A liberdade é uma característica pela qual as pessoas ou seres espirituais mais se assemelham a Deus. Logo, quanto mais uma criatura está perto de Deus, tanto mais livre ela é, e tanto menos é escrava de instintos ou paixões. O Catecismo ensina: “Os Anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu destino último por opção livre e amor preferencial.” E continua a dizer: “Podem, no entanto, desviar-se. E, de fato, pecaram. E... Deus... permite-o, respeitando a liberdade da sua criatura” (1).
É um fato da própria natureza dos seres espirituais: Todos os seres que possuem intelecto também possuem uma vontade, com a qual podem livremente dizer sim ou não àquilo que conhecem pelo seu intelecto. Eis o que diz S. Tomás: “Onde houver intelecto haverá livre arbítrio” (2). Assim também se entende por que Deus não quer que haja ao Seu redor pessoas coagidas e desgostosas, por não poderem escolher livremente estar ou não estar junto d’Ele.
Deus jamais obriga alguém à felicidade — este é o lado terrível da liberdade das criaturas racionais: Deus permite que se decidam por si mesmas sobre a sua perpétua felicidade ou perpétua infelicidade (3).
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1. 55 CIC 311; cf. 1707.
2. S. Tomás, S.Th. I, 59, 3.
3. Cf. Sl 102(103), 20-21; 2Pd 2, 11.
Fonte: Opus Sanctorum Angelorum
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