Aproveitemos bem o nosso tempo. "Que fazeis?"
O Anjo disse às crianças em Fátima: "Que fazeis?", não porque não o soubesse, mas para lhes deixar claro a distância existente entre o espírito do mundo e o da fé, e para nos mostrar com que leviandade dissipamos o nosso tempo, ou melhor, a nossa vida com coisas superficiais. Naquela época, as brincadeiras das crianças eram um passatempo inocente, ao contrário dos programas atuais que envenenam as almas das nossas crianças. Ah, se fosse possível que o Anjo as arrancasse do seu escurecimento causado pela TV com as penetrantes palavras: "Que fazeis?". O Anjo não vê apenas o que elas e nós fazemos; vê igualmente o estado assustador de todo o mundo onde diariamente morrem centenas de milhares de pessoas. Porque larga é a porta e quão apertado é o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele" (Mt 7,13).
Algum tempo depois Nossa Senhora apresentou às crianças uma visão do inferno, acerca da qual afirmou: "Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, DEUS quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz" (Julho de 1917).
"Que fazeis? Orai, orai muito. Os Corações Santíssimos de JESUS e MARIA têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente, ao Altíssimo, orações e sacrifícios".
O Anjo exorta as crianças a "Orarem muito".
Pedagogicamente isso é importante. Lembremos que a oração é a expressão do nosso amor a DEUS e ao próximo. Deveria ser toda a nossa alegria. O nosso amor deveria ir ao extremo: com todo o nosso coração, toda a nossa alma e com todas as nossas forças. Entretanto, o que cada um entende por "Orar muito" está de acordo com a medida de amor do seu coração. Se cada um de nós orasse muito, certamente a medida do amor cresceria, e se cada um de nós amasse muito, por sua vez, a medida de oração aumentaria igualmente. Na medida que crescem o amor e a oração, crescem a paz e a alegria. Pelo contrário, não nos deve admirar que diante de tão escassas orações de tantos que não rezam com o coração, "resfriará a caridade da maioria" (Mt 24, 12) e a paz desaparecerá da terra.(Santinho 1)
O pensamento nos infinitos sofrimentos do inferno comoveram profundamente o coração de Jacinta. Lúcia foi a sua "catequista". À pergunta de Jacinta, "Aquela Senhora disse que muitas almas vão para o inferno. Mas o que é o inferno? - A Lúcia esclareceu: "É uma cova de bichos e uma fogueira muito grande (assim mo explicava minha Mãe) e vai para lá quem faz pecados e não se confessa e fica lá sempre a arder.
Jacinta: E nunca mais de lá sai?
Lúcia: Não.
Jacinta: E depois de muitos, muitos anos?!
Lúcia: Não, o inferno nunca acaba. E o Céu também não. Quem vai para o Céu nunca mais de lá sai. E quem vai para o inferno também não. Não vês que são eternos, que nunca acabam?
O que mais impressionou a Jacinta foi o facto de o inferno ser eterno. Cada alma faz com que mereça uma eternidade de sofrimento e ódio. Tal verdade parece não mais impressionar ninguém, pois o mundo está tomado pelo que é temporal. É por isso que o Anjo exclamou: "Que fazeis?"
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