Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

sábado, 28 de dezembro de 2013

A Sagrada Família de Nazaré


Deus Pai, quando quis nos seus eternos desígnios salvar o mundo que caíra numa situação lastimável por causa do pecado, resolveu começar essa obra de salvação enviando o Seu Filho ao mundo para nascer no seio de uma família, muito embora marcada e predestinada para uma tarefa e missão providencial na História da salvação, e desse modo, santificar toda a realidade humana que constitui a família formada por homem e mulher; portanto, Jesus, o Filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo no seio puríssimo da Santíssima Virgem, abençoa pela Sua presença o ambiente familiar.
Nesta santa família, São José era o pai e o chefe, e a ele cabia evidentemente a tarefa de cuidar da manutenção e sustento de sua Santa esposa e do seu Filho adotivo, e para isso desenvolvia a sua atividade de carpinteiro, e desse modo, com o suor do seu rosto garantia o necessário para a vida dos seus.
A esse homem extraordinário, foi revelado em situações críticas, e de modo singular o que devia fazer para proteger o Menino Jesus e sua Mãe. E para isso Deus enviou em várias circunstâncias os celestes mensageiros, os Santos Anjos, para indicar-lhe como proceder. Foi a ele por exemplo, que foi dito pelo Santo Anjo, o nome que devia colocar na criança que iria nascer: "...por-lhe-ás o nome de Jesus...", e também recebeu as orientações necessárias para proteger a vida do Filho quando esta estava ameaçada pela inveja de Herodes. "...Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito...", e mais tarde, quando o perigo desaparece - "levanta-te, toma o menino e volta para a tua pátria. Não vás a Belém, mas a Nazaré."
Com relação a Nossa Senhora, acreditamos juntamente com o bem-aventurado José Maria Escrivá de Balaguer, que no seu livro: "É Cristo que passa", escreve o seguinte sobre a vida de Nossa Senhora: "A quase totalidade dos dias que Nossa Senhora passou na terra decorreram de forma muito parecida a de milhões de outras mulheres, ocupadas em cuidar da família, em educar os filhos, em levar a cabo as tarefas do lar. Maria santifica as coisas mais pequenas, aquelas que muitos consideram erroneamente como intranscedentes e sem valor: o trabalho de cada dia, os pormenores de atenção com as pessoas queridas, as conversas e visitas por motivo de parentesco ou de amizade. Ó bendita normalidade que pode estar repassada de tanto amor a Deus!"
Quantas e quantas vezes, nós, nas nossas ocupações e afazeres de cada dia, jogamos fora grandes quantidades de "ouro em pó" espiritual, pelo fato de não sabermos aproveitar de tudo aquilo que fazemos, que sofremos, das pequenas e grandes ocasiões de sofrimentos ou aborrecimentos que poderíamos oferecer a Deus em união com os merecimentos da Paixão do Seu Filho Jesus Cristo, por meio das mãos imaculadas de Maria Santíssima, e desse modo, todas essas aparentes pequenas coisas tomariam grande valor diante de Deus, redundando para Sua maior gloria, para nossa santificação e o bem do próximo. E toda essa grande realidade do nosso cotidiano pode e deve ser redimensionada para o alto, para cima, para Deus.
E para que isso aconteça, basta que nos unamos mais a Deus por meio de uma vida mais intensa de oração, que vivamos mais conscientemente na Sua santa presença, e que durante o nosso dia, renovemos a nossa entrega a Ele, e tenhamos a intenção firme de tudo fazermos para a Sua maior honra e glória. E nessa tarefa tão importante e preciosa de nossa vida, tem um papel de colaboração singular, a figura do nosso querido Santo Anjo da Guarda, e na medida mesma em que nos abrimos à sua influência ele nos ajudará muitíssimo a fazermos da nossa vida um grande "louvor de glória" ao Senhor de todas as coisas.
"Entre José e a Santíssima Virgem havia carinho santo, espírito de serviço e compreensão. Assim é a família de Jesus: sagrada, santa, exemplar, modelo de virtudes humanas, disposta a cumprir com exatidão a Vontade de Deus. O lar cristão deve ser imitação do lar de Nazaré: um lugar onde Deus caiba plenamente e possa estar no centro do amor entre todos."
Na família cristã, os pais devem ser os primeiros mestres e educadores para Deus, para a Fé, não somente por meio da palavra, mas sobretudo por meio do exemplo, que fala muito alto diante dos filhos, como também diante da comunidade cristã na qual a família está inserida. A exemplo da Sagrada Família, toda família cristã deve ser um lugar de piedade e de oração, onde as coisas de Deus são respeitadas e levadas muito a sério.
Ao pensarem e meditarem nestes fatos da vida da Sagrada Família de Nazaré, podem recordar-se das palavras do Papa Paulo VI, citadas pelo Santo Padre João Paulo II no Documento Familiaris Consortio n. 60 quando diz: "Vocês ensinam às suas crianças as orações do cristão? Preparam os seus filhos de comum acordo com os sacerdotes para os Sacramentos da primeira idade: confissão, comunhão, crisma? Acostumam-nos, se estão doentes a pensar em Cristo que sofre, a invocar a ajuda de Nossa Senhora e dos santos? Recitam o terço em família? Também rezam com os seus filhos, com toda a comunidade doméstica, ao menos de vez em quando? O exemplo que derem de retidão de pensamento e de ação, apoiado em alguma oração em comum, valerá por uma lição de vida, valerá por um ato de culto de mérito singular. Vocês levam desse modo a paz ao interior dos muros domésticos: Lembrem-se de que assim edificam a Igreja."

ORAÇÃO
"Visitai, Senhor, esta casa, e afastai as ciladas do inimigo; nela habitem vossos Santos Anjos, para nos guardar na paz, e a Vossa Benção fique sempre conosco. Por Cristo, nosso Senhor" (Oração das Completas do Domingo depois das I Vésperas).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Santo Anjo da Guarda nossa companhia.