /  2. Lc 10, 18; cf. 8, 31; Mt 25, 41).

A Igreja ensina no Catecismo, que Anjos “por Deus criados bons... se tornaram maus por sua própria iniciativa”. “Esta ‘queda’ consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e o seu Reino.Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador ditas a nossos primeiros pais: ‘E vós sereis como deuses’ (Gn 3,5)” (1).

O Beato João Paulo II explica essa realidade de modo conciso:

“As palavras: Não servirei (Jr 2, 20), manifestam a radical e irreversível recusa a tomar parte na 
edificação do Reino de Deus. Satanás, o espírito rebelde, deseja ter o seu próprio reino, e, não fazer 
parte do Reino de Deus” (2).

  (1. CIC 391 e 392.  /   2. Catequese, 23 de Julho de 1986, n 5; cf. Is 14, 12ss e Ez 28, 8ss).


Sobre o número dos Anjos fiéis e infiéis não há clareza. Segundo a passagem de 2 Rs 6, 16: “Não temas, respondeu Eliseu; os que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles...” S. Tomás é da opinião que a maioria dos Anjos não pecou, pois, os de maior número são aqueles que estão conosco, e estes são os bons (1).

E no Apocalipse se lê: “Um grande dragão vermelho... varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra” (Ap 12, 3-4); alguns interpretam este texto em relação à queda dos Anjos, de modo que, os anjos caídos seriam uma terça parte dos Anjos que foram criados. Porém, a expressão “uma terça parte” no Apocalipse não pode ser tomada no sentido literal.
1. Cf. S. Tomás, S.Th. I, 63, 9

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Para refletir!




“Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias a Paixão do Senhor. Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo”. (São Boaventura)

Uma boa sexta-feira pra você!


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Passio Domini



Na Quinta-feira Santa, Nosso Senhor foi até o Jardim das Oliveiras para rezar, começando assim a Sua Divina Paixão. Ali Ele rezou:

 "Pai, se for da Vossa vontade, afastai de mim este cálice: no entanto, não se faça a minha vontade, mas a Vossa". 

Então um Anjo descendo do céu apareceu-Lhe para O fortalecer. Do mesmo modo como o Anjo fortaleceu e consolou Nosso Senhor, o Eterno Sumo Sacerdote, assim nos reunimos na presença de Jesus na Eucaristia para fortalecer espiritualmente e nutrir os nosso sacerdotes, através da intercessão dos santos Anjos. Jesus quis que o Seu sacerdócio permanecesse na Igreja, de uma forma visível através dos sacerdotes. Por essa razão, a atenção para o sacerdócio sacramental da Igreja é uma característica essencial da Obra dos Santos Anjos.




Obra dos Santos Anjos.