Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

História do Santo Anjo

A boneca com os olhos furados
Ganhara, em uma rifa, uma grande boneca, tão grande que quase não a podia segurar e, por isso, mamãe não deixava que eu brincasse com ela com receio de que eu a quebrasse. A boneca sempre estava no sofá da sala de visitas. Aquela boneca era para mim um tesouro. Abrria e fechava os olhos azuis e, se a gente puxasse a cordinha que ela tinha nas costas, dizia: "Papai! Mamãe!" Acácia sempre me levava à sala para eu poder brincar com a minha boneca, sob seus cuidados. Minha maninha Adayl era bem pequenina, mal caminhava.
Certa vez, encontrando ela a porta aberta, lá penetrou e dirigindo-se ao sofá, puxou a boneca para si. Como não a quebrou não sei, sei apenas que ela fora encontrada lá com a boneca. Voltando para casa, Conceição me disse para ir a sala ver sua boneca porque a Lilinha tinha mexido nela. Corri para a sala e encontro minha bonecaa deitada no sofá, e, em vez de seus lindos olhos azuis, com longas pestanas, dois feios buracos. Adayl havia afundado os olhos com os seus dedinhos.
Ao deparar com a cena, fico, no primeiro momento petrificada; vem-me, porém, logo a reação e, numa violenta indignação saltam-me as lárimas em borbotões, pensando ao mesmo tempo: "Vou trazer aquela má aqui e mostrar-lhe a minha boneca e dar-lhe uma porção de palmadas". E saio a correr. Não chego a alcançar a porta, pois sinto a santa mão do meu Novo Amigo (não sei se posso falar assim) que me impedia de caminhar. Ergo a cabeça, como costumava, e percebo o seu santo rosto a olhar-me com tristeza, e logo, como ouvindo claramente sua voz, reconheço: " Lilinha cometeu uma maldade sem o saber, e eu quero dar nela porque estou com raiva". Fiquei comovida e chorei mais, porém agora não de raiva, e sim porque outra vez entristecera meu Novo Amigo, e, sabia-o, se ele estava triste, o bom Jesus também.

Ah! eis que seu santo rosto já não estava mais triste! E minha alegria foi maior, muito maior do que o pesar que tivera ao comtemplar minha boneca. Meu muito amado Novo Amigo, mais uma vez: muito obrigada! Neste momento reconheço que me impedes de de praticar a mesquinha vingança.
                                                                    - Vi o meu Anjo - Autobiografia. Cecy Cony.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Santo Anjo da Guarda nossa companhia.