Nesta semana, dia 28 de janeiro para ser preciso, a Igreja celebrou Santo Tomás de Aquino, também chamado Doctor Angelicus, não somente por ter ele escrito mais e melhor do que qualquer outro sobre o mundo Angélico, mas também por suas virtudes, em particular a sublimidade de seu pensamento e a pureza de sua vida.
O dom que é para a Igreja a figura e o ensinamento desse grande santo! O Beato Papa João Paulo II, em sua encíclica Fides et ratio, lembra-nos que São Tomás “sempre foi proposto pela Igreja como mestre do pensamento e modelo do modo certo de fazer teologia” (n. 43).
Os últimos meses da vida terrena de Santo Tomás permanecem rodeados de uma atmosfera mística e misteriosa. Em dezembro de 1273, chamou seu amigo e secretário Reginaldo para comunicar-lhe sua decisão de interromper todo o trabalho, porque durante a celebração da Missa havia compreendido, a partir de uma revelação sobrenatural, que tudo que ele tinha escrito até então era apenas “um montão de palha”.
É um episódio misterioso que nos ajuda compreender não apenas a humildade pessoal de Santo Tomás, mas também o fato de que tudo aquilo que chegamos a pensar e a dizer sobre a fé, por mais elevado e puro que seja, é infinitamente superado pela grandeza e pela beleza de Deus, que nos será revelada em plenitude no Paraíso.
Um mês depois, cada vez mais absorto em uma meditação, Santo Tomás morreu enquanto estava de viagem para Lyon, aonde ia para participar do Concílio Ecumênico proclamado pelo Papa Gregório X.
A vida e o ensinamento de São Tomás de Aquino poderia se resumir em um episódio apanhado pelos biógrafos antigos. Enquanto o santo, como era seu costume, estava em oração perante o crucifixo, pelo início da manhã na Capela de São Nicolau, em Nápoles, o sacristão da igreja, ouviu desenvolver-se um diálogo:
Santo Tomás perguntava preocupado ao Crucificado, se o que havia escrito sobre os mistérios da fé cristã estava correto. E o Crucifixo respondeu: “Tu tens falado bem de mim, Tomás. Que queres como recompensa?”. E a resposta que Tomás deu é a que nós também, amigos e discípulos de Jesus, sempre queremos dizer: “Nada mais que Tu, Senhor”
Fonte: Opus Sanctorum Angelorum
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