Ao longo dos séculos, os fiéis traduziram em expressões de piedade as convicções da fé a respeito do ministério dos Anjos: os assumiram como patronos de cidades e protetores de corporações; em honra deles edificaram famosos santuários, como Mont Saint-Michel na Normandia, san Michele della Chiusa no Piemonte e san Michele al Gargano na Puglia, e estabeleceram dias festivos; compuseram hinos e práticas de piedade.
De modo particular, a piedade popular desenvolveu a devoção ao Anjo da Guarda. São Basílio Magno (1379) já ensinava que "todo fiel tem ao seu lado um Anjo como protetor e pastor, a fim de conduzi-lo à vida" [S. BASÍLIO DE CESARÉIA, Adversus Eunomium, III, 1: PG 29, 656].
Essa antiga doutrina foi pouco a pouco se consolidando em seus fundamentos bíblicos e patrísticos, e deu origem a várias expressões de piedade, até encontrar em são Bernardo de Claraval († 1153) um grande mestre e um apóstolo insigne da devoção aos Anjos da Guarda. Para ele, esses Anjos são demonstração de "que o céu não descuida de nada que possa ser de ajuda" e, por isso, coloca "ao nosso lado esses espíritos celestes a fim de que nos protejam, nos instruam e nos guiem" [S. BERNARDO DE CLARAVAL,Sermo XII in Psalmum "Qui habitat", 3, In: Sancti Bernardi Opera. Romae, Editiones Cistercienses, IV, 1966, p. 459].
A devoção aos Anjos da Guarda dá também lugar a um estilo de vida caracterizado por:
• devota gratidão a Deus, que colocou a serviço dos homens espíritos de tão grande santidade e dignidade;
• atitude de compostura e piedade, provocada pela consciência de estar constantemente na presença dos santos Anjos;
• serena confiança no enfrentamento de situações até difíceis, porque o Senhor guia e assiste o fiel no caminho da justiça até mesmo através do ministério dos Anjos.
DIRETÓRIO SOBRE PIEDADE POPULAR E LITURGIA, 216
Fonte: Opus Sanctorum Angelorum
Fonte: Opus Sanctorum Angelorum
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Santo Anjo da Guarda nossa companhia.