Em união com todos os Santos Anjos

"Sanctus, Sanctus, Sanctus. Dóminus, Deus Sábaoth Pleni sunt caeli et terra Glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit In nómine Dómini, Hosánna in excélsis.

Blog Santo Anjo da Guarda

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo

Sempre que começa um ano novo, nós também criamos uma expectativa nova.
Queremos limpar as gavetas, acertar as contas, colocar tudo em dia, mas é preciso também acertar a nossa vida espiritual, acertar a nossa alma, começar uma vida nova, em Deus, deixando o pecado para trás, deixando para trás aquilo que não é de Deus, porque assim a gente começa a ter a paz, a alegria. Quem vive a virtude encontra a felicidade!


No 1° dia de janeiro a Igreja Católica celebra a festa da maternidade de nossa Senhora. É uma festa dedicada a Santa Mãe de Deus, daquela que veio ao mundo para fazer a vontade, sendo em tudo exemplo para cada um nós. Que benção poder iniciar o ano com essa festa!

Então com o nosso Santo Anjo da Guarda possamos arrumar a nossa vida e recomeçar.
Feliz Ano Novo
Glückliches Neues Jahr
Nytar
Feliz Año Nuevo
Felicigan Novan Jaron
Heureuse Nouvelle Année
Feliz Aninovo
Shaná Tová
Happy New Year
Felice Nuovo Anno
Akemashite Omedetou Gozaimasu

Oração


Oração ao Menino Jesus


                                                       SANTA TERESINHA AO MENINO JESUS

Oh, pequeno Menino Jesus, meu Único tesouro! Abandono-me aos teus divinos caprichos. Não quero outra alegria, senão a te fazer sorrir. Imprime em mim tuas gracas e virtudes infantis, a fim de que, no dia de meu nascimento para o Céu, os Anjos e os Santos reconheçam em tua pequena esposa: Teresa DO MENINO JESUS.


domingo, 29 de dezembro de 2013

Dica de livro

Um Anjo para mim de Maria Stella Salvador


"Eis um livro que, ao primeiro olhar, parece  ser ' mais um livro sobre os santos anjos'.
Eis o valor do livro presente. Não é tanto um 'catecismo' sobre o anjo e a sua missão na nossa vida, mas o anjo que se apresenta como um 'mestre de vida espiritual' ou como 'um mestre de noviciado' ... a missão essencial do anjo da guarda, se apresenta neste livro por meio de muitas meditações acerca das virtudes a praticar e dos vícios a vencer no dia-a-dia. Este livro será um tesouro para aquelas almas que buscam esta meta com sinceridade." - Pe.William Wagner, ORC




Sinopse
Este livro é uma ajuda para a vida espiritual em geral, de uma maneira saborosa, a fim de que produza frutos bons na vida do leitor. Um livro devocional que conduz à meditação sobre a presença e influência dos anjos no nosso quotidiano. Um livro amplo, que aborda diversas temáticas relacionadas com os anjos e se baseia fortemente nos textos bíblicos. Contém também leituras recomendadas da Bíblia.
Este livro será um tesouro para aquelas almas que buscam esta meta com sinceridade.
Ficha Técnica 

Título: Um anjo para mim 
Autor: Maria Stella Salvador 
Coleção: Espiritualidade 
Secção: Temas de Fé 
Formato: 11 cm x 17 cm 
Páginas: 280 
Editora: Paulus Editora 
ISBN: 9789723013238



Testemunho de uma convivência com o Santo Anjo



Numa situação muito grave, ajudou-me o Anjo de maneira evidente (a narradora e o seu esposo já faleceram). Depois da Segunda Guerra Mundial, cedi um quarto da casa a uma jovem que trabalhava como revisora de comboio, pela insignificante quantia de 10 DM por mês. O meu marido conseguiu-lhe a colocação mais rentável de supervisora da guarda prisional, onde ele mesmo estava empregado, na seção de pesquisa biológico-criminal.

A jovem veio-me causar uma enorme aflição. Sem eu ter notado, aproximou-se ardilosamente do meu esposo, de disposição branda e doente dos pulmões. Estranhava apenas que para comigo se tivesse tornado irritadiço e brusco.

Certo dia o meu marido teve a coragem de me dizer claramente o que se passava: "Por favor, não me deixes a sós com ela - rematou ele - A.R.B. é mais forte que eu. Ela domina-me completamente". Foi um choque tremendo para mim. "Em que ocasião?" - perguntei. "Por exemplo, quando vais à igreja, outras vezes, à tarde, quando sais para ir às compras". O meu marido saía do serviço às 16h, e, por estar adoentado, precisava logo de repousar.

Ciente do caso, fiquei à sua cabeceira com um trabalho de croché. Ela espreitou, mas vendo-me, desapareceu. O corredor separava o quarto dela do nosso. O meu marido fez-me prometer que eu não levantaria a voz contra ela, para que não percebesse que eu sabia do assunto. Foi a situação mais difícil que me foi pedida na nossa união conjugal. Com que íntima insistência supliquei ao meu Anjo da Guarda e ao dela, que a movesse a resolver-se ir embora. Se eu a demitisse, poria em jogo a boa fama do meu esposo.
Foi uma luta pavorosa: ter ainda frente a frente essa criatura à mesa e em minha casa, durante mais meio ano. Só mesmo a diária e insistente oração ao Santo Anjo me deu força para tal Cruz. E, realmente, os anjos ajudaram: a jovem espontaneamente retirou-se em paz. Tempos depois, casou-se com um sargento da polícia. Dura provação. Possivelmente ter-me-ia arrasado completamente se não fosse a presença do Anjo que me dava ânimo e esperança. A ele a minha mais profunda gratidão!

Fonte: Obra dos Santos Anjos

sábado, 28 de dezembro de 2013

O QUE SIGNIFICA A CONSAGRAÇÃO AOS SANTOS ANJOS?



A consagração aos Santos Anjos é uma aliança. Fundamenta-se naquela comunhão com os Santos Anjos que é realizada implicitamente no Batismo, e é confirmada por meio de uma consagração particular, de modo consciente e explícito. O homem confia-se, em amor fraterno, aos Santos Anjos quais irmãos inteiramente santos, já definitivamente unidos a Deus, e cosservos diante de Deus (cf. Ap 19,10; 22,9). Com isso abre-se voluntariamente à sua ação auxiliadora. Ao mesmo tempo, o homem compromete-se a ouvir e obedecer suas advertências (cf. Ex 23,21), que sempre têm como fim a glorificação de Deus e o cumprimento da Sua vontade. Ele aspira a uma íntima colaboração com eles, para a extensão e defesa do Reino de Deus na terra, e a uma vida o quanto possível perfeita como membro vivo da Santa Igreja.



Fonte: Opus Sanctorum Angelorum

A Sagrada Família de Nazaré


Deus Pai, quando quis nos seus eternos desígnios salvar o mundo que caíra numa situação lastimável por causa do pecado, resolveu começar essa obra de salvação enviando o Seu Filho ao mundo para nascer no seio de uma família, muito embora marcada e predestinada para uma tarefa e missão providencial na História da salvação, e desse modo, santificar toda a realidade humana que constitui a família formada por homem e mulher; portanto, Jesus, o Filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo no seio puríssimo da Santíssima Virgem, abençoa pela Sua presença o ambiente familiar.
Nesta santa família, São José era o pai e o chefe, e a ele cabia evidentemente a tarefa de cuidar da manutenção e sustento de sua Santa esposa e do seu Filho adotivo, e para isso desenvolvia a sua atividade de carpinteiro, e desse modo, com o suor do seu rosto garantia o necessário para a vida dos seus.
A esse homem extraordinário, foi revelado em situações críticas, e de modo singular o que devia fazer para proteger o Menino Jesus e sua Mãe. E para isso Deus enviou em várias circunstâncias os celestes mensageiros, os Santos Anjos, para indicar-lhe como proceder. Foi a ele por exemplo, que foi dito pelo Santo Anjo, o nome que devia colocar na criança que iria nascer: "...por-lhe-ás o nome de Jesus...", e também recebeu as orientações necessárias para proteger a vida do Filho quando esta estava ameaçada pela inveja de Herodes. "...Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito...", e mais tarde, quando o perigo desaparece - "levanta-te, toma o menino e volta para a tua pátria. Não vás a Belém, mas a Nazaré."
Com relação a Nossa Senhora, acreditamos juntamente com o bem-aventurado José Maria Escrivá de Balaguer, que no seu livro: "É Cristo que passa", escreve o seguinte sobre a vida de Nossa Senhora: "A quase totalidade dos dias que Nossa Senhora passou na terra decorreram de forma muito parecida a de milhões de outras mulheres, ocupadas em cuidar da família, em educar os filhos, em levar a cabo as tarefas do lar. Maria santifica as coisas mais pequenas, aquelas que muitos consideram erroneamente como intranscedentes e sem valor: o trabalho de cada dia, os pormenores de atenção com as pessoas queridas, as conversas e visitas por motivo de parentesco ou de amizade. Ó bendita normalidade que pode estar repassada de tanto amor a Deus!"
Quantas e quantas vezes, nós, nas nossas ocupações e afazeres de cada dia, jogamos fora grandes quantidades de "ouro em pó" espiritual, pelo fato de não sabermos aproveitar de tudo aquilo que fazemos, que sofremos, das pequenas e grandes ocasiões de sofrimentos ou aborrecimentos que poderíamos oferecer a Deus em união com os merecimentos da Paixão do Seu Filho Jesus Cristo, por meio das mãos imaculadas de Maria Santíssima, e desse modo, todas essas aparentes pequenas coisas tomariam grande valor diante de Deus, redundando para Sua maior gloria, para nossa santificação e o bem do próximo. E toda essa grande realidade do nosso cotidiano pode e deve ser redimensionada para o alto, para cima, para Deus.
E para que isso aconteça, basta que nos unamos mais a Deus por meio de uma vida mais intensa de oração, que vivamos mais conscientemente na Sua santa presença, e que durante o nosso dia, renovemos a nossa entrega a Ele, e tenhamos a intenção firme de tudo fazermos para a Sua maior honra e glória. E nessa tarefa tão importante e preciosa de nossa vida, tem um papel de colaboração singular, a figura do nosso querido Santo Anjo da Guarda, e na medida mesma em que nos abrimos à sua influência ele nos ajudará muitíssimo a fazermos da nossa vida um grande "louvor de glória" ao Senhor de todas as coisas.
"Entre José e a Santíssima Virgem havia carinho santo, espírito de serviço e compreensão. Assim é a família de Jesus: sagrada, santa, exemplar, modelo de virtudes humanas, disposta a cumprir com exatidão a Vontade de Deus. O lar cristão deve ser imitação do lar de Nazaré: um lugar onde Deus caiba plenamente e possa estar no centro do amor entre todos."
Na família cristã, os pais devem ser os primeiros mestres e educadores para Deus, para a Fé, não somente por meio da palavra, mas sobretudo por meio do exemplo, que fala muito alto diante dos filhos, como também diante da comunidade cristã na qual a família está inserida. A exemplo da Sagrada Família, toda família cristã deve ser um lugar de piedade e de oração, onde as coisas de Deus são respeitadas e levadas muito a sério.
Ao pensarem e meditarem nestes fatos da vida da Sagrada Família de Nazaré, podem recordar-se das palavras do Papa Paulo VI, citadas pelo Santo Padre João Paulo II no Documento Familiaris Consortio n. 60 quando diz: "Vocês ensinam às suas crianças as orações do cristão? Preparam os seus filhos de comum acordo com os sacerdotes para os Sacramentos da primeira idade: confissão, comunhão, crisma? Acostumam-nos, se estão doentes a pensar em Cristo que sofre, a invocar a ajuda de Nossa Senhora e dos santos? Recitam o terço em família? Também rezam com os seus filhos, com toda a comunidade doméstica, ao menos de vez em quando? O exemplo que derem de retidão de pensamento e de ação, apoiado em alguma oração em comum, valerá por uma lição de vida, valerá por um ato de culto de mérito singular. Vocês levam desse modo a paz ao interior dos muros domésticos: Lembrem-se de que assim edificam a Igreja."

ORAÇÃO
"Visitai, Senhor, esta casa, e afastai as ciladas do inimigo; nela habitem vossos Santos Anjos, para nos guardar na paz, e a Vossa Benção fique sempre conosco. Por Cristo, nosso Senhor" (Oração das Completas do Domingo depois das I Vésperas).

Santos Inocentes

Após os magos do oriente adorarem o menino, eles foram orientados para retornar por outro caminho. Ao perceber que havia sido enganado, Herodes fez uma coisa muito má. Ordenou que se matasse todos os primogênitos de dois anos pra baixo. Herodes comandou um dos maiores infanticídios da história. A sua fome de poder era tanta que não pensou em mais nada. Mandou matar muitas crianças. Porém Herodes não tinha a percepção de que a sua guerra era com o Filho de Deus. Avisado em sonho, José tomou sua família e foi ao Egito. 


A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas. 

A fuga para o Egito e o massacre dos inocentes manifestam a oposição das trevas à luz: “Ele veio para o que era seu e os seus não o receberam” (Jo 1,11). Toda a vida de Cristo estará sob o signo da perseguição. Os seus compartilham com Ele esta perseguição. Sua volta do Egito lembra o Êxodo e apresenta Jesus como o libertador definitivo. (CIC§530).

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Porque o Senhor salvou os pecadores

Nos seus “Sermões sobre o Natal e a Epifania”, São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja (440-461): “Gloriava-se o demônio porque o homem, enganado por seu ardil, estava privado dos dons divi­nos e, despojado da imortalidade, encontrava-se sujeito a uma dura sentença de morte; assim, tendo um companheiro de pre­varicação, encontrava algum alívio em seus males (…).”

“Cristo nasceu de uma virgem para “ocultar ao demônio que a salvação nascera para os homens, a fim de que, ignorando a geração espiritual, não julgasse que havia nascido de modo diferente aquele que via semelhante aos outros. Notando que Sua natureza era igual a de todos, supunha que Sua origem fosse a mesma; e não percebeu que estava livre dos laços do pecado aquele que não encontrou isen­to da fraqueza dos mortais.”
“Deus não recorreu a Seu poder; mas a Sua justiça. Pois o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava com certa razão seu direito à tirania sobre os homens e oprimia com po­der não usurpado aqueles que havia seduzido, fazendo-os pas­sar voluntariamente da obediência aos mandamentos de Deus para a submissão à sua vontade. Era portanto justo que só per­desse seu domínio original sobre a humanidade sendo venci­do no próprio terreno onde vencera”.

 “Conhecendo o veneno com que corrompera a natureza humana, jamais (o demônio) jul­gou isento do pecado original aquele que, por tantos indícios, supunha ser um mortal. Obstinou-se pois o salteador imprudente e cobrador insaciável em se insurgir contra aquele que nada lhe devia; mas, ao perseguir n’Ele a falta original comum a todos os outros homens, ultrapassa os direitos em que se apoi­ava, exigindo daquele em quem não encontrou vestígio de culpa a pena devida ao pecado."

 “Fica portanto anulada a sentença (cf. Cl 2,14) do pacto mortal que ele havia maldosamente inspirado e, por ter exigido contra a justiça além do que era devido, todo o débito é cancelado. Aquele que era forte é amarrado com seus próprios laços. (…) O príncipe deste mundo é acorrentado, são-lhe tirados seus instrumentos de captura (…) a morte é destruída por outra morte, o nascimento renovado por outro nascimento, porque ao mesmo tempo a redenção põe fim a nosso cativeiro, a regeneração transforma nossa origem e a fé justifica o pecador.”
Ele veio para tirar o homem das trevas e o mundo da desgraça; Ele veio para nos devolver a vida que nunca acaba; Ele veio para dar sentido a todas as coisas.
Celebrar o seu Natal é se alegrar com sua chegada e o receber com um coração puro e disposto a fazer a sua vontade.
Professor Felipe Aquino.

Hoje a Igreja celebra São João Evangelista



O nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”: uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.


Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do trovão”.

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.

São João Evangelista, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal



"Se Cristo tiver nascido mil vezes, mas não em você, você estaria eternamente perdido". 
                                                                  - Angelus Silesius

MARIA aceitou com prontidão o Filho que o PAI lhe deu.

Amou-O de todo o coração. Acolheu-O no seio virginal sem rejeição, com um amor puro e profundo. Através de Maria chegou-nos Cristo, a fonte das graças. O Menino Jesus é o Emanuel, o Deus conosco e Nossa Senhora, a Mãe, "leva-nos pela mão ao encontro do Senhor". A Imaculada foi o Templo digno para a vinda de Cristo.


Em Maria DEUS imprimiu a marca do seu poder e do seu amor. Por isso, o Santo Arcanjo Gabriel, ao saudar Maria, mostrou muito respeito e veneração. O Filho de Maria será o próprio DEUS que é sacerdote, profeta e Rei do universo, de um reinado indestrutível e universal. Ele será a luz das nações para a iluminação dos gentios (Lc 1,27), o desejado de todos os povos (Ageu 2,8) o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1,29). Onde Cristo e Maria estão, aí está a graça e a vitória. Quem poderia descrever o progresso no bem realizado pela graça Divina até a plenitude da sua santidade? A humilde e mais alta criatura que a humanidade conhecia, é a obra mestre do supremo Artífice, um mistério de incomparável beleza espiritual. Maria é a obra mais perfeita e sublime das mãos do Criador, da oficina do Espírito Santo.

O nascimento de Jesus foi comunicado pelos Anjos de Belém aos pobres Pastores, pessoas simples da roça. Jesus não chegou aos ricos e grandes deste mundo, mas aos pequenos e humildes de coração.


Pela primeira vez na história humana os Anjos cantaram o "Glória a Deus nas alturas", uma oração que, nessa noite, a Igreja começa a cantar na liturgia do Natal.

O Glória é uma oração de louvor a Jesus no presépio, que se fez pobre por nós, ´pobre veio visitar os pobres. Humilde, deu-nos um exemplo de humildade. Santo, indicou-nos a santidade. Servo, ensinou-nos a servir aos outros.



terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Refletindo

Natal, tempo para refletimos em todas as lições desse maior acontecimento da história da humanidade, razão de nossa esperança e causa de nossa alegria: " O próprio Filho de Deus veio em carne semelhante à do pecado" (Rm 8,3) para condenar o pecado e, após tê-lo condenado, excluí-lo completamente do gênero humano.   Chamou o homem à semelhança consigo mesmo, fez dele imitador de Deus, colocou-o no caminho indicado pelo Pai, para que ele pudesse ver Deus e o oferecesse em dom ao próprio Pai" (S.Irineu).


O Natal é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou ali.  O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal de Jesus, o novo Adão.  Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e do mal.  Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas.  Esse Verbo se fez carne, incarnou-se no  puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo, e começou a seu um de nós, nosso irmão, Jesus.  Veio ensinar ao homem como ser servo de Deus.  Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance.

Estamos diante do "lugar onde tudo começou por nós e para a nossa salvação, onde tudo encontrou seu cumprimento, onde se encontraram e se cruzaram as esperanças do mundo e do coração humano com a presença de Deus". Saboreamos a alegria ao ver essa luz " que da gruta de Belém, começa a se espalhar por todo o mundo".  "Voltamos a encontrar esta disposição do coração e a tornamos nossa, naqueles que em primeiro lugar acolheram a vinda do Messias: Zacarias e Isabel, os pastores, as pessoas simples e , especialmente, Maria e José, que experimentaram em primeira pessoa o tremor, mas, sobretudo, a alegria pelo mistério deste nascimento....Temos de nos acostumar a perceber Deus.  Deus é normalmente afastado das nossas vidas, das nossas idéias, do nosso agir.  Ele veio a nós e temos de nos acostumar a estar com Deus.  E,de forma audaz, S.Irineu se atreve a dizer que Deus também tem de se acostumar a estar conosco e em nós. E que Deus talvez devesse nos acompanhar no Natal, acostumar-nos com Ele, assim como Deus tem de se acostumar conosco, com nossa pobreza e fragilidade.  A vinda do Senhor, portanto, não pode ter outro propósito além de ensinar-nos a ver e a amar os acontecimentos, o mundo e tudo que nos rodeia, com o mesmo olhar de Deus.  O Verbo que se fez Menino nos ajuda a compreender como Deus age, para que sejamos capazes de deixar-nos transformar cada vez mais pela sua bondade e pela sua infinita misericórdia". Desse modo, " o homem, que não pode ver Deus, pode ver Jesus.  E assim, vê Deus, assim começa a ver a verdade, assim começa a viver".

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Hoje a Igreja celebra o nascimento de João Batista



Evangelho (Lc 1,57-66)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. No oitavo dia foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”. Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse.
Zacarias pediu uma ta­bui­nha, e escreveu: “João é o seu nome”. No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Zacarias e São Gabriel

Zacarias, o sacerdote entra no santuário para oferecer incenso diante de Deus. Então, São Gabriel aparece para ele e anuncia o cumprimento de suas orações, o nascimento de um filho, o precursor, que deve preparar o caminho para o "Cordeiro de Deus". É a mensagem divina que Gabriel proclama. Em toda a Escritura as teofanias de Deus foram sempre acompanhados por anjos, e realmente era, através da mediação angélica (ver Isaías, Moisés, Daniel, Ezequiel, Elias, Gideão, Abraão, etc). Como São Tomás de Aquino aponta, todas as aparições angélicas levam a uma preparação para a aparição final em que o próprio Deus.
Zacarias orou e orou - agora sua oração é ouvida - e ele ainda duvidou da palavra de Gabriel. Quão débil é a oração do homem, como trêmula é nossa fé! Graças a Deus que o homem tem orado e ansiando pela vinda do Redentor. Era o anjo que orou: "Ó Senhor dos Exércitos, até quando te não tem compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá a qual tu foste indignação tinha esses 70 anos?" (Zc 1, 12) Foi o que Querubins orado e adorado dia e noite na placa propiciatório esperando, implorando e esperando a vinda do Cordeiro. Foi um anjo que disse: Eu é que "trouxe uma lembrança de suas orações antes de o Santo, ... que apresentam as orações dos santos e entrou na presença do Santo" (Tob. 12, 12.15) . No céu, um anjo oferece-se as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono de Deus (Ap 8,3) .

Os anjos são os primeiros adoradores e intercessores diante do trono de DEUS. É por isso que a Igreja deseja ter nossas vozes unidas com a deles em seu hino interminável de louvor: "Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos Exércitos, .... Bendito o que vem em nome do Senhor."

domingo, 22 de dezembro de 2013

Domingo ou fim de semana?


Para refletir.

Muito importante saber a distinção!

Ninguém desconhece, com efeito, que, num passado relativamente recente, a « santificação » do domingo era facilitada, nos países de tradição cristã, por uma ampla participação popular e, inclusive, pela organização da sociedade civil, que previa o descanso dominical como ponto indiscutível na legislação relativa às várias atividades laborativas.

Hoje, porém, mesmo nos países onde as leis sancionam o carácter festivo deste dia, a evolução das condições sócio-econômicas acabou por modificar profundamente os comportamentos colectivos e, consequentemente, a fisionomia do domingo. Impôs-se amplamente o costume do « fim de semana », entendido como momento semanal de distensão, transcorrido, talvez, longe da morada habitual e caracterizado, com frequência, pela participação em atividades culturais, políticas e desportivas, cuja realização coincide precisamente com os dias festivos.

Trata-se de um fenômeno social e cultural que não deixa, por certo, de ter elementos positivos, na medida em que pode contribuir, no respeito de valores autênticos, para o desenvolvimento humano e o progresso no conjunto da vida social. Isto é devido, não só à necessidade do descanso, mas também à exigência de « festejar » que está dentro do ser humano. Infelizmente, quando o domingo perde o significado original e se reduz a puro « fim de semana », pode acontecer que o homem permaneça cerrado num horizonte tão restrito, que não mais lhe permite ver o « céu ». Então, mesmo bem trajado, torna-se intimamente incapaz de « festejar ».

Aos discípulos de Cristo, contudo, é-lhes pedido que não confundam a celebração do domingo, que deve ser uma verdadeira santificação do dia Senhor, com o « fim de semana » entendido fundamentalmente como tempo de mero repouso ou de diversão. Urge, a este respeito, uma autêntica maturidade espiritual, que ajude os cristãos a « serem eles próprios », plenamente coerentes com o dom da fé, sempre prontos a mostrar a esperança neles depositada (cf. 1 Ped 3,15). Isto implica também uma compreensão mais profunda do domingo, para poder vivê-lo, inclusivamente em situações difíceis, com plena docilidade ao Espírito Santo.

Catecismo da Igreja Católica:



 A obrigação do Domingo 

1193 O domingo, "dia do Senhor", é o dia principal da celebração da Eucaristia por ser o dia da ressurreição. É o dia da assembléia litúrgica por excelência, o dia da família cristã, o dia da alegria e do descanso do trabalho. O domingo é "o fundamento e o núcleo do ano litúrgico". 

2180. O mandamento da Igreja determina e precisa a lei do Senhor: «No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na missa» (102). «Cumpre o preceito de participar na missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo quer na tarde do antecedente» (103).

2181. A Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso que os fiéis têm obrigação de participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam justificados, por motivo sério (por exemplo, doença, obrigação de cuidar de crianças de peito) ou dispensados pelo seu pastor (104). Os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave.

Fonte: CARTA APOSTÓLICA DIES DOMINI, 4 DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II SOBRE A SANTIFICAÇÃO DO DOMINGO

Quarto Domingo do Advento


 "Ora, a origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, pensou em despedi-la secretamente".        
                                                                              - Mt 1,18-24





Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um Anjo do SENHOR, que lhe disse: «José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber MARIA, tua esposa; o que nela foi gerado vem do ESPIRITO SANTO. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de JESUS, pois Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados». Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o SENHOR tinha dito pelo profeta: « Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: ‘Deus-conosco’».Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa.

A liturgia da Palavra convida-nos a considerar e a admirar a figura de São José, um homem verdadeiramente bom. De MARIA, a Mãe de DEUS se diz que era bendita entre todas as mulheres (cf. Lc 1,42) e de José se escreveu que era justo (cf. Mt 1,19).

Todos devemos a DEUS Pai Criador a nossa identidade individual como pessoas feita à sua imagem e semelhança, com real liberdade e radical. Como a resposta a esta liberdade podemos dar glória a Deus, como se merece ou, também podemos fazer de nós mesmos, alguma coisa não agradável aos olhos de DEUS.

Não duvidemos de que José, com o seu trabalho, com o seu compromisso familiar e social ganhou o “Coração” do Criador, consideremo-lo como homem de confiança na colaboração da Redenção humana por meio do seu Filho feito homem como nós.

Apreendemos, pois, de são José sua fidelidade —provada já desde o principio— e o seu bom comportamento durante o resto da sua vida, unida —intimamente—a JESUS e a MARIA.

É padroeiro e intercessor para todos os pais, biológicos ou não, que neste mundo ajudaram a seus filhos a dar uma resposta semelhante à dele. É o padroeiro da Igreja, como identidade ligada estreitamente ao seu Filho e, continuamos a ouvir as palavras de MARIA quando encontra o Menino JESUS que se havia “perdido” no Templo: «O teu pai e eu...» (Lc 2,48).

Com MARIA, nossa Mãe, encontramos a José como pai. Santa Teresa de Jesus deixou escrito: «Tomei por advogado e senhor ao glorioso são José e encomendei-me muito a ele (...). Não me lembro que lhe haja suplicado alguma coisa que a haja deixado de fazer».

Especialmente é pai para aqueles que tendo escutado a chamada do SENHOR a ocupar, pelo ministério sacerdotal, o lugar que nos cede JESUS CRISTO para o bem da Igreja. —São José glorioso: protege as nossas famílias, protege as nossas comunidades; protege a todos aqueles que ouviram o chamado à vocação sacerdotal... E que haja muito!




sábado, 14 de dezembro de 2013

Angelus


O mundo angélico

Há três possibilidades para conhecer o mundo angélico:

- Pode-se conhecer os Anjos pela fé na revelação autêntica, depositada por Jesus Cristo na Santa Igreja Católica e garantida pelo envio do Espírito Santo (cf. Jo 16, 13-15).

- Pode-se conhecer a presença dos Anjos enquanto se experimenta a sua proteção e ajuda na vida dos homens (1); deve-se, porém, levar em consideração as regras do “discernimento dos espíritos”(2).

- Pode-se conhecer os Anjos pelas suas aparições em formas humanas, enquanto se abstrai de tudo o que é material e se fica só com o espiritual; como, as mensagens, virtudes, etc..(3)

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1. Cf. Gn 3, 1; Nm 22, 22ss; 2Rs 19, 35.
2. Cf. 1Cor 12, 10; 1Jo 4, 1-3.
3. Cf. alguns exemplos bíblicos: Tb 12, 15.19; Lc 1, 19-20; Ap 22, 6-9.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

São José



A MISSÃO PATERNAL DE SÃO JOSÉ


"Disse-lhe o Anjo: "Ela dará à luz um Filho, a Quem porás o nome de Jesus. porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados" (Mt. 1,21). O Anjo, ao ordenar que fosse ele a dar o nome ao Filho de Maria, sua esposa, confirma a sua autoridade de pai legal sobre o Menino. A própria Virgem reconhece-a quando diz no encontro no Templo: "Eis que Teu pai e eu andávamos angustiados à Tua procura" (Lc. 2,48).

Por isto podemos concluir que São José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade. Esta expressou-se concretamente "em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da Encarnação e à missão redentora com Ele inseparavelmente ligada; em ter usado da autoridade legal. que lhe competia, em relação à Sagrada Família, para Lhe fazer o dom total de si mesmo, da sua vida e do seu trabalho; e em ter convertido a sua vocação humana ao amor familiar na sobre-humana oblação de si, do seu coração e de todas as capacidades, no amor que empregou ao serviço do Messias nascido na sua casa"
(Paulo VI, Alocução [19/3/66]: Insegnamenti, IV [1966], p. 110).

Como não se pode conceber que a uma tarefa tão sublime não correspondessem as qualidades requeridas para a desempenhar adequadamente, importa reconhecer que São José teve em relação a Jesus, "por especial dom do Céu, todo o amor natural e toda a solicitude afectuosa que o coração de um pai pode experimentar"
(Pio XII, Rádio-mensagem aos estudantes das escolas católicas dos U.S.A. [19/2/58]: AAS 50 [1958], p. 174).

Oração



Ó Santa Luzia, que preferistes que vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de renegar a sua fé e compuscar vossa alma; e Deus com um milagre extraordinário, vos devolveu dois olhos perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos. Eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença de meus olhos. Ó Santa Luzia conservai a luz dos meus olhos para que possa ver as belezas da criação o brilho do sol, o colorido das florestas e o sorriso das crianças. Conservai também os olhos de minha alma, a fé , pela qual eu possa compreender seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós Santa Luzia, vos encontrais , em companhia dos Anjos e Santos. 

Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé.
Amem!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Advento é o tempo da expectativa e preparação do Natal

 Nas Vésperas dos dias que antecedem a grande festa natalina, cantam-se as belíssimas antífonas latinas que começam com a exclamação de desejo “Ó!”: Ó Sabedoria, Ó Adonai, Ó Raiz de Jessé, Ó Chave de Davi, Ó Oriente, Ó Rei das Nações, Ó Emanuel, palavras das antigas profecias bíblicas, referentes ao Salvador cujo nascimento celebraremos no Natal.

 O modelo para nós de expectativa do Messias é a sua Mãe, Maria Santíssima. Por causa dessas antífonas da expectação, o povo deu a ela o título de Nossa Senhora do Ó. É uma devoção muito antiga, surgida na Espanha e em Portugal. Aqui no Brasil, em São Paulo, temos a “Freguesia (paróquia) do Ó”, bairro, onde se encontra a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Expectação do Ó, cuja construção começou em 1610.

A devoção a Nossa Senhora é inata no povo católico. Enquanto os teólogos, durante séculos, discutiam a base teológica da Imaculada Conceição da Virgem Maria – o dogma de fé só foi proclamado por Pio IX no dia 8 de dezembro de 1864 -, o povo católico já a cultuava por toda a parte. Desde os primeiros séculos, os cristãos já honravam essa prerrogativa de Maria. No século VIII, o culto foi autorizado nas igrejas. A partir do século XII, espalhou-se a celebração dessa festa. Clemente XI, em 1708, a elevou a festa de preceito. Fizeram há pouco uma pesquisa na França sobre quem acreditava no pecado original. 70% afirmaram que não. Mas à pergunta sobre quem acreditava na Imaculada Conceição, 70% afirmaram que sim!

Amanhã celebraremos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina. Sob diversos nomes, Maria Santíssima é patrona de muitos países do Novo Mundo, e sua devoção está no coração de todos. Mas, no discurso inaugural da Conferência do CELAM, em Aparecida, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, constatava: “Percebe-se certo enfraquecimento da vida cristã no conjunto da sociedade e da própria pertença à Igreja Católica”. Em cima dessa afirmação, os Bispos da América Latina e do Caribe, reconhecendo os aspectos positivos da evangelização do nosso continente, que nos alegram, não deixaram de reconhecer algumas sombras: “Observamos que o crescimento percentual da Igreja não segue o mesmo ritmo que o crescimento populacional... Verificamos, deste modo, uma mentalidade relativista no ético e no religioso.... Nas últimas décadas vemos com preocupação, que numerosas pessoas perdem o sentido transcendental de suas vidas e abandonam as práticas religiosas...”. Estamos em “um novo período da história, caracterizado pela desordem generalizada..., pela difusão de uma cultura distante e hostil à tradição cristã e pela emergência de variadas ofertas religiosas que tratam de responder, à sua maneira, muitas vezes errônea, à sede de Deus que nossos povos manifestam”.

A graça que pedimos a Deus, por meio da Senhora de Guadalupe: 
que o nosso povo não tenha só o verniz cristão de uma devoção superficial, 
mas que viva em coerência com a sua Fé.