"Vou enviar um anjo à tua frente para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que preparei para ti. Está sempre vigilante na sua presença, e escuta o que ele te disser. Não lhe desobedeças... o meu anjo caminhará à tua frente"(Ex 23, 20-23)
Deus fez uma aliança com o seu povo, que tinha libertado da escravidão no Egipto para o deserto. Este povo ainda não se tinha formado como nação. Na antiguidade, o termo 'nação' aplicava-se àqueles que tinham as suas próprias divindades, santuários, ritos religiosos, sacerdotes e legislação. Ao fazer a aliança, os filhos de Jacob, ou seja os clãs descendentes dos seus dozes filhos, transformaram-se numa nação - Israel. Eles adoravam o Deus da criação do mundo, o Deus que no princípio tinha criado os céus e a terra (Gn 1,1). O povo recebeu um santuário sob a forma de uma tenda que abrigava a Arca da Aliança, um altar e regras que diziam respeito à liturgia, que era celebrada por sacerdotes. As leis foram feitas com base nos Dez Mandamentos e o povo dirigiu-se para a Terra Prometida.
Deus nomeou um anjo para os guiar, ajudar e proteger, ao longo do caminho. Pode dizer-se que era o anjo da sua nação; cada nação tinha um. O povo de Israel era Miguel, aquele que se assemelha a Deus, como diria o profeta Daniel. Pode ter sido o Arcanjo Miguel aquele que pouco antes da batalha de Jericó apareceu a Josué naa figura de um homem de pé, segurando na mão uma espada desembainhada. Ele apresentou-se como um dos princípes do exército do Senhor (Js 5, 13-14).
Mas o anjo não lutou ao lado de Israel. O desejo de Deus era que o seu povo soubesse de onde lhe vinha a força e quem é o que faria vitorioso. Os muros de Jericó caíram quando a Arca da Aliança foi transportada à volta da cidade, com os sacerdotes a tocar trombetas. Uma vitória destas não se repetiria no futuro. Deus tencionava mostrar o poder dos Dez Mandamentos, que estavam gravados nas placas de pedra dentro da Arca. Vencer a guerra é mais importante que vencer batalhas.
Foi muito importante Deus ter enviado um anjo da guarda para acompanhar Israel apenas depois de ter dado Moisés as Tábuas da Lei. A intenção era alertá-los para o tipo de viagem que estavam a iniciar. Era uma jornada para a vida (Dt 30, 15-20).
Fonte: Os Anjo - Zenon Ziólkowski
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Santo Anjo da Guarda nossa companhia.