NOSSA MÃE NA ETERNIDADE
A Maternidade de Maria completa-se no Calvário (cfr. Jo. 19, 25-27), quando aí recebe todos os membros da Igreja, como filhos. Tal ação maternal perpetua-se na eternidade, mesmo após a Sua Assunção. E isto que declara o Concílio Vaticano II: "Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na Anunciação e que manteve inabalável junto à Cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos. De fato, depois de elevada ao Céu, não abandonou esta missão salvadora, mas com a Sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna (...). Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira" (LG 62).
"Por isso, peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós irmãos, que rogueis por mim, a Deus nosso Senhor".
Em toda e qualquer oração que fazemos é o "Espírito Santo que nos une à Pessoa do Filho único, na Sua humanidade glorificada. E por ela e nela que a nossa oração filial comunga, na Igreja, com a Mãe de Jesus" (Cat. Ig. Cat. n° 2673), como mostra claramente a presença de Maria no meio dos apóstolos à espera do Pentecostes (cfr. Act. 1, 14).
"Foi a partir desta singular cooperação de Maria com a acção do Espírito Santo que as Igrejas desenvolveram a oração à Santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo, manifestada nos Seus mistérios. Nos inúmeros hinos em que esta oração se exprime, alternam habitualmente dois movimentos:
- um "magnifica" o Senhor pelas "grandes coisas" que fez pela Sua humilde Serva e, através d 'Ela, por todos os seres humanos" (cfr. Lc. 1, 46-55).
- O outro confia à Mãe de Jesus as súplicas e louvores dos filhos de Deus, pois Ela agora conhece a humanidade que n'Ela foi desposada pelo Filho de Deus" (Cat. Ig. Cat. n° 2675).
"Este duplo movimento de oração a Nossa Senhora encontra expressão privilegiada na oração da "AVE MARIA".
"Avé Maria": a saudação do Anjo Gabriel abre esta oração. É o próprio Deus que, por intermédio do Seu Anjo, saúda Maria.
"Cheia de Graça, o Senhor é conVosco": as duas palavras da saudação do Anjo esclarecem-se mutuamente. Maria é cheia de graça, porque o Senhor está com Ela. A graça de que Ela é cumulada é a presença d 'Aquele que é a fonte de toda a graça. "Solta brados de alegria (...) filha de Jerusalém (...); o Senhor teu Deus está no meio de ti" (Sof. 3, 14.17a ). Maria, em quem o próprio Senhor vem habitar, é em pessoa a filha de Sião, a arca da aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor: é "a morada de Deus com os homens" (Ap. 21 ,3). "Cheia de graça", Ela dá-Se toda Aquele que n'Ela vem habitar e que Ela vai dar ao mundo" (Cat. Ig. Cat. n° 2676).
Também nós, muitas vezes, com o nosso Anjo, digamos: AVÉ MARIA!
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