Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

DEUS RECONCILIOU O MUNDO CONSIGO E CRIOU AMIZADE DOS ANJOS COM OS HOMENS.

A vinda de Cristo em forma humana mudou a relação entre Anjos e homens. A partir da gruta em Belém, os Anjos ficarão na terra com os homens, acompanhando e servindo a nosso Senhor.



O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir. Por isso, também os Anjos se dispõem a servir e seguir ao Senhor na Sua humilhação. Orígenes escreve sobre isto: "Os céus se abriram (Ez 1,1). Não era suficiente que um céu se abrisse, vários céus se abriram, os Anjos desciam para aqueles que deveriam ser salvos. Eles não desciam dum céu mas de todos os céus... Quando eles viram Cristo na terra, o verdadeiro Príncipe dos Anjos, eles desciam diretamente do céu para seguir ao seu Senhor e obedecer a Sua vontade, enquanto eles servem ao Filho de Deus... dizendo: 'Se Ele desce do céu, Se veste com esta carne mortal, sofre na cruz e morre pelos homens, como nós podemos estar tranqüilos e querer cuidar de nós mesmos?' Vinde todos os Anjos, descei do céu!" (Homilias a Ezequiel, 1,7).

A Cruz é símbolo do amor misericordioso de Deus, e a paz está chegando, pois escreve São Paulo: "Deus reconciliou o mundo conSigo... pelo Sangue da Sua Cruz" (Col 1,20). De fato, os Padres da Igreja e a Liturgia, viram no cântico dos Anjos e no anúncio aos pastores durante a Noite de Natal o começo duma nova era de fraternidade entre todas as criaturas dotadas de inteligência.

Temos um exemplo de São Germano, dirigindo-se a Nossa Senhora: "Logo depois do teu parto, os exércitos dos Anjos do ministério celeste saíram e cantaram hinos ao Deus por ti concebido, e quando eles anunciaram que a glória nas alturas se consumira, declararam que à terra havia chegado a paz", e que a partir de então não haverá mais "inimizade, por causa do muro de separação entre os homens e os Anjos, entre o céu e a terra, mas a partir de agora começa-se a construir uma comunicação unânime entre as duas partes. Dos Anjos, como também dos homens, foi oferecido a mesma adequada glorificação do único Deus... Agora, com a aparição do Filho de Deus na terra, os céus e a terra se uniram, os Anjos desceram até o gênero humano e os homens foram elevados à mesma glorificação celeste do único DEUS" (Serm. I in dormitione B.M.V.).

E São João Crisóstomo escreve: os espíritos celestes "desde o nascimento do Salvador, já não desapreciaram aos homens, mas os consideraram como companheiros e codignatários seus" (In Epist. ad Col. hom. 3,4). Esta é a Boa Nova, o Evangelho: "Deus na terra, o homem no céu, e tudo fica unificado entre si. A vida do céu trasladada à terra, como as potestades celestes confiantemente se relacionam conosco, e como os Anjos agora habitam continuamente no nosso mundo" (In Matth. hom. 1,2). Também uma oração do Missale gothicum para a festa de Natal, expressa bem estes pensamentos: "Deus Onipotente e Eterno, que, como uma pedra angular, pela Tua encarnação, restauraste a antiga discórdia entre Anjos e homens, causada pela transgressão junto à árvore antiga, concede aos Teus servos, os quais se alegram de ter-Te na bem-aventurança desta solenidade, como companheiro revestido da carne, que sejam conduzidos à união com os habitantes celestes, sobre os quais Tu colocaste Teu Corpo que assumiste".

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