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"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

OS ANJOS DAS NAÇÕES

A passagem da Escritura abaixo transcrita, é a primeira leitura da memória do dia 10 de Junho, Missa própria em honra do Anjo da Guarda de Portugal, que se fundamenta na convicção que a Tradição nos apresenta de que cada nação tem o seu Anjo da Guarda.

Anjo da Guarda de Portugal



“Naqueles dias, ergui os olhos e tive uma visão: Era um homem vestido de linho, que tinha à cintura uma faixa de ouro fino. O seu corpo era semelhante ao topázio, o rosto tinha o aspeto do relâmpago; os olhos eram como tochas de fogo, os braços e as pernas brilhantes como bronze polido, e o rumor das suas palavras, como o rumor duma multidão. Ele falou-me assim: «Não temas, Daniel, pois as tuas palavras foram atendidas, desde o primeiro dia em que tomaste a peito compreender, e ainda humilhaste-te perante o teu Deus. Vim aqui por causa das tuas palavras. O Príncipe do reino da Pérsia, fez-me frente durante 21 dias. Então, Miguel, um dos chefes principais, veio em meu auxílio. Eu deixei-o a fazer frente ao Príncipe dos reis da Pérsia, e vim para te explicar o que vai acontecer ao teu povo, nos últimos dias... Vou dar-te a conhecer o que está escrito no livro da verdade. Devo regressar à luta contra o Príncipe da Pérsia. Quando acabar esta luta, surgirá o Príncipe da Grécia. Ninguém me ajuda nestes trabalhos a não ser Miguel, o vosso Príncipe»” (Dn. 10, 2a. 5-6.12-14.21-23).





Fundamento Bíblico

Acerca da realidade que cada Nação tem um Anjo da Guarda, o Catecismo da Igreja dá-nos esta explicação, que não deve ser ignorada: “Desfeita a unidade do gênero humano pelo pecado, Deus processou, em primeiro lugar, salvar a humanidade através de cada uma das suas partes. A aliança com Noé, a seguir ao dilúvio (cfr. Gn. 9,9,), exprime o princípio da economia divina em relação às «gentes» ou nações, quer dizer, em relação aos homens reagrupados segundo os seus países, cada qual segundo a sua língua e os seus clãs (cfr. Gn. 5; 10, 20-31). Esta ordem, ao mesmo tempo cósmica, social e religiosa, da pluralidade nas nações (cfr. Act. 17, 26-27), confiada pela Providência Divina à guarda dos Anjos (cfr. Dt. 4, 19; 32, destinou-se a pôr cobro ao orgulho duma humanidade decaída, que, unânime na sua perversidade (cfr. Sab. 10, 5), pretendia refazer por si mesma a própria unidade, à maneira de Babel (cfr. Gn. 11, 4-6)” (Cat. Ig. Cat. nº 56 e 57).


 Santo Anjo da Guarda da Argentina (por uma Irmã da Santa Cruz)



É, pois, para que cada Nação possa cumprir a sua missão em vista da Salvação que Deus concede a cada uma em particular um Santo Anjo como guia.


A universalidade da Aliança de Deus com os homens se concretizará plenamente em Seu Filho. Na nova e eterna Aliança, ficarão englobadas definitivamente todas as nações, todos os povos, línguas e raças. Deus nunca abandonou a obra das Suas mãos. A Sua Providência entregou-as ao cuidado dos Seus Anjos.


Ao longo do Antigo Testamento São Miguel é apresentado como um dos principais guardiães do povo judeu. É chamado “Príncipe do vosso povo”, conforme o diálogo de S. Gabriel com o profeta Daniel. É precisamente com este profeta que se fortalece esta crença, numa hora histórica dificílima do povo hebreu, quando estava no exílio e subjugado entre os gregos e persas, e depois libertados da escravidão por um decreto de Ciro.

Todavia o tão suspirado regresso à pátria era impedido por dificuldades misteriosas. Quem mais se afligia com tais demoras era o profeta Daniel, que a Deus fazia contínuas súplicas. Um dia, enquanto repousava nas margens do rio Tigre, apareceu-lhe o Arcanjo S. Gabriel a anunciar-lhe que as suas preces iam ser ouvidas. Mas, acrescentou que o Anjo protetor da Pérsia não acedia a deixar partir os Hebreus em liberdade, opunha-se mesmo a isso. “O Príncipe do reino da Pérsia resistiu-me durante 21 dias” (Dn. 10, 13); e a ele se aliara, pouco antes, o anjo protetor da Grécia (cfr. Dn. 10, 23). Não obstante, muito em breve Gabriel combateria esta resistência, fortalecido desta vez pelo apoio de Miguel: “Para tal empresa ninguém virá em meu auxílio, exceto o vosso chefe Miguel” (Dn. 10. 20-21).

Anjo da Guarda do Chile

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