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Blog Santo Anjo da Guarda

sábado, 3 de novembro de 2012

A sua vitória sobre os espíritos malignos


Os demônios que nele reconheceram um possível adversário muito perigoso, oprimiam-no de todas as maneiras. Começaram por perturbá-lo com pensamentos da riqueza distribuída ("A avareza é a raiz de todo o mal"). A seguir inquietaram-no com a preocupação pela sua irmã e com pensamentos de vanglória e de comodidade. Vendo que tudo isto em nada desviava o jovem do caminho escolhido, tentaram-no com fantasias sobre a dureza de uma vida virtuosa e abnegada, não deixando de aludir à fraqueza física e à duração de tal penitência (cf. Santo Atanásio, Vida de Santo Antão, cap. 5). O inimigo, forçado a fugir por causa da constância do Santo, pegou em armas mais fortes e voltou a perturbá-lo dia e noite com tentações sensuais. Encontrando-se numa luta semelhante, o Pe. Pio declarou: "Por todo o género de imagens enganadoras, o inimigo procura fazer penetrar no meu coração pensamentos impuros e desespero" (Cartas I,33). "O demônio não cessa de me insuflar os seus argumentos, e o que é ainda mais doloroso é que me inspira constantemente pensamentos de grande desalento" (Cartas I,87). Foi pela oração, pelo jejum e pela meditação da Paixão de CRISTO e dos tormentos do inferno, que Santo Antão repeliu os ataques do diabo: Pela graça de DEUS sou o que sou! (1 Cor 15,10). Depois destas seduções, o tentador procurou vencê-lo com a lisonja e a ambição. Mas Santo Antão também a isto reagiu humilhando-se: O Senhor é para mim ajuda válida, verei humilhado o meu inimigo (Sl 118,7).
Mesmo depois estas vitórias, Antão não afrouxou na oração e na disciplina. Antes se impôs um jejum mais rigoroso e penitências mais duras. Nem teve medo de enfraquecer o seu corpo, sabendo que quando me sinto fraco, então é que sou forte (2 Cor 12,10).
"O maligno não aguentou mais essa resistência, receando que Antão em breve enchesse todo o deserto com a sua ascese. Por isso, uma noite, foi ter com ele levando consigo todo um exército de demónios, que bateram tão fortemente no santo que este, emudecido pela dor, ficou caído por terra" (Atanásio, Vida de Santo Antão, cap.8). Por intervenção divina chegaram uns amigos que levaram o ferido consigo para a cidade e cuidaram dele. Mas acordando por volta da meia-noite, Antão suplicou aos seus amigos que o levassem novamente para a sua cela no deserto.
De novo já lá sozinho, começou a rezar e, embora não conseguisse aguentar-se de pé, desafiou os demônios gritando: "Aqui estou de novo, eu, Antão; não receio os vossos golpes; mesmo se vierdes para me atormentar mais, nada me separará do amor de CRISTO (cf. Rom 8,25). A seguir entoou o Salmo: 'Ainda que um exército acampe contra mim, o meu coração não temerá' (27,3)" (ibid. cap. 9). Seguiu-se então uma noite cheia de um barulho infernal e os demónios torturaram-no de todas as maneiras possíveis, aparecendo-lhe em figura de vários animais horríveis. Mas Antão, que pusera toda a sua confiança no Senhor, saiu vitorioso daquela batalha. Por fim, DEUS inundou-o da Sua luz; os demónios fugiram e a dor foi aliviada. "'Onde estáveis? Porque não viestes no início para pôr fim aos meus tormentos?' perguntou o Santo. Uma voz respondeu-lhe: 'Antão, Eu estava aqui, mas esperei para ver como lutavas. Porque venceste sem seres derrotado, ajudar-te-ei sempre e espalharei a tua fama por toda a parte'" (ibid. cap. 10).


Fonte: Obra dos Santos Anjos

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